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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
“At a time when our society is having to confront the murder of women, how can we dare to applaud the killing of a woman?” Chiarot, who took up the role last year, told the Thomson Reuters Foundation in an email.
Em Florença um produtor resolveu mudar o final da ópera de Bizet onde o D. José mata a Carmen num acesso de ciúmes. Não é que isto tenha grande importância mas o argumento dele de não querer que aplaudam a morte de uma mulher é idiota. A história da Carmen é que ela prefere morrer a subjugar-se de modo que a morte dela faz sentido. Sei que à conta disto só se fala na ópera e já esgotaram os bilhetes :))
Fui dar com esta produção 'online'. Apesar de não gostar da interpretação cénica da Carmen que durante toda a ópera é retratada como uma mulher vulgar, tipo prostituta, o que não está de acordo com a personagem de Bizet onde Carmen é uma bohémia de espírito livre mas não é nenhuma prostituta; apesar desta última cena estar mal encenada: no fim, quando ele diz, 'podem-me prender que fui eu que a matei' é suposto estar já rodeado de pessoas que foram dar com eles; apesar de estar cantada, esta última cena, num andamento demasiado lento para meu gosto e até com demasiado 'legato' da parte dele, não há dúvida que é cantada com grande intensidade e dramatismo. Ele é muito, muito bom. Uma voz linda, suave e enorme. Ela tem uma voz muita bonita e modulada e toda a cena nos prende.
Carmen: Elīna Garanča & Gustavo Dudamel
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