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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
... é como se não existissem.
É preciso coragem para vir contar experiências de assédio sexual, já de si desconfortáveis, incapacitantes, degradantes, humilhantes ou traumáticas, dependendo do tipo e gravidade da experiência, num mundo extremamente sexista, como ainda por cima, arriscar-se a ser ofendida e culpada do assédio de que se foi vítima, como está a acontecer à italiana.
É bom que se fale e que se perceba que estes casos não são casos isolados. Ser assedidada, de uma maneira ou outra, faz parte da condição de se ser mulher. Estou convencida que o número de mulheres que nunca foi vítima de nenhum tipo de assédio sexual é infímo, abaixo de 1%. Talvez a rainha de Inglaterra... é uma experiência tão comum e em certas alturas, diária... nas ruas, nos transportes públicos, nas lojas, no trabalho... para as mulheres é um facto óbvio, como diz uma das raparigas no vídeo.
As coisas estão muito melhores do que eram. A maioria dos rapazes e homens mais novos já consegue perceber o que é o assédio, já foi educado no meio de raparigas e cresceu a ouvir falar de Direitos Humanos, etc. Mas ainda há um longo caminho a percorrer.
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