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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Bem relacionado no cenário cultural (foi até assunto de poema escrito por Carlos Drummond de Andrade – O que Alécio Vê), o fotógrafo carioca Alécio de Andrade (1938-2003) passou suas últimas quatro décadas de vida em Paris. Lá, fez 12 000 fotos do mais famoso museu do mundo, o Louvre. Oitenta e oito desses registros estão reunidos no Museu Nacional de Belas Artes. Eles captam os momentos de interação entre o público e as obras expostas. Alécio enxergava os visitantes como atores de um grande teatro. Em suas imagens, há, por exemplo, casais apaixonados, crianças correndo, um guarda entediado ao lado da Mona Lisa e esculturas no papel de personagens. O momento mais mágico, no entanto, é um divertido flagra de três freiras diante da pintura As Três Graças, de Jean-Baptiste Regnault (1754-1829).
“Cada enquadramento lembra uma cena teatral que assistiríamos por cima dos ombros do artista, e onde os visitantes seriam os atores. Uma visão poética, cujo senso de humor se une a uma certa forma de ternura, que torna perceptível a apropriação dos espaços pelo público e as relações, às vezes insólitas, que alguns espectadores estabelecem com as obras de arte.”
in “O Louvre e seus visitantes”, Alécio de Andrade, Edgar Morin e Adrian Harding.
Fotografia de Alécio de Andrade
(do blog http://luciaadverse.wordpress.com)
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