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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Não fosse o facto de estar doente e não estar em condições de sair de casa, sequer, dia 14 não faltava à manisfestação. As alterações climáticas são um problema que só se resolve com políticas colectivas. Esforços individuais são importantes porque consciencializam da necessidade inadiável de políticas colectivas e pressionam os poderes políticos mas não resolvem um problema desta dimensão.
As imagens mais abaixo vêm da Indonésia. Um derrame de petróleo no mar matou 5 pessoas em 31 Março passado e está a alastrar. Centenas de pessoas com dificuldades respiratórias, náuseas e vómitos por causa do cheiro e do fumo negro. Destruiu habitats marinhos e florestas de manga. O derrame põe em perigo ecossistemas, a economia e o sustento dos pescadores e subsidiárias locais.
Como é que se pode querer começar em Portugal uma coisa destas?
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“A exploração de combustíveis fósseis em Portugal é, justamente, um dos grandes problemas que temos de enfrentar do ponto de vista da cidadania e das ciências que fazemos”, escrevem, argumentando que “a persistência de uma economia predadora do carbono inviabiliza os compromissos políticos nacionais assumidos nas Cimeiras do Clima e defrauda as expectativas das populações”.
Sublinhando os riscos que a exploração de hidrocarbonetos tem para “os territórios, mares e rios, a atmosfera, formas e cadeias de vida insubstituíveis”, assumem optar por “um compromisso com o planeta Terra e as vidas que humanas e não-humanas que dele dependem”.
No próximo sábado, 29 de abril, os signatários juntar-se-ão a muitos outros activistas em Lisboa, Porto e Aljezur na Marcha Mundial do Clima. O movimento que tem na base a contestação às políticas da administração Trump a favor dos combustíveis fósseis estende-se a centenas de outras cidades espalhadas pelo mundo.
Em Portugal, o combate aos combustíveis fósseis será o mote para muitas das palavras de ordem. João Camargo, do movimento Climáximo, uma das entidades organizadoras das três marchas nacionais sublinha que “é preciso reagir à autorização dos furos de prospeção de petróleo ao largo de Aljezur, de Peniche e on shore na zona de Alcobaça". O ambientalista argumenta que "Portugal não pode avançar com a exploração de combustíveis fósseis, quando é necessário cortar radicalmente as emissões de gases com efeito de estufa".
These downpours have meant that, for the months of January, February and so far March, there has been no need to burn fossil fuels to generate electricity.
Instead, Costa Rica has been powered primarily by hydro power – both pumped storage and run-of-the-river plants – and a mixture of geothermal, wind, biomass and solar energy.
Dois meses e meio sem queimar combustíveis fósseis para gerar electricidade. É um país pequeno, é certo, mas é um grande feito que inspira esperança porque se eles podem os outros também.
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