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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Como é possível imaginar que, num pequeno país europeu, há recursos essenciais que ficarão nas mãos de apenas uma empresa?
Foi com choque que li a notícia do Expresso de que o agora reconduzido Governo do PS quer entregar, “em exclusivo” e sem concurso público, o negócio de recolha de resíduos orgânicos urbanos a uma empresa do grupo Mota-Engil. Parece um assunto menor e remoto, mas não é. Explico porquê.
Bastaram-me umas semanas na Universidade de Harvard a ouvir cientistas falar sobre alterações climáticas para confirmar que os maiores desafios que Portugal enfrenta no futuro próximo são muito específicos: não tanto a subida do nível dos mares, os fenómenos climatéricos extremos ou o aumento das temperaturas – de que tanto se fala –, mas antes as agruras, já sentidas com veemência, da desertificação e das secas prolongadas.
Agora, o escândalo da Mota-Engil e dos resíduos orgânicos, não passa tanto por contornar as leis da concorrência, ou de ir contra novas formas de economia partilhada e descentralizada. Esse não é o assunto que aqui está em questão. O que aqui está em questão é uma tentativa de assalto organizado e premeditado aos recursos do país por um pequeno grupo de malfeitores bem-informados e bem-engravatados. E, nesses momentos, é imperativo juntarmos o poder da nossa voz às denúncias da imprensa livre.
Este vídeo está entre os 20 finalistas para passar no submit em Nova Iorque. É de portuguesas e está em 3o lugar, com a Índia à frente. O vencedor é medido pelo número de visualizações. Podem ver o vídeo sff? É sobre o trabalho ambiental feito em Setúbal e tem para aí 4min. Obrigada.
(obrigada Isabel!)
Se fazem estas coisas é porque sabem que as podem fazer porque se pagassem uma multa equivalente ao lucro de um ano inteiro acabava-se logo com isto.
Enquanto uns trabalham para exterminar animais outros tentam salvá-los.
Durante a atividade, realizada no dia 20 de maio, os estudantes de 7º e 10º anos da Escola Secundária José Estêvão, circularam pelas ruas de Aveiro à procura de beatas deitadas indevidamente pelas pessoas, para o meio ambiente. Sol
A propósito disto, há pouco tempo, durante a crise dos professores quando o Costa mandava os jornais destilar ódio contra nós, um taxista disse-me que em casa dele mudaram de hábitos porque as filhas vêm da escola depois de aulas e de terem feito trabalhos acerca do ambiente e chamam a atenção dos pais de cada vez que fazem qualquer coisa que afecte negativamente o meio ambiente.
Daqui a uma ou duas gerações ninguém perceberá a obsessão de Costa por furar o Alentejo e o Algarve para tirar petróleo.
Apanhar azeitonas à bruta com aspiradores, matando tudo quanto é pássaro... mas o ministro da agricultura acha que está tudo bem. Isto não dá votos, não dá brilharetes ao Costacenteno, não querem saber...
New research has discovered that millions of birds are being vacuumed up as part of nocturnal suction olive harvesting in the Mediterranean.
From October to January the machinery operates at night and in Andalusia, Spain, an estimated 2.6 million birds are vacuumed to death annually, with the regional government recently putting a stop to the practice. In Portugal, some 96,000 birds are thought to die every winter. The problem is feared to be so vast that Portuguese researchers have recently written a letter to Nature, pleading that nocturnal olive harvesting is ceased.
Roosting birds are helpless as the machines hoover up olives at night (Junta de Andalucía).
Domingos Leitão, from Portuguese Society for the Study of Birds (SPEA), said: "They [the birds] should not be subject to disturbance in the rest period. If the birds in one row of olive trees are frightened, they fly to another; the [EU's] Birds Directive says that they should not be disturbed during the rest period."
Nuno Sequeira added: "When negative impacts like these are detected, the authorities must act swiftly and accordingly. We are talking about hundreds of thousands of dead birds. The lack of regulation allows birds to die as well as other environmental impacts, such as soil erosion and contamination and pollution of aquifers with synthetic chemicals used in intensive and super-intensive agriculture."
UPDATE: A petition addressed to the relevant members of the Ornis Committee, a commission group responsible for administration of the Birds Directive, has been set up. You can sign it by clicking here.
