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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Uma entrevista muito interessante de ler. As profissões onde se ajudam pessoas são as mais difícies de viver com paixão e as pessoas que o fazem, quer dizer, que juntam a paixão ao profissionalismo, são uma minoria mas fazem uma enorme diferença na vida das pessoas. Na governação, por exemplo, podem passar 100 anos sem aparecer uma única. A medicina, a educação, a política, algumas áreas do direito, quando são exercidos assim, com convicção e saber, são algumas dessas profissões. Sem desmerecer de outras.
Tenho sempre muitos alunos que entram no 10º ano a querer ir para medicina mas, felizmente, só uns poucos têm notas para isso. Digo, felizmente, porque há miúdos que vemos logo ali que não têm o que é preciso para ser médico, quer dizer, são muito trabalhadores mas só estudam o necessário, só se interessam pelo que sai no exame, tem um grande desprezo pelas ciências humanas, etc. Quando já nos conhecemos bem e falamos dos cursos que querem seguir, digo-lhes para terem cuidado com o que escolhem e, depois de escolher, dediquem-se à escolha, pois há profissões que não podem exercer-se com uma atitude blasé, há pessoas a depender de quem as exerce e a maneira como a exercem deixa marcas indeléveis na vida das pessoas. A medicina é uma dessas profissões. Não é para toda a gente.
Se a medicina for só computadores acabou a medicina
Cristina Pestana
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