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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Eu hoje estou cruel, frenético, exigente;
Nem posso tolerar os livros mais bizarros.
Incrível! Já fumei três maços de cigarros
Consecutivamente.
Dói-me a cabeça. Abafo uns desesperos mudos:
Tanta depravação nos usos, nos costumes!
Amo, insensatamente, os ácidos, os gumes
E os ângulos agudos.
Sentei-me à secretária. Ali defronte mora
Uma infeliz, sem peito, os dois pulmões doentes;
Sofre de faltas d’ar; morreram-lhe os parentes
E engoma para fora.
Cesário Verde
Vou ali à estante da poesia buscar uns versos.
Cesário Verde:
[não há nestes versos qualquer coisa pessoana?]
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