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Lê-se e não se acredita

por beatriz j a, em 27.04.18

 

Espanha contra a Manada: "Não é abuso, é violação"

Cinco homens, um deles polícia a outro militar, violaram brutalmente uma rapariga de 18 anos, filmaram parte da agressão e não são condenados por agressão sexual porque os juízes viram o filme e 'acharam' que a expressão da cara dela não mostrava medo... de modo que 'acharam' que se calhar estava a gostar. Um deles até queria, por causa disso, absolvê-los. A rapariga disse que fechou os olhos, fingiu que não estava ali e esperou que tudo acabasse, sendo que sabia que nada podia fazer contra cinco homens. O que é que a polícia aconselha fazer quando somos vítimas de assalto ou agressão? Não resistir, não olhar os agressores nos olhos para não os provocar pois podem ter armas e usá-las em caso de resistência. Depois vêm os juízes e dizem que se as vítimas não resistem é porque gostam...

Isto não tem a ver com a lei ou interpretação jurídica. Isto tem a ver com os juízes estarem completamente vestidos com as vestes do machismo da sociedade espanhola e serem, para além disso, pessoas intelectualmente limitadas e sem formação adequada de modo que pensam conseguir, como que por magia, saber o estado psicológico de uma pessoa olhando para a sua cara. Portanto, neste caso, em que os agressores juntaram ao crime a humilhação de o terem filmado e divulgado, isso ainda jogou contra a vítima. 

Lá está, a profissão de juíz, muito digna de respeito pelo papel que a justiça tem na ordem social, quando é desempenhada por pessoas de baixa categoria, faz um mal indelével, não apenas aos próprios que julga, mas aos outros do contexto social.

 

publicado às 06:06



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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