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Agora num blog de uma belga que sigo, mais ou menos, fui dar com uma fotografia da La Chaloupe D'or, um café/cervejaria na Grand Place de Bruxelas (ao lado da casa onde morou o Vítor Hugo) onde passei muitas tardes bem passadas, a beber uma cerveja com a minha amiga russa, a Irina (que não vejo há muitos anos), perto dessa lareira, quando lá fora estavam -6º ou -8º. Essa taverna é linda. Era a guilda dos alfaiates. Estas guildas, maisons como eles lhe chamam, existem ali desde a Idade Média (embora tenham sido reconstruídas depois do incêndio da cidade causado pelo bombardeamento de 1695) e eram das corporações dos ofícios. Como as corporações eram poderosas, faziam as suas maisons com fausto, decoradas a ouro.

Nós gostávamos particularmente da La Chaloupe D'or (mesmo ao lado da loja da Godiva) e da Maison du Roi d'Espagne que era a guilda dos padeiros. Havia outras, pois Bruxelas, para além das lojas de chocolates (até as vulgares pastelarias têm um Maître Chocolatier ou Bonbonnier que faz os chocolates da casa), dos alfarrabistas e dos antiquários, tem cafés e cervejarias lindas, lindas, que não apetece sair de lá. De repente deu-me um ataque de saudades dessas tardes de dolce far niente passadas ali na La Chaloupe D'or ou no Roi d'Espagne.

La Chaloupe d'or

 Le Roi d'Espagne