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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Num ofício, cujo conteúdo foi divulgado ontem pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e que o DN confirmou junto de diretores, o IAVE pede às direções que voltem a convocar os professores selecionados para corrigir as provas de Cambridge e que ainda não terminaram o processo de acreditação. Referindo que "na ausência do docente às sessões para as quais foi regularmente convocado, a Direção deverá agir em conformidade".
Ora, "em conformidade" significa, segundo explicou o Ministério da Educação e Ciência (MEC), "a natural adoção dos procedimentos em vigor relativamente às situações de falta ao serviço". Ou seja, "temos de marcar falta ao professor que depois indica que estava de greve", disse o vice-presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima. O diretor aponta, porém, que este aviso "é empurrar o odioso da questão para os diretores. Não resolve o problema e ainda acicata mais os professores e os sindicatos. Eticamente não me parece que esta seja a atitude mais correta". No entanto, faltar por greve não trará consequências.
Que eu saiba não é assim que se fazem as coisas em dias de greve: a pessoa não tem que justificar a adesão à greve estando ela marcada nos termos da lei. É o oposto, i.é., se a pessoa faltou e não fez greve, apresenta justificação válida pessoal nos termos da lei, sendo que, se não apresenta nanhuma justificação, entende-se que fez greve.
Isto de obrigar as pessoas a irem lá dizer que vão fazer ou fizeram greve é mais uma maneira do Ministério na pessoa deste Instituto Alienado da Veritas Educacional pressionar os professores e, estou em crer, se pudessem obrigar os professores a pagar multa ou até a ficar com faltas injustificadas por fazer greve era o que fariam, com o ódiozinho que têm aos professores aliado à sua própria cegueira sobranceira.
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