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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Docentes sem vínculo à função pública não souberam o resultado do concurso de colocação no último dia útil de Agosto e estão nesta segunda-feira nas filas dos centros de emprego.
"Há um ano estas pessoas foram colocadas no primeiro dia de aulas, algumas muito longe das suas casas. Entraram nas escolas antes de desfazerem as malas e o MEC parece querer fazer regra desta anormalidade”, lamentou, junto à fila de desempregados, o dirigente da Fenprof, João Louceiro.
Adércia Loureiro, de 38 anos, professora de Matemática há 14, que já correu o país de mala às costas e optou por adiar ser mãe até atingir a estabilidade profissional que, agora, acredita que não virá a alcançar. E, mais atrás na fila, está Sandra Santos, de 40 anos, docente do 1.º ciclo que, no último ano, fez mais de 200 quilómetros por dia para poder dar aulas e "acompanhar minimamente os filhos de seis e 12 anos de idade".
Ainda assim, as filas no centro de emprego eram menores, em relação a 2013.
As filas são menores porque já se pode fazer o pedido do subsídio pela internet. Hoje encontrei na escola uma colega contratada que ia lá buscar os papéis para o subsídio de desemprego e que disse que ia esperar uma semana porque no ano passado gastou imenso tempo a pedi-lo para depois, passada uma semana e meia sairem as colocações e ter de gastar uma data de tempo a devolvê-lo.
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