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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Quase 700 mil utilizadores da rede social foram submetidos a um teste comportamental sem o seu conhecimento. Uma prática eticamente questionável.
O Facebook dividiu 689.003 utilizadores em dois grupos e filtrou o tipo de conteúdo que cada um deles recebeu no seu “feed de notícias” durante uma semana: uns receberam menos conteúdo “positivo” do que o habitual; os outros, menos publicações “negativas”. O objectivo era perceber se a exposição a conteúdos ligeiramente diferentes afectava o comportamento dos sujeitos da experiência na mesma rede social.
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Questionável? Reprovável! Usar as pessoas como cobaias sem saberem. A chatice é que uma pessoa já se habituou ao Facebook. Dá jeito ter ali agrupadas as notícias dos sites que gostamos de visitar e ter ali os amigos e os conhecidos à mão, por assim dizer. Não só para trocar três palavras ou quatro mas também para não perder o contacto.
É giro isso de ir acompanhando a vida da família distante, dos sobrinhos, dos ex-alunos, criar amizade, acompanhar o percurso deles na faculdade ou no trabalho, nas datas importantes e vê-los ter filhos e crescer.
É uma feliz disposição recuperar uma certa proximidade de vida que dantes era vulgar, quando as pessoas cresciam, estudavam e faziam a sua vida sempre nos mesmos meios acompanhando o ciclo de vida uns dos outros, quando todos se encontravam nos mesmos cafés, as várias gerações sempre em contacto umas com as outras. Isso que se perdeu com a mobilidade do trabalho e da vida moderna, num certo sentido, recupera-se no Face, essa espécie de café da aldeia onde nos cumprimentamos e vemos todos os dias.
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