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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Anda aí uma petição para obrigar o BE a pedir desculpa a pessoas com crenças religiosas por causa de um cartaz que brinca com a narrativa das religiões cristãs segundo a qual Jesus nasceu de uma mulher casada mas não era filho do marido dela mas de uma pomba simbólica que se serviu dela como barriga de aluguer, para usar termos contemporâneos e, onde a mulher pediu ao marido para aceitar aquela situação e ele aceitou, tendo constituído uma família pouco ortodoxa.
Toda a história tem aquele cunho dos mitos muito a lembrar a mitologia grega onde os deuses engravidavam humanas e os filhos vinham com características divinas especiais, com a diferença que os cristãos pretendem que toda esta história não é mito, mas é real. Estão no seu direito, assim como está no seu direito quem brinca com a história e faz humor com ela. A religião querer pedidos de desculpa pelo humor alheio, mesmo que os ofenda, é ridículo, para não falar de ser uma escandalosa falta de auto-consciência já que todos os dias as pessoas responsáveis das religiões ofendem as pessoas com as suas afirmações sexistas, machistas, misógenas e com a sua interferência nociva na vida de milhões de pessoas em questões como o acesso à saúde sexual, os direitos das mulheres, dos gays, etc.
Pode dizer-se que talvez líderes de partidos devessem ser sérios nas suas intervenções e não fazer este tipo de brincadeiras mas daí a dizer que é uma coisa grave... é só palerma e provavelmente os mais prejudicados são os próprios que perdem o apoio dos crentes religiosos sem sentido de humor.
Até há quem já lhes chame blasfemos... só falta lançarem-lhes uma fatwa de morte... já agora, porque não defenderem a decapitação pública de quem fizer humor com as cenas da religião? Rídiculo.
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