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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Costa prometeu o fim da austeridade e das políticas cegas de PPC mas Costa foi mais longe que a troika quando já não havia troika.
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O conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) admitia, no passado dia 6, haver "dias inteiros sem um único pediatra ou obstetra na escala de serviço da maternidade de Portimão" durante os meses de verão
Ordem dos Enfermeiros teme que se atinja, este ano, o recorde de profissionais a emigrar.
Costa prometeu o nepotismo e o compadrio? Pelos vistos... pois isso cumpriu...
... a acumulação de cargos não é incompatível mas é eticamente controversa, salientando que André Matias de Almeida não deve representar empresas com as quais tem contacto através dos cargos que exerce nos fundos.
Uma coisa é não poder investir nos serviços públicos por falta de dinheiro, outra é não investir por oferecê-lo em forma de mesadas bilionárias e prémios de incompetência a banqueiros, firmas de advogados e quejandos ou, igualmente mau, guardá-lo a sete chaves e gabar-se disso, como fazia Salazar. Centeno segue a política financeira e económica de Salazar: pobrezinhos mas honrados.
Médicos e enfermeiros nos hospitais, maternidades a funcionar, professores nas escolas... são as prioridades do Costacento.
Isso “simplesmente significa que os debates vão ser mais vivos, que vai ser preciso usar mais aquilo que é o ingrediente essencial das democracias, que é o compromisso. Estou certo que desse compromisso e desses debates vamos conseguir obter medidas muito importantes para a Europa”, sublinhou Mário Centeno.
Um autoritário destes a usar a palavra compromisso... para inglês ver...
Este preconceito irracional contra os professores deve ter uma explicação qualquer freudiana que ainda havemos de perceber.
... como, por exemplo, dizer-lhe para enfiar o excedente de 884 milhões com défice 0% e impostos a subir naquele sítio onde não entra a luz, como dizem os ingleses... é que esse saco de dinheiro que ele guarda, custou-nos a nós professores, quase dez anos de bom trabalho, que são dez anos de vida, jogados para o lixo com desprezo e, custou-nos a todos nós, portugueses, um serviço de saúde moribundo. Não sei do que é que ele se ri. De nos ter enganado? De ter guardado muito dinheiro para primos e animações de cemitérios...? Não sei, mas eu não tenho vontade nenhuma de rir.
O eleitorado moderado do centro percebe que pior do que alguma austeridade como a que Centeno aplicou é não haver austeridade nenhuma.
Como se vê no artigo abaixo, a classe média, que é o eleitorado moderado, foi atingida dramaticamente pela austeridade: salários estagnados e o custo de vida a subir. Não me parece que 'percebam' e gostem do discurso de Centeno a favor desta austeridade que só os atinge a eles e aos mais pobres e está a enriquecer os mais ricos.
“Sob pressão: a classe média em declínio”.
... apesar de uma classe média robusta ser sinónimo de prosperidade, este grupo tem perdido influência e rendimento, em contraste com o grupo dos mais ricos. Portugal não é exceção e, no grupo dos 36 membros da OCDE, é mesmo um dos países em que se registou maior risco de uma descida para a classe baixa, no período entre 2007 e 2015.
os 10% mais ricos acumulam quase metade do rendimento e os 40% mais pobres representam apenas 3%. Tão ou mais preocupante: o fosso está a alargar-se.
Para esta erosão da classe média contribui não só o crescimento residual do rendimento disponível ... mas também o aumento do custo de vida. Os destaques vão para a habitação – em meados dos anos 90 consumia apenas um quarto do rendimento disponível e agora já vai num terço – e a educação.
A crise financeira mundial de 2007-08 teve um impacto elevado neste grupo. Em Portugal, mais de metade das pessoas na classe média baixa (os que ganham entre 75% a 100% da média de rendimento) perderam 20% ou mais do seu rendimento anual entre 2007 e 2015,
O ELEVADOR SOCIAL ESTÁ AVARIADO
E medidas? Para a OCDE, estes desequilíbrios têm promovido os extremismos e fenómenos como os coletes amarelos, em França. Assim, os Governos têm que “ouvir as preocupações das pessoas e proteger e promover o nível de vida da classe média”, exorta Ángel Gurría, secretário geral do organismo. Os Governos devem fomentar o acesso a serviços públicos de grande qualidade e proporcionar melhor proteção social. Para aliviar o custo de vida, deve encorajar-se a habitação a preços controlados, apoio aos empréstimos e alívio fiscal aos compradores de casa na classe média-baixa. Deve igualmente haver investimento em educação vocacional e formação profissional para contrariar o desemprego.
