"Sem Educação não há país que ande para a frente". Começa assim o manifesto(link is external) assinado por 25 figuras do cinema, literatura, teatro, fotografia, música e artes plásticas. Lembram em seguida como o Governo tem andado para trás na Educação, aumentando o número de alunos por turma, despedindo milhares de professores, "desbaratando os avanços nas qualificações que o país conheceu nas últimas décadas". A presente ameaça do Governo de mais despedimentos e do aumento do horário de trabalho dos que ficam "torna os alunos reféns", acusam.
"Querem encaixotar os alunos em turmas cada vez maiores com docentes cada vez mais desmotivados. Cortam nas disciplinas de formação cívica e do ensino artístico e tecnológico, negando aos jovens todos os horizontes possíveis", sublinham os 25 artistas, condenando as políticas de Passos Coelho e Nuno Crato e apoiando a "justa e necessária" greve dos professores.
Os artistas acrescentam que "baixar os braços é pactuar com a degradação da escola" e apontam a melhor razão para esta greve dos professores: "querem devolver as asas aos seus alunos que o governo entretanto roubou". "Aos professores dizemos 'obrigado!' por defenderem um direito que é de todos", conclui o manifesto subscrito por António Pinho Vargas, Bruno Cabral, Camilo Azevedo, Carlos Mendes, David Bonneville, Eurico Carrapatoso, Hélia Correia, Jacinto Lucas Pires, Joana Manuel, João Salaviza, José Luís Peixoto, José Mário Branco, José Vítor Malheiros, Leonel Moura, Luís Varatojo, Luísa Ortigoso, Marta Lança, Messias, Nuno Artur Silva, Pedro Pinho, Rui Vieira Nery, Raquel Freire, Sérgio Godinho, Valter Vinagre e Zé Pedro.