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Autoritarismo e medo

por beatriz j a, em 27.07.19

 

Porque é que o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas se calou? Porque é que ninguém deu a cara por ele? Medo. Toda a gente vê a perseguição de que é alvo a bastonária dos enfermeiros por ousar não concordar publicamente com suas excelências que nos governam. Também este ministro dos militares, não um primo mas um filho, logo, da grande famiglia, do alto da sua excelência ministerial, já aprendeu que o autoritarismo e a desresponsabilização são as virtudes da moda dos políticos actuais. Isso e mandarem as pessoas irem embora se não estão satissfeitas, como se a obrigação dos governos não fosse a de governar, justamente, mas antes fosse dever das pessoas aceitar o erro ou, o mal ou a injustiça e desaparecer para não incomodarem o desgoverno, ou pior, de suas excelências importantíssimas.

 

Recentemente o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, num raro rasgo de coragem e ousadia, veio publicamente pôr a nu as fragilidades com que se debatem os militares, denunciando a manifesta falta de efectivos que torna insustentável o cumprimentos das missões que estão atribuídas às Forças Armadas.

O desinteresse do poder político pelo sector levou a um considerável rombo nos recursos humanos da Instituição Militar, debatendo-se esta com a falta de seis mil efectivos previstos no seu quadro orgânico.

Perante o desabafo do chefe militar, o ministro responsável pela defesa nacional, uma criatura que nem à tropa foi, presumindo-se, assim, que perceba tanto de vida militar como eu percebo de plantação de abóboras, em vez da dar a mão à mais alta entidade militar de que o País dispõe, comprometendo-se a trabalhar mais e melhor para que este problema possa ser contornado, muito pelo contrário, veio a público retratá-lo, como se este não passasse de um miúdo de escola que fora inconveniente para com um professor.

Num acto de pura cobardia do assumir de responsabilidades, veio insinuar que o almirante insatisfeito já se deveria ter demitido caso não conseguisse desempenhar o seu papel com os efectivos que tem à mercê.

Não contente, teve ainda o desplante de se desculpar com erros do passado, como se não pertencesse a um governo, em funções há quatro anos, e que logo no início da legislatura apregoou a intenção de corrigir as deficiências que herdara.

Humilhado perante todos pelo ministro de quem depende, esperava-se, do oficial-general destratado, uma nova atitude de coragem, a qual somente poderia seguir um caminho: a imediata demissão e a solidarização dos seus pares, recusando-se todos a ocupar o cargo deixado vago.

Mas não, passada uma semana nem uma palavra do chefe militar desconsiderado. Comeu e calou!

E também um silêncio absoluto dos seus subordinados no activo, não havendo qualquer gesto  destes que indicie uma tomada de posição de apoio ao seu superior.

O próprio Comandante Supremo das Forças Armadas, especialista em falar de assuntos nos quais não se deveria imiscuir, parece sofrer de amnésia nas matérias que lhe dizem directamente respeito, remetendo-se igualmente a um incompreensível silêncio.

Pedro Ochôa

 

publicado às 18:23

 

Budapeste suspende "Billy Elliot" por "homossexualidade"

A ópera de Budapeste, na Hungria, suspendeu o musical "Billy Elliot". A decisão de cancelar as 15 récitas planeadas para o espetáculo surgiu após várias semanas de picardia com ojornal ultraconservador Magyar Idök, que defendeu, em diversos artigos, que os jovens que vissem a apresentação se arriscavam a "converter à homossexualidade".

O assédio foi tal que o diretor da Opera, Szilveszter Ókovács, assegurou que afetou a venda de entradas.

 

publicado às 16:33

 

 

 

 

publicado às 16:25


Por todo o lado a decadência da educação

por beatriz j a, em 24.03.17

 

The Academy’s Assault on Intellectual Diversity

But things have gotten out of hand. The desire to cleanse the campus of dissident voices has become something of a mission. Shaming, scapegoating, and periodic ritual exorcisms are a prime feature of campus life. 

 

The puerile notion that only those who are powerful and secure will ever feel entitled to speak out is one of those unfortunate assumptions promoted by those who want to be protected from actually having to confront controversy or discomfort.

 

The word "tyranny" is perhaps just a bit extravagant as a description of tendencies at work in the contemporary academy, and yet, when we speak of the attempt to create a total culture, dedicated to promoting a perfect consensus, we may well feel that we are confronting a real and present danger. The danger that context and complexity will count for nothing when texts or speech acts become triggers for witch hunts, and that wit and irony will be regarded as deplorable deviations from standard protocol. "Tyrants always want language and literature that is easily understood," Theodor Haecker observes.

 

 

publicado às 06:29

 

 

“Autoritarismos modernos” provocaram um decréscimo da liberdade no mundo

 A democracia está em retrocesso no mundo, revela o o relatório anual da Freedom House... Read more

 

 

publicado às 05:47


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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