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As civilizações desaparecem...

por beatriz j a, em 25.04.13

 

 

 

 

 

Mesmo as grandes civilizações como a do Egipto dos faraós. É preciso não deixar morrer a História e aprender com ela.

 

 

 

221cbakerstreet:thatferrybroad:wliabl:Cleopatra’s Underwater Palace, Egypt I still don’t get why no one is LOSING THEIR FUCKING SHIT OVER THIS FINDiT SURVIVED THE EARTHQUAKE THAT LEVELED THE REST OF THE CITY IN 365 A.D. CLEOPATRA’S FUCKING PALACEWITH INTACT FUCKING STATUARYNOT TO MENTION THE REST OF THE FUCKING ENTIRE GODDAMN ISLAND OF ANTIRRHODOS INCLUDING THE ANCIENT PORT OF ALEXANDRIAAND THEY’RE GONNA BUILD A MOTHERFUCKING UNDERWATER MUSEUMUNDERWATER. MUSEUM.can I be a mermaid tour guide there or some shit, you don’t even have to pay me i will just live there forever oh my fucking godthat’s really exciting

Palácio de Cleopatra, descoberto recentemente debaixo de água.

 

(Ancient "Lost" City's Remains Found Under Alexandria's Waters)

 

publicado às 19:10


Agora - Hipátia de Alexandria

por beatriz j a, em 25.12.09

 

 

 

 

 

Fui ver o filme Agora sobre a Hipátia de Alexandria.

Algumas coisas estão muito boas: o carácter filosófico dela, visível no modo como pega num problema e o persegue até encontrar resposta e como cada resposta leva a novas questões e como fica absorta e obsessiva na procura dessa verdade, de tal modo que mesmo no meio de conturbação social e de perigo de vida, a sua prioridade é a procura do conhecimento e da compreensão.

No filme o temperamento filosófico dela recai sobre o movimento dos astros em órbita e nos cálculos matemáticos dessas revoluções celestes.

A relação que ela tem com o escravo que até ao fim a ajuda nos cálculos e nas experiências também revela muito bem o carácter filosófico dela, pois é típico dos filósofos admirarem e respeitarem o mérito, o valor, a racionalidade e a inteligência em detrimento das convenções sociais, das hierarquias, estatutos, profissões, cargos e títulos.

O filme também é bom no modo como consegue apanhar a transição da idade romana clássica  que valorizava o rigor da razão para a época cristã medieval crédula, ignorante e obscurantista. O jovem escravo dela que oscila dubiamente entre um mundo e outro mostra isso muito bem. Depois, a crueldade dos tempos incivilizados e a destruição de séculos de conhecimento numa nesga de tempo que é simbolizada pelo ataque violento à biblioteca de Alexandria e ao que ela representa.

O fim do filme falseia o que se sabe da morte dela: foi torturada por uma turba de cristãos que não aceitavam que uma mulher fosse mais inteligente que eles, arrancaram-lhe a pele ainda viva, desmembraram-na sem piedade. Mas até esse fim falseado é uma metáfora acerca do fim duma época de liberdade de pensamento e de tolerância pela dissidência do pensar, representada na piedade com que o jovem escravo a mata para a poupar à crueldade ignorante dos homens.

Os seus carrascos foram promovidos a doutores da igreja. Ela, que preservou os antigos do esquecimento e inventou as prequelas matemáticas do renascimento, foi atirada para a oubliette do tempo pelos homens que tanto ódio têm ao conhecimento livre em geral e às mulheres em particular.

Faz pensar porque certas partes do planeta estão nesse obscurantismo e outras, como a Europa, para lá caminham a passos largos.

 

 

publicado às 21:24


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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