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Nem um voto, sequer, nestes partidos imorais

por beatriz j a, em 27.09.18

 

 

O Montepio ainda recentemente levou uma ajuda do Centeno de mais de 800 milhões de euros. Uma instituição mal gerida, cheias de prejuízos, onde os gestores, mesmo nos anos da troika com os cortes e os despedimentos gerais se pagavam salários de país muito muito rico sem crise, e reformas a condizer, depois de quatro anos de trabalho, por exemplo. E quem são os gestores? Padres, políticos e seus conjuges e quejandos. E são responsabilizados pelos prejuízos? Não. São premiados pelo Centeno e pelo Costa que entretanto roubam os anos de trabalho e dinheiro dos outros que trabalham. Este país é governado por políticos e gestores imorais, nunca responsabilidados pelas incompetência, pelo tráfico de influências, pelo peculato, pela incúria, pela destruição da economia com a consequente destruição de vidas e pelo mau trabalho em geral com péssimos resultados, antes premiados com o dinheiro dos que trabalham sem prémios, sem subvenções, sem esquemas manhosos. 

 

É bom lembrar que o país não é dos políticos imorais nem dos bandidos da banca. O país é nosso e os políticos apenas nos representam. E se quisermos acabamos com esta pouca-vergonha. É só deixar de votar nesta gente. Nem um único voto nestes partidos que estão na AR a decidir contra nós todos para beneficiarem-se a si e mais uns poucos. Nem um. Espero que surjam partidos com outras pessoas e outras ideias em que possamos apostar para nos tirarem deste marasmo imoral.

 

Contas feitas aos últimos três anos: entre 2015 e 2017, a mutualista pagou só de salários (brutos) aos cinco executivos mais de seis milhões de euros. E isto num período em que revelou elevados prejuízos, que chegaram em 2015 a cifrar-se em 393 milhões de euros. Depois de, em 2017, a Associação ter recebido do Estado um crédito fiscal (impostos diferidos) de 810 milhões de euros, o que permitiu a Tomás Correia fechar o exercício de 2016 com lucros de 587 milhões de euros. Mas com contrapartidas: perder a condição de IPSS e com a obrigação de, no futuro, pagar IRC sobre receitas.

 

Em conformidade com os direitos consagrados nos estatutos da Associação, e, segundo documentos reservados, nove antigos administradores recebem ainda cerca de 1,8 milhões de euros de reformas que oscilam entre os 67 mil euros (4,7 mil euros mensais) e 336 mil euros (24 mil euros mensais). Os valores são brutos e anuais e quanto maior o tempo de serviço mais elevados são.

 

A pensão que mais se destaca é a de Manuel Pina, casado com Maria de Belém, a ex-ministra e que é apontada por Tomás Correia para integrar os próximos órgãos sociais do Montepio. Pina aufere anualmente uma reforma da mutualista de 336 mil euros. O cálculo está relacionado com o período de 20 anos de trabalho no Montepio, de 1977 a 1997.

 

or seu turno, Eduardo Farinha saiu do Montepio em 2005 e a sua pensão é de 151,2 mil euros. Pelos sete anos de serviço, Maldonado Gonelha tem uma reforma de 100,8 mil euros. Segue-se Vitor Melícias, padre, e que foi administrador do Montepio durante cinco anos. O padre recebe há 15 anos uma pensão anual de 84 mil euros. A pensão mais baixa é de Álvaro Dâmaso, que apenas trabalhou na gestão quatro anos, entre 2010 a 2014, e recebe 67,2 mil euros.

 

publicado às 13:07


4 comentários

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De Anónimo a 27.09.2018 às 15:39

Solidariedade (da) canalha ...
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De dixit a 27.09.2018 às 20:28

Boa malha. Sem papas na língua!

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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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