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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Só hoje fui ver as pautas do exame de Filosofia para ver o resultado dos meus alunos. Eram poucos porque as turmas eram boas e fizeram os exames de Biologia e Física dos seus cursos mas, tive cinco alunos a ir a exame (trocaram o exame de Física pelo de Filosofia) mais uma de uma turma que não era minha, a quem dei explicações no terceiro período. Passaram todos e duas delas subiram a nota no exame. As outras três desceram um valor da nota que levavam. A questão é que aquelas duas que subiram a nota foram a exame eram as mais fraquinhas, uma com 10 e outra com 11 e eu nunca pensei sequer que passassem... pois subiram a nota no exame. Tenho a certeza que quando me virem na escola me vão dizer, 'ah, está a ver, está a ver?' Ainda bem para elas 🙂
João Alves Rocha, residente na freguesia de Cabreiros, em Braga, volta a oferecer os excedentes de fruta a quem mais precisa. Depois de em julho ter oferecido os excedentes de ameixas, o bracarense volta a oferecer maçãs da época para evitar o seu desperdício.
Este gesto tornou-se já uma tradição em que o residente disponibiliza a fruta em sacos pendurados nas grades do muro do seu quintal.
O espectáculo de bailado no largo do S. Carlos. Muito giro! Completamente cheio, o largo.
Um juiz com consciência do seu comportamento enquanto jurista afectar a maneira como os jovens (sobretudo) vêem as instituições governamentais. Não sentimentalista mas justo ao aplicar a lei, daí não ignorar as circunstâncias da vida.
Um juíz correcto e justo deixa uma pegada positiva indelével nas sociedades.
Os meus alunos não me vêem há meses mas continuam a mandar-me mails a perguntar como estou e a desejar boas férias (pensam que estou de férias). Nice 🙂
As minhas alunas que foram a exame portaram-se bem e foram lá tirar positiva, sendo a manter ou a baixar muito ligeiramente a nota, o que me deixa muito contente, a mim e à professora que me substituiu no 3º período e acabou de dar a matéria pois também contribuiu para este resultado. Ainda bem. Disseram-me que o exame foi complicado na escolha múltipla mas não sei, não o vi. Não quero piorar as náuseas com o stress dos exames.
É que até colegas com quem falava pouco talvez por raramente termos turmas em comum, não sei, agora fazem questão de me encorajar sempre que podem e mandar mensagens e isso. Anima.
A empresa de materiais artísticos Koralle produziu o estojo chamado Pint Kor, com 12 cores que variam do bege ao marrom-escuro. Intencionalmente as cores branco, rosa e preto não foram colocadas na coleção, com a intenção que as crianças encontrem tons em opções mais realistas ou as misturem para encontrar mais tons diferentes.
Estando há tantos anos nesta terra que não é a minha mas onde vim parar e fiquei (por enquanto) é normal que tenha ex-alunos espalhados um pouco por todo o sítio e que, de cada vez que saia à rua, sobretudo na baixa ou outros sítios com concentrações de pessoas, haja sempre alguém que tenha sido meu aluno/a. O que acho graça e, gosto, para dizer a verdade, é ver que estou reconhecível, ao fim de muitos anos. Uns reconhecem-me pela cara, outros dizem que tenho a mesmíssima maneira de rir, outros pela maneira de andar, antes mesmo de olharem para a cara.
Outro dia fui ao supermercado Jumbo e ia a subir na passadeira rolante e ouvi alguém que ia a descer na outra passadeira dizer, 'aquela que ali vai foi minha professora de Filosofia. É uma daquelas professoras que marcam os alunos'. Este Natal, no único dia que fui aqui à baixa da cidade vem um tipo que estava a fazer jogging, com a cabeça quase rapada, direito a mim e prega-me dois beijos: era um ex-aluno que está no exército, na aviação. Não me lembro dele... na maior parte das vezes não me lembro das pessoas porque estão com ar de adultos, que é muito diferente do ar de adolescente... muitos perderam o cabelo, outros estão mais pesados, elas com um ar muito cuidado, muitas/os com filhos... mas esses imensos ex-alunos reconhecem-me logo.