Sexta-feira fui almoçar com um amigo (por acaso comi uma empada de aves com cogumelos naquele restaurante, Mesa do Bairro no Arco do Cego, que gostei muito, mas isso é outra história) e ele perguntou-me se tinha visto a reportagem do Marcelo, em Angola, pendurado na porta do carro com uma multidão a gritar, 'Angola e Portugal, um só povo, uma só nação' e eu respondi que não [andei à procura dessas imagens porque essa cena é inacreditável mas não encontrei]. Eu leio mas não vejo os bonecos. 'Quais bonecos?'
Os bonecos são as pessoas de carne e osso, os políticos e administradores de bancos e comentadores dos partidos com ar hipócrita a destilarem falsidades, demagogias, etc., e a ofenderem quem trabalha sem bilhetes à borla. O ar imperativo e paternalista com que vêm dizer-nos que somos burros e que eles é que sabem o que é melhor para nós e que o melhor é ganharmos menos e trabalharmos mais porque não somos produtivos [enquanto nos queimam o nosso dinheiro na ordem dos milhares de milhões] e que está certo que os Paulos Macedos e Tomáses Correias deste mundo recebam prémios de gestão porque eles é que são produtivos e que é desejável que os ministros chamem para o governo os filhos, mulheres/maridos, primos, enteados, afilhados, apadrinhados e por aí fora que isso é o ideal de democracia.
Fico, literalmente, incomodada e enervada. De modo que não vejo. Mas leio.
Agora estava a ler que o Centeno foi à RêTêPê desresponsabilizar-se da sua própria incompetência e culpar os políticos da sua imoralidade com o nosso dinheiro e das suas prioridades para o país. Afinal a técnica do Tomás Correia deve ser muito comum. À cautela, assim que ocupam um cargo começam por dizer que a responsabilidade por tudo o que fizerem de mal e de incompetente que possa causar prejuízo a outrém e ser causa de multas deve ser assacado a esse mesmo outrém.
É claro, os professores, como este homem disse, é que não merecem ter carreira...
um aparte: ontem, por exemplo, vi a 1ª página do Expresso e folheei o jornal na papelaria. Na capa há títulos assim, 'os portugueses gostam deste governo'; 'os portugueses têm confiança na economia do país' e outros do género. A serventia eleitoral é tão descarada que devia envergonhar os que lá trabalham. Quando nos lembramos do que este jornal já foi e como está transformado em veículo do mano promover o mano... mas afinal, essa é a política deste governo, não é (?): os únicos competentes são os manos, os filhos, os maridos/mulheres, os primos, os apadrinhados, etc.
A disparidade de valores não se fica apenas pelo que os privados cobram pelo mesmo medicamento à ADSE. Se se comparar preços pagos por hospitais públicos, a diferença também é abissal.
Porque é que não se sentam à mesa para negociar? Porque o Costa e o Centeno querem destruir o sistema, como se vê pelas declarações da ministra da saúde mais abaixo, com a ajuda do PCP que quer fazer de Portugal uma Venezuela.
Ministra da Saúde desvaloriza guerra entre ADSE e grupos de saúde privado
- diz que a denúncia das convenções por vários grupos privados “não a preocupa por aí além”, justificando-se dizendo que “qualquer utente tem sempre acesso ao Serviço Nacional de Saúde”
Esta arrogante mais o seu chefe não têm o menor respeito pela liberdade de centenas de milhar de trabalhadores que descontam 3.5% do salário para terem este sistema.
A minha questão é: porque razão estes dois emplastros que só fomentam guerras estão a negociar em meu nome? Mas que os elegeu para tal? Se a ADSE tem orgãos representantes, desde quando é legítimo que estas pessoas, só porque estão no governo, falem e decidam em nosso nome? E se for preciso o entronizado ainda lá vai cativar dinheiro, desviar dinheiro... é como se o nosso dinheiro fosse deles...
