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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Quando não há forças para cozinhar, a maioria da comida mete náuseas, estamos com cravings de torradinhas com doce de amora ou morango ou framboesa (agora é que percebo o que são os desejos de que falam as grávidas) mas não se pode que é off limits nem sequer temos já essas coisas em casa e ficamos a olhar fixamente para o frigorífico com vontade de chorar à espera que ele nos faça uma revelação qualquer...
... e se chamamos a atenção ficam mal dispostos connosco.
Acho a ideia do Bastonário da Ordem dos Médicos uma parvoíce. Se as pessoas comem muito pão e hamburgers é porque são muito mais baratos. Comer bem sai caro. Cada vez mais. E a verdade é que as pessoas não têm dinheiro para comer outras coisas. Há bocado fui ao supermercado aqui da rua comprar meia dúzia de coisas: fruta (meia papaia, meia meloa, duas bananas e uma caixinha de framboesas), dois queijos frescos, quatro iogurtes e um queijo mozarella. Gastei dez euros e qualquer coisa (sem comprar carne nem peixe...), o que é o preço de duas ou três refeições de hamburgers...
O que era de valor era o preço da comida mais saudável ser mais barato ou, não podendo isso ser, criar outros hábitos desde cedo. Obrigar as cantinas da escolas a ter outro tipo de comida que inclua legumes e frutas, desde o infantário. Isso e os bares das escolas não terem bolos e refrigerantes com gás, por exemplo, e terem sandes mais saudáveis em vez de pão com margarina e queijo.
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