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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Professores a viver em Parques de Campismo no Algarve
É que são postos na rua no início da época alta para os senhorios alugarem as casas a turistas e só voltam às casas depois do último turista ir embora. Perguntar-se-à, 'mas porque têm que sair?' Simples: não ganham para poder alugar uma casa a preços de mercado nem têm as ajudas de custo que o governo dá a si mesmo e aos amigos. Às vezes a dobrar, como sabemos que faz no caso das viajens.
O problema está a crescer porque o turismo, como as estações do ano, já não tem épocas com princípio e fim bem definidos.
É a chatice dos factos a contrariar as mentiras de recuperação de salário e condições de vida do Costacenteno.
entretanto...
Se todas estas receitas perdidas fossem captadas pelo Estado, a carga fiscal seria bem mais suportável; e haveria muitos mais recursos para os serviços públicos.
...
As grandes empresas pagam ridicularias, face ao seu volume de negócios. E porquê? Banca e grandes promotores imobiliários têm isenções de Imposto Municipal sobre Imóveis, relativamente ao seu vasto património – o mesmo acontecendo com os armazéns de cadeias de supermercados, como o Pingo Doce, quando os seus estabelecimentos estão titulados por fundos de investimento. E já nem falemos das barragens hidroeléctricas da EDP que, constituindo um colossal património imobiliário, foram isentadas de imposto... imobiliário. Também ao nível do Imposto sobre Rendimentos das Pessoas Coletivas, a fuga (legal) é a regra, por via de uma imaginativa engenharia fiscal. As maiores empresas conseguem sempre inflacionar custos e, desta forma, evitar lucros e o correspondente imposto.
Usufruindo dos recursos dos portugueses como se lhes pertencessem, os grandes grupos económicos utilizam-nos, de forma feudal, e rentabilizam-nos em seu proveito. Além de que, não pagando impostos correspondentes ao seu vasto património, actuam em Portugal com os privilégios dos off-shore. Finalmente, não sendo tributados pelos seus lucros reais, como a Constituição exige, estes grupos parasitam os restantes contribuintes.
Paulo de Morais
Portugal continua a receber periodicamente a visita da Comissão Europeia (CE), do Banco Central Europeu (BCE) e do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE). Foi assim ainda no passado mês de Novembro, para a nona missão pós-programa da troika. Ora, o “9th Post-Programme Surveillance”, divulgado este mês de Fevereiro, (...) na página 18 deste relatório que se encontra um parágrafo, no mínimo intrigante, (...)
“The spending review is planned to be continued in 2019. According to the 2019 DBP, it is expected to yield savings of EUR 236 million across several parts of the public sector in 2019. Around half of these savings are expected to come from health and education, while measures in the justice system, internal administration as well as the more efficient use of public assets and the growing use of centralised procurement are expected to contribute the other half.” Numa palavra: o Governo socialista, apoiada pelo BE e pelo PCP, compromete-se com cortes na ordem de 236 milhões de euros no sector público, sendo que metade desse valor afectará o sector da Saúde (já hoje à míngua) e o sector da Educação.
Aqui chegados, e depois de conhecidos os dados da UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental), que deixa claro que o investimento público, em 2018, ficou 1180 milhões de euros abaixo do previsto, pode-se afirmar, factualmente, que o Governo socialista é o campeão da não execução de investimento público e tem ganha a taça dos maiores cortes no sector público. O ponto é que este é um Governo enganador: no início de cada orçamento que lança, anuncia valores altos de investimento público; durante uma semana, ministros e apoiantes do Governo desdobram-se em loas ao investimento público. No final do dia, tudo é um logro.
Hugo Soares, Um Governo; um logro
É assim que se vê a inépcia deste ministro das finanças que nos trama aqui para se gabar em Bruxelas. O défice é baixo mas a dívida pública continua a subir e o decujo, não sabendo o que fazer, vai ao dinheiro das pensões e desvia-o ou, dito de outra maneira, desvia o futuro das pessoas que já pagaram para as suas pensões.
Cerca de 72% das verbas do Fundo de Estabilização estão aplicadas em dívida pública.
Os dados agora divulgados pela FCT revelam que afinal o Governo de António Costa executou menos verbas e investimento no sector da ciência do que Passos Coelho e Nuno Crato com o país sob resgate. 2017 foi o ano de menor investimento em Ciência dos últimos 10 anos.
O número de bolsas de doutoramento e pós-doutoramento também cai, apesar da conversa do Governo, verificamos que também reduzem em 2016 e 2017 e o concurso de 2018 continua a aguardar por resultados.
Se olharmos então para o financiamento de projetos de I&D (em baixo), na minha opinião talvez o mais importante, constatamos que, apesar de toda a conversa da geringonça, a queda de 2014 para 2017 é vertiginosa pois passámos de 3698 projetos apoiados para míseros 731 em 2017.
É claro que o senhor DeBorla não sabe disto, não precisa... porque... se calhar, de cada vez que quer alguma coisa manda pedir que lha ofereçam...?
(do blog Ladrões de Bicicletas)
a) Entre o ano lectivo de 2010/11 e o ano lectivo de 2012/13 (dados mais recentes), a redução percentual negativa do número de docentes é superior - tanto no ensino básico como no ensino secundário - à diminuição percentual do número de alunos. Em termos globais, regista-se de facto uma redução na ordem dos -11% se considerarmos todos os alunos matriculados (isto é, incluindo os adultos) e de -1%, se considerarmos apenas as crianças e jovens. Valores que comparam com uma redução do número de professores na ordem dos -16%.
b) Esta discrepância de valores sugere que se verificou um despedimento de professores nos últimos anos muito acima daquele que os efeitos da demografia permitiriam justificar. Isto é, que a dispensa massiva de docentes, nestes anos de austeridade, vai muito para lá do simples «ajustamento» do contingente de professores aos impactos da quebra da natalidade na diminuição da população escolar. De facto, se se pretendesse manter a proporção de alunos por docente que existia em 2010/11, nos diferentes níveis de ensino, apenas teria sido necessário dispensar globalmente cerca de 630 professores, e não os 23 mil que foram despedidos no período considerado (cálculos aqui).
... a contrariarem as conversas de treta e os auto-elogios dos governantes... ou... quando os medíocres se acham excelentes e os factos dizem o oposto...
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Disparidade salarial em Portugal aumentou quase 70% em cinco anos, ao contrário da tendência europeia, em que se nota uma ligeira diminuição. Em 2012, os homens portugueses ganharam mais 15,7% do que as mulheres, diz relatório da Comissão Europeia.
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