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Coisas boas :)

por beatriz j a, em 21.02.12

 

 

 

 

 

publicado às 19:03


obrigada!

por beatriz j a, em 27.12.10

 

 

 

Blow Kiss

 

Acabo de receber no correio um cartão de Boas Festas da Chiado Editora completamente lindo. É da Unicef. Está cheio de estrelinhas coloridas e letras prateadas em várias línguas a fazerem círculos alegremente desencontrados.

 

publicado às 19:36


A poesia e os poetas deste país

por beatriz j a, em 08.08.10

 

 

 

 

Todos os dias abrimos os jornais e parece que descobrimos um Portugal sem poesia: violência doméstica, brutidade, alunos e pais que agridem professores, insultos entre políticos, corrrupção, desvio de dinheiros, abuso de poder, desemprego, pobreza, prostituição infantil, pedofilia, crime...

No entanto, Portugal não perdeu a poesia nem os poetas. Pouco se vêem, é verdade, porque o Estado, na pessoa do ministério da Educação, os anda a substituir por textos do Big Brother, porque a cultura não é vista como um investimento formativo do povo (embora se inveje a cultura dos outros...), porque as editoras, na sua maioria, preferem editar livros sobre romances tórridos sexuais, memórias de prostitutas, de jogadores de futebol e de gente que aparece nas telenovelas e filmes, porque as livrarias não querem ter livros de poesia à venda...não são comerciais - a não ser os grandes nomes, como o Camões, o Pessoa, etc.

Mas em Portugal a poesia existe e há quem edite poesia para além dos grandes nomes. Quem edita poesia mantém viva a seiva poética vital que sempre alimentou este país.

O meu amigo Gonçalo Martins, da Chiado Editora, publica poesia. Boa poesia, menos boa poesia...não interessa. Interessa a iniciativa de a publicar. Cada livro que se publica é um acontecimento que reúne pessoas em volta dela, faz reviver o interesse pela poesia, pela cultura viva do povo que escreve, que pensa, que produz cultura.

Enquanto houver poetas a fazer poesia há esperança para este país, porque a poesia é a não desistência, é a resistência, é a procura dum mundo onde têm lugar, a Beleza, a Verdade e a Humanidade.

Não tenhamos dúvida sobre a nossa poesia actual. Ángel Crespo, um dos maiores lusitanistas e grande poeta, na sua Antologia de Poesia Portuguesa escreveu que «la poesía portuguesa contemporánea muestra … una variedad tal de enfoques e soluciones que hacem de ella una de las mas significativas de nuestro tiempo».

Tão-pouco nos devemos confinar a uma ironia sarcástica contra um mundo cruel. Sem dúvida, a poesia terá de ser um «refúgio» contra a voragem tecnocrática, contra o desrespeito pela beleza do mundo, contra a destruição da paisagem. Os seus são os valores da vida, a poesia é, como Croce sempre defendeu, a «palavra cósmica», uma forma de não se submeter, mas de se indignar, de estar ao lado dos humilhados, uma afirmação humanista.

Retenhamos estas palavras de Rainer Maria Rilke, nas suas «Cartas a um jovem Poeta»: «ser artista é amanhecer como as árvores, que não duvidam da própria seiva e que enfrentam tranquilas as tempestades da Primavera, sem recear que o Verão não chegue».

Teremos de ser como elas, que não põem em causa a própria seiva e que resistem às tempestades da Primavera. Contra o desprezo pela poesia, oponhamos a nossa perseverante defesa. E ofereçamos os nossos livros, com um gesto fraterno.

António Osório, 21 de Março de 2010

 

(excerto do blog A Phala de Abril 2010)

 


publicado às 11:04


Livros polémicos, provocadores, perigosos...

por beatriz j a, em 24.07.09

 

 

 

O meu editor e amigo Gonçalo Martins da Chiado Editora recebeu ameaças por ir publicar o livro de André Ventura A Última Madrugada do Islão:

 

"- A recriação do cenário em que morreu o líder histórico dos Palestinianos, Yasser Arafat. Segundo André Ventura, Arafat terá sido vítima de uma gigantesca conspiração interna, destinada a apagar todo um conjunto de elementos comprometedores para a OLP, nomeadamente a sua homossexualidade, a contaminação com o virus da SIDA, e a relação com o tráfico de droga internacional.


- A vida de um jovem muçulmano residente em Paris e a sua sobrevivência numa moderna sociedade ocidental. A luta permanente entre o “espírito europeu liberal” e o fundamentalismo islâmico, numa narrativa em que a dimensão religiosa, psicológica e sexual se misturam e se confrontam nas linhas do Corão."


Depois da editora ter começado a promoção deste livro recebeu várias ameaças anónimas, e alegando que tinha ainda na sua posse "comentários de professores universitários, entre os quais o Professor Pablo Cortés (University of Leicester) e o Professor Olufemi Amao (Brunel University) e membros da comunidade muçulmana que nos pediram expressamente a não divulgação dos respectivos nomes com receio de represálias" a Chiado Editora declara que "a orientação recebida vai no sentido de que “A Última Madrugada do Islão” tem um “potencial incendiário” de “consequências imprevisíveis”, pela envolvência psicológica e sexual que rodeia a figura do Profeta Maomé, assim como pela indicação de pessoas e lugares reais da Organização para a Libertação da Palestina (OLP)."

 

Se quiser assinar a petição pela publicação do livro

                                            www.peticaopublica.com/Confirmacao.aspx

 

 

 

publicado às 22:17


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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