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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
É que acontece hoje em dia ler os livros e depois já não lembrar do nome do autor ou, às vezes, que os li, sequer! Acontece-me voltar a comprar um livro que acho interessante só para descobrir que o tinha em casa e já o tinha lido...
Depois começo a folheá-lo e lembro-me de já ter lido aquelas frases mas quando o compro, fico na dúvida se já o li ou se é parecido com outro qualquer que já li. É que reparo que são poucos os livros que hoje-em-dia me marcam como dantes acontecia muito. Lembro-me de centenas de livros que li quando era mais nova e que nunca mais esqueci, nem os autores, nem os próprios livros. Lembro-me de passagens inteiras, de pormenores dos livros e até de onde eu estava e o que senti e pensei a ler certos livros.
Das duas uma, ou me marcaram assim tanto por ser mais impressionável, sendo mais nova ou, por ser ainda mais ignorante e ter lido, então, poucos livros, pois nos dias que correm, a maioria dos livros que leio parecem-me dejá vú. Já li aquelas ideias ou aqueles pensamentos ou já os pensei eu.
Vem isto a propósito de o André fazer anos e enviar-lhe um livro pelo correio e estar na dúvida se já lhe terei oferecido esse mesmo livro... é que sou especialista em barracas destas. Uma pessoa tem livros até ao tecto, literalmente, e depois estas coisas acontecem.
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