O mundo está mesmo a tornar-se mais verde e, ao contrário do que seria expetável, a China e a Índia estão a liderar o movimento.
A imagem abaixo é o resultado do trabalho de dois satélites, capazes de captar dados em alta resolução e que mediram as alterações na vegetação do planeta.
O planeta azul está 5% mais verde do que era nos início dos anos 2000 e se no início se julgou que o que estava em causa eram apenas as alterações climáticas, a verdade é que houve mão humana nesta tendência liderada por indianos e chineses. É que, embora tenham apenas 9% das áreas verdes a nível mundial, foram responsáveis por um terço do crescimento.
Em causa estiveram projetos de reflorestação nos dois gigantes asiáticos e os resultados estão à vista. Na China o crescimento é superior a 10% e na Índia vai além dos 6%, quando a média mundial se situou apenas nos 2.3%. Em perigo estão, por exemplo, as áreas florestais brasileiras e indonésias, que estão a decrescer e a levar à perda de biodiversidade, mas o estudo demonstra que ainda é possível reverter a situação.
Alguém quer muito o dinheiro desta negociata?
Entulho depositado em maternidade de peixes para ampliação do Porto de Setúbal
Dragagens para ampliação do porto da cidade vão produzir milhões de metros cúbicos de resíduos.
A Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) aprovou o depósito de 2,6 milhões de metros cúbicos de resíduos provenientes das dragagens para ampliação do Porto de Setúbal na zona conhecida por Restinga A, local de reprodução de peixe e bivalves.
Uma solução contestada pelas organizações piscatórias, a quem a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) prometeu ouvir, mas a quem a decisão nem sequer foi comunicada. "É surreal esta decisão. Em direito, em democracia, é uma vergonha que isto aconteça", diz Ricardo Santos, da Sesibal, Cooperativa de Pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines.
O que é difícil é praticá-las. Este artigo pega nos vários temas ambientais -plástico, produtos lácteos, etc.- e analisa os prós e os contras de cada um. Por exemplo, pensamos que usar plástico é sempre pior mas não é. Se reutilizarmos ao máximo o saco de plástico que levamos para o supermercado e este for reciclável, é melhor que usar saco de pano e lavá-lo todos os dias, com detergentes e gastos de água. Achamos um desperdício as frutas e outros produtos virem embalados mas se não viessem estragavam-se muito rapidamente o que obrigava a ter que repôr stocks com mais frequência, ou seja, a produzir ainda mais.
A conclusão que se tira desde artigo é que a melhor política passa por usar materiais recicláveis, evitar os que aumentam muito a pegada ecológica (como a carne) e, acima de tudo, viver com menos. Comprar menos, dar o que não se usa, usar o que se tem o mais que se pode e consumir menos.
(isto faz-me lembrar um texto -subtract- do próximo livro do meu amigo Derek Sivers, "Hell Yeah or No")
É claro que em termos sociais nem sempre podemos fazer isso, como mostra o que se passa em França: Macron quer diminuir as emissões poluentes e aumenta os combustíveis para as classes mais pobres deixarem de andar de carro, sendo que está-se nas tintas para o facto dos transportes públicos serem poucos e maus e as pessoas não terem outra alternativa senão o automóvel particular. É claro que isso revolta...
No entanto, em termos particulares, podemos mudar a nossa acção. De modo que é isso, quando começamos a analisar as coisas elas são mais complexas do que, 'o plástico é sempre mau' mas depois de tudo pensado a acção é simples: viver com menos, ser mais frugal, menos consumista.
É claro que isso é difícil (ainda esta semana comprei uma camisa que não preciso...) porque a sociedade está orientada para nos fazer consumir mas aqui na Europa, e em grande parte é por isso que aparece como um eldorado para tantos, há uns séculos, desde a revolução francesa, que se assume que, para todos viverem melhor, todos têm que aceitar pagar impostos e em geral viver com menos, quer dizer, desistir de grandes fortunas e impérios, porque o dinheiro não cai do céu e para uns terem essas grandes fortunas de biliões outros têm que ter nada ou perto de nada.
A grande revolta do povo hoje em dia prende-se com essa incapacidade dos grandes empresários, das corporações multimilionárias e da grande banca não estar disposta a fazer os sacrifícios que impõe aos outros e os políticos serem cúmplices activos desses maus princípios.
