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Papá, protege-me porque nasci mulher

 

 

 

Percebo a intenção e acho bem que se façam campanhas a mostrar a importância de uma educação para a igualdade de género e como essa educação começa com o exemplo de quem educa (que não são apenas os homens como o vídeo faz parecer) mas não gosto do modo como foi feita: a vitimizar as mulheres, a culpar todos os homens e, sobretudo, a dar a entender que uma pessoa, se nasce mulher, precisa da protecção do pai (a mãe nem é referida) para não ser violada ou abusada de outro modo.

Não me parece bem nem justo nem eficaz este discurso de vitimização. Uma coisa é falarmos no assunto -o que é necessário- e batalharmos para o fim da discriminação de género, outra bem diferente é fazer das mulheres todas umas coitadas, indefesas a precisar de protecção do papá. É como a cena das violações nas faculdades americanas que está de tal maneira que até parece que todos os jovens rapazes são criminosos violadores e que todas as raparigas são vítimas. Há até assuntos que os professores não abordam nas aulas com medo deste clima. Mais vale que acusem os violadores, de facto, sem rodeios, do que deixarem crescer um clima de suspeição sobre todos. Mais vale que afastem professores com práticas machistas discriminatórias e ofensivas óbvias que deixarem crescer um clima de suspeição sobre todos o que perverte as relações entre as pessoas.

Este discurso do, 'papá protege-me que os rapazes são lobos maus e porcos' é o discurso que leva as sociedades teocráticas a mandar tapar as mulheres e escondê-las em casa longe do espaço público onde só se vêem homens.

As mulheres não são 'puppies', são seres humanos de pleno direito.

 

 

publicado às 06:03



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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