Só sabem fomentar guerras. Esta guerra está a acontecer porque o ministro das finanças insiste em destruir a saúde com cativações para alimentar a banca e agora o Costa precisa de um bode expiatório para tapar a sua incompetência governativa que tem destruído todos os serviços e resolvido zero problemas.
Com os bandidos dos bancos que roubam às centenas ou aos milhares de milhões eles têm sempre mais para dar e podem sempre ir mais longe. Nunca se ouviu algum destes dois dizer, 'com a banca fomos até onde podíamos ir'. Pelo contrário, até esconderam na gaveta o relatório com o nome dos criminosos para não os incomodarem e poderem ir sempre mais longe nas ajudas em dinheiro a essas pessoas e elas poderem continuar nas suas vidinhas. Essas são as que merecem ter carreira e a protecção do primeiro ministro e do outro das finanças. Já com os professores, que não merecem ter carreira, infiro que por serem honestos e não roubarem o alheio, eles não podem ir mais longe. Portanto, corrijam-se se estou enganada: será que o primeiro ministro não tem capacidade para gente honesta, porque a sua prioridade são os ladrões?
“Da nossa parte, fomos até onde entendíamos que devíamos ir, e vamos lá ver, só vale a pena negociar quando há alguma coisa nova a propor”,
A filha do Vara achava normal o papá pôr milhões na sua conta e apesar de ter milhões do papá foi à CGD pedir um empréstimo de 250 mil euros. Deram-lho na hora, sem juros, a pagar em 99 anos... paga cerca de duzentos euros por mês... se puder, porque se não puder não faz mal... portanto, estamos, nós o estúpido do povo, a pagar a casa a essa cúmplice dos milhões do papá.
E é esta gente do bando do Ali Babá que por aí anda nos mesmos cargos que o Centeno protege enfiando os relatórios na gaveta.
A culpa deve ser dos professores.
A que propósito é que o Centeno e o Costa decidem acerca dos assuntos da ADSE se esta é financiada pelos seus beneficiários e não pelo OE? Quem são estes indivíduos para se imiscuírem nos assuntos dos beneficiários da ADSE sem dar cavaco a ninguém? Quem é que pede a fiscalização da legalidade de uma ingerência em terreno alheio? Mas já regredimos aos tempos da ditadura em que o chefe do governo põe e dispõe da vida das pessoas só porque quer? Querem matar as coisas para ir aos restos como os abutres?
Decreto-lei foi publicado em Diário da República em 28 de dezembro
...para a Mota Engil, para os amigos das obras, para negociatas... enfim, para todos menos para os professores, esses bandidos que destroem o país com os seus luxos, os enfermeiros, esses criminosos e outros funcionários públicos...
Em 2018 o Estado governado por Costa e Centeno gastou 21.7 milhões de euros em advogados e o maior gastador foi o Banco de Portugal. É por isso que o GBP tem a opinião de que Portugal não tem dinheiro para a equidade... pois, assim não tem, não.
Repare-se que 21.7 milhões de euros é quase metade de todo o dinheiro que Centeno, que não vai em despesismos populistas, tem para toda a função pública, quase 700 mil funcionários.
Todos os dias notícias de milhões enfiados nos bancos e nos amigos. Sim, porque só para a Vieira de Almeida foram 5.2 milhões de euros...
Portanto, dinheiro há e muito, mas é para estas pessoas gastarem em sociedades de advogados. Apesar de terem muitos juristas na administração pública. Mas isso não é despesismo. Despesismo é gastar dinheiro nos salários dos professores, dos enfermeiros, etc.
imagens de https://3.bp.blogspot.com
Quando toda a gente sabe, porque eles o dizem à boca cheia e em tom de gozo, que não suportam os professores e Centeno até acha que não devíamos sequer ter uma carreira porque não merecemos.
Só um doido acredita no que Centeno e Costa vão dizer, em ano de eleições e a quererem maioria absoluta. É evidente que vão dizer e até escrever, qualquer coisa para agradar e caçar votos que mais tarde possam desdizer ou comprometer-se a fazer qualquer coisa de uma maneira ardilosa que engane durante um certo tempo, até às eleições.