Mais depressa fecham uma fábrica e deixam umas centenas ou milhares de pessoas numa aflição que desistem do seu 3º iate, do 5º Ferrari ou do avião particular. Assim que uma empresa dá menos lucro que o esperado deslocalizam para onde possam explorar os trabalhadores para poderem comprar o próximo iate ou ter aquelas férias naquela ilha onde a diária são 20 mil euros para poderem pôr nos instagrams. Esse é que é o problema, não estarem dispostos a viver com menos, embora vivendo bastante bem, para que todos possam viver melhor.
A nódoa que é, em minha opinião, a ministra do mar, queixa-se, não da ganância dos armadores, mas dos pobres coitados que trabalham ao turno, quando calha, e diz que, se as pessoas não aceitarem viver com aqueles salários miseráveis, o porto talvez não seja viável. Miserabilista é o ponto de vista dela.
De modo que as coisas parecem simples mas são complexas mas no fim são simples ou sê-lo-iam se aqueles que têm o poder nas mãos fossem mais racionais, mais disciplinados, menos gananciosos, menos ignorantes.
É bom não esquecer que esta ministra foi aquela que se gabou de andar a fazer a negociata da prospecção de petróleo à socapa para os portugueses não se aperceberem do que se estava a passar e não lhes darem problemas. Isto é um demérito político insanável.
Numbers are the difference compared to pre-industrial value (defined as 1851-1900) Arrow shows position on scale.
... para ter mais um porto de águas profundas a 100 km do que já existe em Sines? Que negociata é esta e quem vai lucrar com isto à custa da destruição da costa da Arrábida e das praias da população? Desde quando a administração de um porto é dona e proprietária do território para fazer o que lhe apetece, mesmo contra a vontade das populações? E onde foram contratar os da Agência do Ambiente que permitem tudo e mais alguma coisa desde furos de petróleo a dragagens a poluição no Tejo?
... é que, apesar de serem 0.2%, entre eles encontram-se, o primeiro-ministro, o ministro das finanças, o do ambiente, a ministra do mar, o dos negócios estrangeiros, o Presidente da República e alguns dos principais influenciadores de opinião dos jornais. Por um lado, dá para ver o tipo de ignorantes que nos governam, por outro dá para perceber até que ponto os personagens que governam se estão a marimbar para o povo que dizem representar.
Estudo apresentado nesta quarta-feira revela que a maioria dos portugueses acredita que as mudanças no clima ocorrem devido à acção humana. E que em Portugal "não há negacionistas".
"Portanto, não há negacionistas, é residual", observou, acrescentando que o valor apurado foi de 0,2% neste indicador e de 6% entre os que acreditam que o fenómeno acontece principalmente devido a factores naturais.
A maioria (67%) está a favor da utilização de dinheiro público para subsidiar energias renováveis, e quase 90% declara-se favorável ao consumo de energia eólica e solar. Já a exploração de energia fóssil e nuclear, não colhe "qualquer tipo de adesão" em Portugal.
Podíamos ter um papel importante na preservação de habitats marítimos em larga escala e aproveitar-lhe a energia. Mas o problema é que também temos os políticos que temos.
If we want to avoid mass extinctions and preserve the ecosystems all plants and animals depend on, governments should protect a third of the oceans and land by 2030 and half by 2050, with a focus on areas of high biodiversity. So say leading biologists in an editorial in the journal Science this week.
It’s not just about saving wildlife, says Jonathan Baillie of the National Geographic Society, one of the authors. It’s also about saving ourselves.
“We are learning more and more that the large areas that remain are important for providing services for all life,” he says. “The forests, for example, are critical for absorbing and storing carbon.”
A intimação judicial que a Avaaz recebeu da Monsanto exigia a entrega de “todos os emails, anotações ou qualquer registo que mencione a Monsanto, incluindo nomes e emails de membros que assinaram campanhas” sobre esta corporação gigante.
A intimação dizia que a Monsanto precisava dos dados “para se defender de ações judiciais coletivas que alegam que o glifosato causa cancro”.
A Monsanto está envolvida em dezenas de casos escandalosos de destruição maciça do ambiente e de negligência quanto às consequências dos seus produtos na saúde das pessoas, desde logo cancros.
