Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Santander fica com actividade do Banif por 150 milhões de euros, quando havia 825 milhões de dinheiro público aplicado. Estado responsabiliza-se por mais 1766 milhões, e Fundo de Resolução outros 489 milhões.
...o entendimento resulta “das opções acordadas entre as autoridades portuguesas, as instâncias europeias e o Santander Totta, para a delimitação do perímetro dos activos e passivos a alienar.”
"Esta solução terá perdas muito elevadas para os contribuintes, mas protege o interesse nacional", começou por dizer António Costa.
... compra a vaca por 5 tostões com a garantia de ficar com o lombo e atirar os ossos para os contribuintes. No país dos burros (ou algo pior...) qualquer palerma é banqueiro.
Bruxelas mandou que o Costa lixasse o contribuinte para salvar mais um banco e o Costa disse que sim... pois, é para isso que servimos: para trabalhar até à morte para pagar o jantar de lombo a políticos e banqueiros e roer os ossos. No entanto, o tipo que faz de conta que sabe ser primeiro ministro igual ao anterior que nos lixou a fingir que sabia ser primeiro ministro, diz que isto protege o interesse nacional... como se fossemos todos tontos... é que este já é o terceiro interesse nacional que absorvemos... é por estas e por outras que as pessoas se tornam defensoras da revolução armada... é porque tanto roubo, tanto roubo, sempre impune, é insuportável.
AKA... os estúpidos dos portugueses... aliás, ouvi dizer que eu e os outros professores ganhamos demais... just saying...
PCP pergunta ao Governo porque é que salvou depósitos acima de 100 mil euros na resolução do BES
"Que motivos justificam a opção do Governo ao legislar no sentido de salvaguardar todos os depósitos e aplicações, independentemente do valor ser acima de 100 mil euros?". Esta é uma das perguntas que o PCP endereçou ao ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes na sequência da notícia do jornal Público desta segunda-feira, 26 de Outubro, que dá conta que 16 governantes tinham dinheiro aplicado em produtos do Grupo Espírito Santo, num total de um milhão de euros em vários produtos. Alguns deles eram em títulos do próprio BES.
'Ele', o supervisor.
O Banco Espírito Santo fez empréstimos à Espírito Santo International durante dois anos através do Panamá. Segundo o "Financial Times", este esquema põe em causa a supervisão do Banco de Portugal.
Godinho de Matos, ex-administrador não executivo do BES, recebia 2.400 euros líquidos por reunião. Numa entrevista ao i, admite que nunca falou naquele órgão, "um acessório de toilete de senhora".
“Um pró-forma”, “um verbo de encher”, “um detalhe, um acessório de toilete de senhora”. Foi assim que o vice-presidente da Ordem dos Advogados e ex-membro da administração do BES definiu o conselho de administração não executivo do BES. Em entrevista ao Jornal i, Nuno Godinho de Matos falou sem papas na língua do órgão que integrou a troco de 2.400 euros líquidos por reunião e no qual “entrou sempre mudo e saiu calado”.
o episódio que o conduziu aquele lugar. Corria o ano de 1995 e o julgamento das faturas falsas da Engil, uma sociedade de construção civil. “O advogado da Engil era o dr. Proença de Carvalho [com quem trabalhou até final do ano passado] e eu trabalhava ao seu lado, por indicação sua, para dois administradores. (...) “havia quem defendesse a vantagem de incluir no conselho de administração alguém ligado à resistência ao antigo regime, de esquerda, e que não fosse profissional da atividade política”
A entrevista aqui
O mais chocante da entrevista é o modo como o senhor se mostra indignado com o BES por ter enganadao tanta gente e com o supervisor por pretender nada saber, pondo-se a si mesmo de fora do esquema, como se não tivesse sido conivente com todos esses actos com os quais foi sempre solidário a partir do momento em que aceita um cargo sujo para ganhar dinheiro e fica de boca calada enquanto vê o que se passa.
Essas são as pessoas que mais me chocam nestas coisas: as que pretendem ser gente de bem enquanto compactuam e reforçam, activa ou passivamente, tudo aquilo que dizem criticar.
"A tentação é estar disponível para colher os frutos quando eles são bons mas não para partilhar as perdas quando elas acontecem. Esta pedagogia tem de se fazer porque é muito importante evitar a decepção que acontece depois", explicou. Carlos Costa referiu, no entanto, que relativamente aos accionistas, "sou o primeiro a lamentar que haja um bail-in'". Mas recordou que estas são as novas directrizes europeias, no sentido de não sacrificar os contribuintes.
Sobre o papel dos auditores referiu que "o ideal era que o mercado pagasse o trabalho de auditoria". Mas que, não sendo tal possível actualmente "a rotação é bem-vinda. É a única forma de acautelar". Ainda assim, defendeu o trabalho da auditoria, recordando que "os auditores auditam as contas". "O que não está nas contas não é auditável porque não está lá. Mas a ocultação é sempre o lado mais difícil do processo de acompanhamento da qualidade da prestação de contas", concluiu.