Ministros das Finanças garante que decisão será "robusta" e que negociação será feita de forma "aberta e muito responsável".
Esta opinião do FT é como os prémios de turismo que ganhamos: têm efeitos positivos nos turistas e em meia dúzia de pessoas que beneficiam do turismo mas muita pobreza para todos os outros que são obrigados a fechar portas dos pequenos comércios, a sair das cidades, a ter que pagar o aumento do custo de vida com os salários a diminuir, etc. - sim, porque nós não somos todos Centeno e companhia. Não nos pagam carro, telefone, viagens, refeições, bilhetes da bola, deslocações, ajudas de custo e a vida particular com dinheiros públicos.
Da mesma maneira, não tenho dúvidas que este elogio descabido, dado que os números mostram que este ano empobrecemos e vivemos pior, com maior desigualdade, vá fazer muito pela carreira de Centeno mas nada pelo resto da população em geral. Esta gente [os mesmos que ajudaram a pôr a UE no estado em que está] dá prémios uns aos outros pelo modo como agradam aos credores, aos crápulas e aos mercados e não ao povo que neles votou e que representam.
Assustador foi ler que Centeno está a pensar reduzir, em menos de um ano, a dívida, que tem vindo a aumentar e vai em 251,5 mil milhões de euros, para 118,5%. É evidente que seremos nós a pagar, com pobreza aumentada, qualidade de vida e de serviços públicos diminuídos, esse brilharete em ano de eleições que Centeno e Costa devem querer no seu currículo para as ambições que têm.
Gostava de perceber como é que estas duas realidades podem coexistir em simultâneo sem contradição: Centeno ser muito bom no trabalho e os serviços do país estarem na falência quando ele cada vez vai buscar mais dinheiro às pessoas por via de impostos. Quanto mais cobra pior o nosso nível de vida. A dívida pública a subir. Que faz ele a tanto dinheiro? Isto para mim só tem um nome: incompetência. Só sabe cobrar impostos. Isso também eu sabia fazer.
Depois repara-se naquele pormenor da receita do IRS ter subido devido ao descongelamento das carreiras («um aumento de 463,9 milhões de euros (4,3%) face ao mesmo período do ano passado.»), isto é, quando se fala que o descongelamento custa x ninguém diz que uma grande percentagem desse x volta ao Estado em forma de imposto.
...
A contribuir para a subida da receita do IRS está o efeito do pagamento das progressões na carreira dos funcionários públicos – que começaram a ser descongeladas de forma faseada em janeiro...
Sobre Mário Centeno, Cavaco disse que, apesar de o seu primeiro Orçamento de Estado ter sido quase "rejeitado" pela Comissão Europeia e "duramente criticado" pelo Conselho de Finanças Públicas e pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental da Assembleia da República, agora não teria dificuldade em dizer que o também presidente do Eurogrupo poderia "fazer parte de um Governo social-democrata de direita".
Elogiando o "diálogo", em particular com a Esquerda, e a "firmeza demonstrada", Cavaco considerou o atual governante uma "pessoa hábil". "Mas, acima de tudo um Ministro das Finanças precisa do apoio a 99% do primeiro-ministro.
(jn)
Não só se revê em Centeno como vê-se que gostava de o ter tido como seu ministro de finanças. Compreende-se, pois são igualmente pessoas dogmáticas (o que ele confunde com firmeza) e pouco educadas culturalmente, fora do âmbito das suas especialidades técnicas.
Não percebo qual é o problema de Cavaco ter escrito um livro em que conta algumas conversas formais, institucionais (não privadas) e o que pensa do MO das pessoas com quem lidou. Não contou episódios da vida privada de ninguém, nem conversas informais, apenas o que foi o trabalho institucional. Ainda bem que o fez porque nós, o povo, gostamos de saber o que se passa e não gostamos destes pactos de silêncio entre políticos (como o caso de Azeredo, Costa e Tancos) que os torna impunes e os sonega ao juízo crítico.
Depois, o mastim vir falar em sentido de Estado é para rir...
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