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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Recebi um certificado da Sociedade Portuguesa de Botânica por ter apadrinhado, com uma pequena doação, uma planta rara e em perigo. Um alho. Ora, tendo em conta que apadrinhei, com doações enormes, embora involuntárias, todos os calotes da banca portuguesa, estou à espera de receber um documento, no mínimo pomposo, celebrando esse acto de abnegação forçada que faz com que todos os meses receba, no meu salário, menos 900 euros do que deveria receber.

Em 2012, o Banif precisou, tal como outros bancos, de se capitalizar. Os principais acionistas do Banif (as herdeiras de Horácio Roque detinham a maioria do capital e a Auto-Industrial era o segundo maior acionista) não tinham dinheiro para injetar no banco. Foi por isso preciso avançar com um empréstimo de 400 milhões (obrigações convertíveis, os chamados CoCos) e entrar diretamente no capital. O programado era sair até 2017 devolvendo o dinheiro ao Estado.
Não 'foi preciso' avançar com o nosso dinheiro. Quiseram fazê-lo. Como sempre, de cada vez que um dono de banco estourou o dinheiro, o meu (o nosso, entenda-se) salário é penhorado para pagar os prejuízos dos gastos extravagantes de suas excelências gestores incompetentes. Gostava era que alguém me explicasse porque é que, de cada vez que um banco tem milhões de lucro, ele não é distribuído pelos pagantes destes calotes. Se vêm cá quando há prejuízo, venham cá quando há lucro.
da TSF

6 Julho 2009 - 00h30
O ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, ainda não pagou o jantar que deu no Solar dos Presuntos, onde estiveram presentes cerca de 45 pessoas, entre assessores, secretários de Estado e sindicalistas. O evento teve lugar no dia 4 de Julho, dois dias após o responsável pela pasta da Economia ter protagonizado a cena dos ‘corninhos’ dirigida ao deputado comunista, Bernardino Soares, e que lhe valeu a demissão do Ministério.
Segundo apurou o Correio da Manhã, o ministro foi de férias e deixou recado junto do restaurante no sentido de que pagaria a conta quando regressasse.
Ser ministro é bestial! E nos dias que correm qualquer borra-botas passa por lá. Aliás, parece que ser caloteiro e borra-botas é mesmo condição sine qua non.
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