Hoje estava eu no mercado à conversa com uma ex-colega, uma excelente professora de espanhol, ainda nova, que não conseguiu colocação há uns anos, desistiu do ensino e tem um sítio no mercado onde vende chás e especiarias, com quem fico sempre à conversa um bocadinho no fim das compras, quando alguém nas minhas costas me dá um abraço e faz uma grande festa. Era uma ex-aluna, de quando vim parar a Setúbal, no quarto ano de trabalho, devia ter aí uns vinte e sete ou vinte e oito anos. Reconheceu-me, meio de costas! A rapariga, (deve ter uns quarenta anos), que vinha com o marido e dois filhos, o mais velho com 10 anos, está igualzinha e lembrava-me muito bem dela assim como me lembro dessa turma (foi a turma que me fez não desistir do ensino, coisa que esteve quase para acontecer) embora não das alunas em particular. Esteve a mostrar-me fotografias e a falar das outras que eram da turma: uma tem um restaurante, outra é dona duma óptica aqui da cidade, outra é médica, outra... enfim, o que achei piada e gostei, para além de a encontrar, foi que ela me tivesse reconhecido imediatamente. Quer dizer que estou reconhecível e isso faz-me bem ao ego :)
O meu vizinho de baixo vir aqui trazer-me umas castanhas que esteve a assar e logo a seguir um amigo ligar a dizer que tem oito caixotes de livros que me interessam e que é só ir uma manhã enfiar-me no escritório dele e escolher o que me apetecer 😀 nice 😀
Em Agosto, o Estado fez mais um reembolso ao Fundo Monetário Internacional, tendo já pago antecipadamente 63% do empréstimo feito por esta entidade.
... porque o que tem que ser tem muita força... li algures que quando comemos um figo comemos uma vespa macho que morreu dentro dele pois cada figueira depende de um tipo específico de vespa que a poliniza e sem a qual não existia. Isto porque as vespas fémeas entram nos figos pela base e os machos vão atrás delas e fecundam-nas dentro dos figos [não hão-de eles ter tanto mel...?]. Depois elas saem e eles morrem lá dentro.
Isto faz-me hesitar em comer os figos? Nem pensar! Há lá coisa mais poética que mastigar uma história de amor e encher a boca de mel?
Amoras e amoras morangueiras (adoro!!), pera cóxe e abrunhos. Figos do Algarve, podia ter esperado por comê-los daqui a 15 dias no sítio deles onde os vendem a 1 euro o quilo e não a 1 euro a unidade... mas a tentação foi grande porque estão apetitosíssimos... e tomate, montes de tomates :)))
Raramente vou à baixa aqui do burgo mas hoje fui. Ia a meio da rua das lojas quando um homem pára a um metro de mim, abre os braços e, diz em voz tão alta que ficou tudo a olhar, 'eu vou ter que lhe pregar um grande beijo!' Depois voltou-se para a miúda que ia com ele e diz, 'filha, esta é a minha professora de filosofia que não via há quase 30 anos mas nunca mais me esqueci dela'.
Então, depois disse-me que era de uma turma de electrotecnia de 1990 que só tinha uma rapariga no meio de vinte e tal rapazes. Lembrei-me logo da turma, mas não dele, que é engenheiro (disse-me que uma data deles da turma são engenheiros) e que está muito bem na vida. A filha, que por acaso, chama-se Beatriz, disse-me logo que a professora dela está a faltar há três dias :))
1990 foi há 27 anos! Como é que ele me reconheceu assim do nada... fiquei um bocadinho bem disposta 🙂
Confesso que estas coisas de muitos alunos se lembrarem de mim positivamente e me fazerem sentir que fui e, sou socialmente últil, é o que faz isto tudo valer a pena e é o que me faz resistir.
[tenho que ir mais vezes à baixa 🙂]
Aqui há tempos inscrevi-me numa formação a pensar que era uma coisa (andava à procura de certo tipo de instrumentos para diversificar a avaliação dos alunos) e só depois de pagar é que tive acesso a informação mais pormenorizada e percebi que não era o que queria. Disse-o e pedi para me devolverem o dinheiro da inscrição. Não tive resposta e, francamente, dei o dinheiro por perdido, porque não estava com ânimo para mais queixas... estou farta de gente desonesta e cheia de malícia e estou cheia de trabalho. Mas fiquei chateada e mal impressionada.
Pois hoje, ligaram-me da instituição a pedir desculpa por não terem ainda respondido e a dizer que vão devolver-me o dinheiro. Agora fiquei bem impressionada. Estas coisas -as pessoas verem que não procederam bem e serem capazes de o dizer e corrigir o comportamento- embora não sejam comuns, pelo contrário, existem! 🙂 ... e põem-me optimista, com esperança no ser humano. Há por aí muita gente desonesta, é verdade, mas, também existem os honestos que são seres humanos decentes e isso anima muito 🙂.
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