A Avaaz pediu aos membros que doassem dinheiro para se defender em tribunal com advogados ao mesmo nível que a Monsanto. 200.000 mil de nós doámos dinheiro para a causa e eles venceram a Monsanto em tribunal.
É isto: não basta falar contra, é preciso agir porque nem a corporação mais poderosa tem força contra todos nós se nos unirmos e, se não podemos ir para o terreno lutar, damos força a quem o pode fazer e está disposto a fazer. Estou contente porque faço parte dos 200.000 que doaram dinheiro (doei pouco dinheiro, mas isso não interessa porque fomos muitos a fazê-lo) para contratar estes advogados que derrotaram a Monsanto na justiça. É assim que se luta contra o mal e as injustiças: com justiça, união e preseverança.
Dear Avaazers,
Our hearing just ended, and the judge absolutely DESTROYED Monsanto's subpoena on Avaaz!!!!
He said the subpoena would have a “tremendous chilling effect”, saying "no member would want to have their privacy and their activity known" and actually gave Monsanto a lecture on democracy and free speech!!
...lawyers told us that courts in New York tend to AUTOMATICALLY GRANT requests like this! Because usually, more info means more justice.
But then our community got involved. Over 200,000 of us donated, and we hired the best lawyer in the business -- Andrew Celli, who has taken on cases like this before and won. He and his team worked with the Avaaz team to write a ridiculously great takedown of the Monsanto subpoena. It's long and legalistic, but if you speak that language, it's a thing of beauty -- you can read it here.
Monsanto flew in a top lawyer, a man who's defended everything from asbestos to lead and arsenic. But between our briefs, and the powerful oral arguments, the judge was convinced, and took the incredibly RARE step of throwing out the ENTIRE subpoena!!! Normally they just narrow the scope of the subpoena to something more reasonable, but the judge couldn't find anything reasonable in Monsanto's claims about Avaaz!
The purpose of these big legal attacks is to scare us. I have tears right now as I think about how, with the Avaaz community at our back, I really don't have to fear stuff like this. Because even the most powerful actors in this world, are not more powerful than the truth, than the power of good people coming together to work for everything we love, than the power of all of us in this incredible movement.
With immense gratitude,
Ricken and the whole Avaaz team.
A maneira como o autor se demarca dos 'ambientalistas', termo que usa como se fora uma ofensa, donde se infere que não é nem quer ser, um 'ambientalista'. Ora, sendo um ambientalista uma pessoa que se dedica, seja ao estudo, seja à defesa das condições de vida dos seres vivos no seio da natureza e das relações entre eles e o ambiente em que vivem, lutando pela sua protecção, no sentido de se conservar e promover um perfeito equilíbrio biológico, choca que alguém, nos dias de hoje, quando já não é possível ignorar as consequências devastadoras das alterações climáticas e as suas causas, não seja um ambientalista, isto é, que seja indiferente à destruição das condições de vida dos seres vivos e do equilíbrio dos seus ecossistemas vitais ou até que seja contra a preservação de um meio ambiente saudável e sustentável.
Que o artigo esteja cheio de falsas premissas (fazer prospecção não leva à exploração, explorar uma fonte de energia poluente não faz mal desde que seja a 30km da costa, é melhor preocupar-se com o restaurante da praia do Areínho do que com a prospecção de petróleo... etc.) é menos chocante do que alguém ter orgulho em demarcar-se dos 'ambientalistas'.
Coisas boas: os jovens de hoje, quando chegarem aos lugares destes velhos, não tanto de idade mas de mentalidade, nem sequer reconhecem polémica nestes temas. Felizmente, e isso é uma das coisas positivas que se fazem nas escolas, as crianças e os jovens são alertados para os problemas ambientais desde que entram nas escolas e não me lembro, sequer, da última vez que um aluno tenha manifestado uma opinião contra a defesa e preservação do meio ambiente.
Coisas más: estes velhos, não tanto de idade mas de mentalidade, estragarem o meio ambiente antes das novas gerações chegarem ao poder.
Estão os ambientalistas agora deveras preocupados com um furo de prospeção de petróleo ao largo de Aljezur, a cerca de 30 kms da costa.
A Vela, o restaurante no meio de uma ilhota na praia do Areínho, está abandonado. Um crime
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