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I dream in blue

por beatriz j a, em 09.10.19

 

René Magritte

 

I dream in blue
Its a dream of peace
yes
is a dream of you

 

publicado às 22:02


Tenebrescente

por beatriz j a, em 18.09.19

 

Já não sei traduzir-me em letras

na madrugada sem sono

ao som das rajadas do vento

nem tento...

 

não quero

o refúgio das sombras.

já não sei como hibernar

como ser noite sem dia

 

lua

tenebrescente

 

quisera ser estóica

não sentir, não sofrer,

aqui ou ali,

este ou aquele

ser tudo mais ou menos indiferente

 

tenebrescente

 

é sabido que não tenho 

sentido de orientação

não sei encontrar caminhos

nem sei dar coordenadas

das coisas do coração

 

tenebrescente

 

não aprendi a resguardar-me

do silêncio que me nega

da ausência que me fere

da distância que me apaga

bja

 

publicado às 04:12


Talvez...

por beatriz j a, em 11.09.19

 

talvez amanhã
não tenha conhecido o mundo de perto
talvez amanhã seja de novo mar navegável
em vez deste imenso deserto

 

bja

 

publicado às 20:47


Todo o Tempo é meu contexto

por beatriz j a, em 11.09.19

 

Todo o Tempo é meu contexto.
Eu sou de agora e de antes
plenamente consciente
que todo o passado do Mundo
é, em mim, igualmente presente.

Qualquer época
experimentada
me assenta perfeitamente
visto-as todas à vez
a todas e nenhuma pertenço.
Trajes que provo
por dentro
para melhor sentir o Tempo
do agora, do presente.

Nada me pertence
não tenho lugar reservado
nem modo exclusivo de ser.
Fui cidadã de meu país
fui cidadã de meu continente
tive o mundo como pátria
fui parente de toda a gente
como coisa que também sou
mas que sei, não me pertence.

Sinto o fausto da vida de Tebas
com a mesma realidade
que sofro a solidão deste momento.
Toda a História sentida
como lugar de nascimento
toda a vida vivida
como cidadã do Tempo.

bja

 

publicado às 19:48


Insomnias V

por beatriz j a, em 03.05.19

 

O amor é filho do tempo e irmão da eternidade. (bja)
 

 

publicado às 03:58


Insomnias IV

por beatriz j a, em 03.05.19

 

Ser poeta é deixar ver o que está dentro

é sofrer as palavras que em nós tardam

da vida que nos suga, é ser alimento

das entranhas dos que se resguardam.

 

bja

 

publicado às 03:33


Insomnias III

por beatriz j a, em 03.05.19

 

Não vale a pena pensar muito.
Para quê (?)
se tudo é fortuito...

Os sonhos são alimento
requentado
em fogo lento
uns hão-de comer-se aos poucos
outros engole-os o tempo.
 

bja

 

publicado às 03:30


Insomnias II

por beatriz j a, em 03.05.19

 

I saw your eyes

and I'm broken

the night rises and fall

a knife cutting the pain

breaking the inner walls.

 

I'm nowhere

I'm everywhere

and I don't care

anymore

I'm every person

who dies on the shore.

 

bja

 

publicado às 03:21


Cenas I

por beatriz j a, em 01.05.19

 

Sem fé o destino falha.

Coração cego

demente
segues múrmurios
na noite sem sono

armado com ferros
remexes
pétalas vincadas
fechado em rimas
me cravas
... te escravas.

bja

 

publicado às 00:09


Cenas

por beatriz j a, em 30.04.19

 

Saí do canteiro onde nunca estive
A realidade é este descompasso
Não sei fingir o não-cansaço
Nem sei alinhar o passo
Com os que são de Março.
 
bja
 

publicado às 23:59


I dream in blue

por beatriz j a, em 03.03.19

 

I dream in blue
Its a dream of freedom
yes
is a dream of you

 

K. I.

 

publicado às 23:04


Uma espécie de prece

por beatriz j a, em 04.11.18

 

 

 

Que a imensidão do mar

molde o meu olhar

em infinitos horizontes

sem pequenez no pensar.

 

bja

 

 

publicado às 21:33


...III

por beatriz j a, em 04.11.18

 

 

Sim, trato a morte por tu

ela também me tuteia

espreitamo-nos uma à outra

a ver quem primeiro fraqueja.

 

bja

 

publicado às 21:13


a pertença é um sentimento

por beatriz j a, em 04.11.18

 

 

Sentimos o que desejamos

ou desejamos o que sentimos?

 

Que pergunta indiferente...

se o sentimos já é nosso

se o desejamos vive dentro.

 

Só é nosso o que sentimos

a pertença é um sentimento

é vida que partilhamos

com quem nos habita por dentro.

 

bja

 

publicado às 21:07


Incauto caminhante da vida

por beatriz j a, em 04.11.18

 

 

Não mergulhes nas águas do abismo
nem te lances, destemido, na descida
(incauto caminhante da vida)
para espreitares

os demónios escondidos,

que aí têm guarida.
São amantes de demência
sugadores necromantes,

insinuam-te o vício do sangue
fazem-te traidor da vida.

bja

 

publicado às 20:57


... II

por beatriz j a, em 04.11.18

 

 

Coisa não há que não possa ser
o tempo é um presente constante
e toda a água apaga a sede ao beber.

bja

 

publicado às 20:37


...

por beatriz j a, em 04.11.18

 

 

Se a não-saudade
é uma ausência de ser
deixem-me com esta ansiedade
mesmo que me faça morrer.

bja

 

publicado às 20:28


Pensamentos de dois melréis

por beatriz j a, em 11.10.18

 

 

Há os que vivem e os que deixam que a vida os viva. Os que vivem não deixam que a vida os transforme em mecanismos de defesa de aço duro, apesar das muitas tragédias que os feriram. (...)

 

publicado às 05:55


A poesia não é dos poetas

por beatriz j a, em 21.07.18

 

 

A poesia não é dos poetas
é do olhar assombrado
daqueles que alimenta.

A poesia não é uma arte
que se ensina ou aprende
é uma porta que se abre
é uma luz que se acende.

Quem com o corvo voou
na hora da ilusão despida
se à sorte se negou
fez-se poeta da vida.

Ser poeta é ser olhar
no parapeito de mim
e o que vejo lá dentro
vejo-o também em ti.

Se o abismo encaras
no teu universo profundo
nesse olhar a alma resgatas
constróis-te poeta no mundo.

 

bja

 

publicado às 00:38


Se eu fosse vindimeira

por beatriz j a, em 20.07.18

 

 

Se eu fosse vindimeira
deitava-me à noite
no meio das vinhas
a cheirar o perfume
das uvas nos cachos maduros
e a olhar o céu
negro azulado
de estrelas salpicado.
Assim ficava
nas noites de estio
deitada e inebriada
os olhos no infinito
o corpo moldado
a sentir a terra
intensamente.

 

bja

 

publicado às 23:58


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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