Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
A falta de aprovação das contas por parte do atual governo socialista é dupla, ou seja, contou com a omissão a esse respeito por parte da tutela setorial, representada pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas – liderado até há cerca de dois meses por Pedro Marques, entretanto substituído por Pedro Nuno Santos -, assim como com a ausência de opinião e de decisão em consonância da responsabilidade da tutela do Ministério das Finanças, liderado por Mário Centeno.
Se os professores quisessem, esta avaliação não se faria. Bastava, para tanto, que os relatores todos se escusassem de avaliar e que os professores se escusassem, todos, de pedir o processo das aulas assistidas. Mas os primeiros -salvo algumas excepções- gostam demasiado desse pseudo-poderzinho e entre os segundos há demasiados egoístas... no entanto, se os sindicatos tivessem feito o seu papel, nada disto estaria a acontecer. Ainda agora, se liderassem uma campanha que promovesse, no país, essas recusas, fariam melhor serviço que apelar a manifestações inconsequentes. Mas é por isso mesmo que as fazem: porque são inconsequentes.
Ao governo interessa ter estes sindicatos como interlocutores porque sabe que são 'manobráveis'; aos sindicatos, por sua vez, interessa compactuar com os governos, porque sabem bem que são uns tristes sem valor nenhum e que não se podem dar ao luxo de perderem o estatuto de parceiros previligiados, sob pena de ficarem reduzidos a nada. Sobretudo não se podem dar ao luxo de os professores vencerem qualquer luta à margem deles. Na véspera da última manifestação que lideraram vieram aos jornais sossegar o governo avisando que iam fazer a manifestção mas que não iam reivindicar coisa alguma e que até estavam a favor dos cortes nos salários!! Obrigadinha pela parte que me toca!
Não sei se à laia de prémio mas um sindicalista teve logo direito a tacho estatal.. Enfim, com 'amigos' destes nem precisamos de inimigos.
Estamos reféns dos sindicatos que não fazem nem deixam fazer... mais, dá ideia que eles gostam das divisões entre professores pela mesma razão que o governo também gosta: evita que nos juntemos todos contra eles. Se o fizéssemos, em uma semana seriam ninguém e acabava-se a palhaçada desta avaliação ignóbil que apoiaram com memorandos.
Que me lembre as únicas lutas com sucesso que travaram foram as que equipararam bacharéis a licenciados e as que deram benesses excepcionais aos professores do básico... donde vêm...eles e os do ministério...
Estamos reféns destes sindicatos e enquanto eles nos representarem estamos lixados.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.