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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
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roubado ao Dominik
Temos um país com mais mar que terra, com vento e com florestas. Podíamos usar estes recursos e prescindir de combustíveis fósseis. Era só aproveitar a força das ondas e do vento e a biomassa a partir dos restolhos das florestas que não são limpas. Eu faço caminhadas na Arrábida. A mata está toda cheia de galhos, folhas mortas, frutos ressequidos e desperdícios que podiam ser recolhidos e transformados em energia. Só não fazemos o que faz a Costa Rica porque os governos estão demasiado ocupados a dar o dinheiro à banca e aos amigos em vez de investirem no país.
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O mapa do planeta visto de cima fala outra língua.
Neste momento, vastos territórios da Rússia fazem uma fronteira natural de gelo com o Alasca dos EUA, separados pelo estreito de Bering mas com o aquecimento do planeta e o consequente degelo as terras agora inóspitas ficam à distância de uma viagem de barco relativamente curta. Esse facto, conjugado com o problema da Rússia ter já vastos territórios de milhares e milhares de quilómetros desocupados, é um dos grandes problemas que preocupa muito Putin, como lemos em vários sítios de especialidade.
Putin pensou, em parte, resolver o problema seguindo o exemplo da Alemanha (sobretudo) que foi pôr-se à cabeça de um império e importar cristãos dos países do sul da Europa apertados com grandes dívidas. A partir de uma ideia do presidente do Casaquistão impulsionou a EurAsEC (União económica EuroAsiática) que já leva 5 países com tratados parecidos com os da UE. Na altura convidaram a Ucrânia para pertencer ao grupo que tem agora cerca de 40 países interessados, entre eles a Turquia, que é observadora. No entanto, o povo da Ucrânia preferiu a UE, depôs o presidente pró-russo, elegeu um pró-UE, o que estragou completamente os planos de Putin e, em parte, levou à crise da Crimeia, como se sabe.
Neste impasse, aproveitou para minar as eleições americanas, a UE, aproximar-se da Turquia e destabilizar a cena internacional aproveitando-se dos erros e hesitações dos americanos na Síria. Entretanto, porque pode, vai progredindo na Ucrânia como um buldog quando ferra o dente e já não abre a mandíbula.
Uma pessoa olha para o mapa e vê que Kiev fica no centro com um rio a dividi-la à laia de fronteira natural. Enquanto o Ocidente se entretem com Trump, Putin vai avançando e, mesmo que não consiga tomar conta de metade da Ucrânia como a URSS fez na Alemanha com muro e tudo, manter metade do país sob o seu controlo militar em guerrilha constante faz o mesmo serviço. Basta que avancem mais um bocadinho.
A situação está muito complicada e acho que o Obama andou a preparar-se para ela nos últimos tempos da sua presidência com acordos com países de posição estratégica.
Como o Trump é um comerciante e politicamente ingénuo muita coisa vai mudar enquanto ele faz parvoíces. Para já acho que vamos assistir aos países das economias emergentes entrarem em decisõesda cena internacional como até agora nunca tinham entrado, sob a proteção/orientação duma potência qualquer... resta ver quem... quem os vai ganhar para a sua causa.
A situação está perigosa mas isto é interessante.
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But, according to Hansen, the international jamboree is pointless unless greenhouse gas emissions aren’t taxed across the board. He argues that only this will force down emissions quickly enough to avoid the worst ravages of climate change.
Hansen, 74, has just returned from Paris where he again called for a price to be placed on each tonne of carbon from major emitters (he’s suggested a “fee” – because “taxes scare people off” – of $15 a tonne that would rise $10 a year and bring in $600bn in the US alone). There aren’t many takers, even among “big green” as Hansen labels environment groups.
“It’s all embarrassing really,” Hansen says. “After a while you realise as a scientist that politicians don’t act rationally.
“Many of the conservatives know climate change is not a hoax. But those running for president are hamstrung by the fact they think they can’t get the nomination if they say this is an issue. They wouldn’t get money from the fossil fuel industry.”
O homem que mais beneficiou a economia capitalista deixou claro a sua incapacidade de lidar com a questão mais premente do nosso tempo: a mudança climática. Em uma entrevista a The Atlantic, o magnata da Microsoft argumentou: “o setor privado em geral é inepto, incapaz como uma ferramenta para gerenciar mudanças catastróficas do nosso clima que ameaçam a vida na terra.
Gates argumenta que os governos têm o papel fundamental a desempenhar no desenvolvimento de tecnologias para um mundo sustentável, principalmente por meio de um forte investimento em pesquisa e desenvolvimento. Ele argumenta que, feito isso, deve ser papel das empresas privadas pagar os custos de implantação dessas tecnologias – prometendo US $ 2 bilhões de seu próprio patrimônio líquido de US$ 79,2 bilhões para para financiar a implantação desses projetos.
Então, por que não podemos confiar no setor privado para investir nas coisas certas no momento certo? Gates, argumenta:
“Bem, não há nenhuma fortuna para ser feita.””Sim, o governo tem sido um pouco incapaz”. “Mas o setor privado em geral é inepto para tomar a frente num projeto de tal envergadura.
Os fatores que levam uma empresa com fins lucrativos a investir são diferentes daqueles do estado. A mudança climática é uma área em que seria um investimento ilógico do ponto de vista corporativo, mas onde o Estado tem um papel claro e lógico.
Quando The Atlantic fez ver a Gates que o grande obstáculo no desenvolvimento de uma resolução impulsionada pelo Estado é a natureza da política dos EUA. Em primeiro lugar, as duas casas do legislativo são controladas pelos republicanos que acham que que a questão da mudança climática é um discurso socialista e segundo, que não há um consenso de que a mudança climática exista mesmo. Gates tem uma visão diferente sobre o problema:
” Às vezes a democracia representativa é um problema.”Há momentos em que não se pode permitir que ” um estado de espírito público mal informado” possa impedir o Estado de tomar medidas sobre os riscos cientificamente comprovado que irão atingir a todos. Este é um desses momentos, argumenta Gates.”
Esta entrevista é muito interessante e dava pano para mangas sobretudo por causa das afirmações sobre pressupostos políticos.
Mas alguém acha normal estarem 25 graus a meio de Novembro? Já é o terceiro ano que faz este calorão até quase fim de Novembro.
O aquecimento do planeta
recife da Samoa americana - todo morto por causa do aquecimento dos oceanos.
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