Se os pequenos investidores são responsáveis de perderem os seus dinheiros por iliteracia financeira, então o que diremos do indivíduo que tem a seu cargo a regulação do sector, que tem especialistas em finanças ao seu serviço, que tem poder para mandar fazer leis de sexta para sábado, para convocar auditores, bancos e banqueiros, especialistas da banca e o diabo a nove?
Se calhar a única culpa dos pequenos investidores foi a de acreditarem na boa fé e competência do banqueiro que era visto com todos os grandes do Estado como autoridade moral financeira no país, de acreditarem na palavra do regulador do sector quando dizia que estava tudo bem e lhe injectava liquidez e na da ministra das finanças quando garantia que o banco era sólido e não precisava de nenhuma recapitalização.
Se calhar não se pode confiar que o regulador da banca a saiba regular... assim é fácil ser governador do BDP.
Sector financeiro deverá ser chamado de forma indirecta a recapitalizar o banco que passa a ser propriedade do Fundo de Resolução, gerido pelo Banco de Portugal
Para os depositantes e os credores sem divida subordinada do BES nada mudará e ficarão clientes de um banco dotado do capital necessário para se manter a funcionar dentro das regras exigidas e limpo dos activos tóxicos que o arrastaram para a actual situação.
Nos termos da recapitalização do BES, e do recurso ao Fundo de Resolução bancária, o Estado avançará com parte dos seis mil milhões (fala-se em menos de quatro mil milhões) que sobram da linha de 12 mil milhões de euros acordada no memorando da troika (estão disponíveis 6,4 mil milhões de euros). Mas a verba será assumida pelos restantes bancos do sector - entre outros a CGD, BCP, BPI, Santander, Montepio Geral, Banif, CCAM – na proporção do que lá têm (e vão ter) investido.
Esta solução, a ser confirmada, evita que haja uma responsabilização dos contribuintes...
Amanhã o BES sairá de bolsa e os actuais accionistas, como o GES e o Crédit Agricole (15% do capital), assim como os detentores de divida subordinada, deixam de ter qualquer intervenção no dossier, pois perdem o que investiram. Mas deverão ficar com o banco-mau.
Deixa ver se percebi:
Vão dividir o BES em dois: num põem os depósitos (salvam o dinheiro dos depositantes) e enterram lá quatro biliões (pelo menos) que vão buscar ao Fundo de Resolução e depois põem o BDP a vigiar toda a operação e a comissão directiva que vai gerir os quatro biliões até venderem o banco. WHAT? Espera lá, deixa ver se percebi bem: os quatro biliões vêm de dinheiros públicos (de onde vem o dinheiro do Fundo de Resolução? Não é dinheiro público?), quer dizer, de dinheiros que poderiam ser investidos na economia mas que em vez disso vão salvar o banco do DDT? A CGD, que é banco público, vai assumir a dívida do DDT? Os depositantes têm o dinheiro salvo: isso inclui os depósitos do DDT, família e demais amigos que andaram a roubar? E é o BDP que vai supervisionar isto tudo? O mesmo BDP que já deixou acontecer dois BPNs?
Gostava que alguém me explicasse isto tudo como se eu tivesse três anos porque já estou a ver o meu salário com mais um ou dois cortes para salvar os depósitos e demais bens do DDT e de todos os seus amigos com tendência para a apropriação do alheio...
O Vítor Bento não é aquele que foi promovido com aumento de vários salários mínimos quando estava de licença sem vencimento há uma data de anos? Não foi ele que foi promovido sem sequer estar a trabalhar há anos? Quantos professores vão ser despedidos por causa do 'BesGate'?
Salgado queria 2,5 mil milhões da Caixa e BCP
Ricardo Salgado pediu pessoalmente ao primeiro-ministro que apoiasse a restruturação do Grupo Espírito Santo (GES), dando aval político para que a Caixa Geral de Depósitos e também o BCP liderassem um empréstimo de cerca de 2,5 mil milhões de euros. Pedro Passos Coelho recusou, noticia hoje o Expresso. Depois, Salgado viajou até Luanda para obter financiamento junto de altos responsáveis angolanos e investidores. A resposta foi a mesma. Em causa está a elevada dívida da área não-financeira do GES.
Uma pessoa pergunta a si mesma, 'Mas como é que este indivíduos da Banca cheios de acusações de gestão danosa, fuga de capitais, mentiras ao BDP sobre negócios e dídivas, etc., ainda têm o descaramento de pedir ao governo para que sejam os portugueses -via CGD- a pagar-lhe as dívidas de biliões?' A resposta é, 'Estão habituados a que os governos ponham os portugueses a pagar-lhes as dívidas... ... ora agora vai uma subida de impostos, a seguir um corte nos salários... tudo para que estes senhores não percam as sua colecções de arte e de iates..'.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.