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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Conta uma história. Não sabemos ao certo qual é mas cativa o olhar e a imaginação.
Vemos que é o interior de um café na Belle Époque (vê-se pela roupa), talvez em Paris, onde o pintor viveu ou talvez na Alemanha de onde era e para onde voltou nos últimos quinze anos da sua vida.
Dá ideia de ser um encontro de amantes onde ela está retraída e ele suplicante. É um encontro às escondidas? É que parece um café pouco frequentado. Tem o jornal abandonado (o rolo que se vê rematado por paus) na mesa do lado.
É inverno -vê-se pelo abafo de mãos dela, pousado no banco e pelo sobretudo dele pendurado com a cartola- e ao entardecer, pois a luz artificial reflecte-se na janela. Estiveram a beber chá. Não sabemos se estão de luto pois o preto era uma cor da moda nessa época, para as pessoas elegantes.
Vê-se que há intimidade e tensão dramática na pose dos dois e percebe-se que ele tenta convencê-la de algo. Parece o fim de um romance num dia triste de Inverno.
Gotthardt Johann Kuehl, In the Coffeehouse, by 1915
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