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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
“Estas coisas são privadas e não são para estar permanentemente na comunicação social”, disse Guterres aos jornalistas.
Esta coisa de figuras públicas que ocupam regularmente cargos públicos que decidem das nossas vidas e pagos por todos nós acharem que o que fazem publicamente é um assunto que só a eles diz respeito explica muito da desresponsabilização que se outorgam.
Uma pessoa que já foi deputado e primeiro ministro e que terá ainda carreira pública no País ou em representação, declarar-se amigo de um outro que também o foi e que está acusado de ter roubado o País no exercício do cargo, não é um assunto privado. Interessa-me saber quem são os amigos e associados das figuras públicas uma vez que esses amigos exercem sempre grande influência nos nossos destinos quando os outros ocupam lugares de poder com acesso a dinheiro.
Das duas uma: ou os que estiveram nos governos e no partido com Sócrates e nele confiaram estão muito surpreendidos com a gravidade das coisas de que o acusam e, então, é difícil compreender que continuem a apoiá-lo como se os actos de que é acusado fossem de menor importância e não uma enorme traição, o que me faz não ter um átomo de confiança nestas pessoas ou, não ficaram nada surpreendidos, o que dá a entender que sempre souberam e não achavam nada de mal, o que me faz não ter um átomo de confiança nestas pessoas...
Como são pessoas que continuam na vida pública, interessa muito ao público saber não só quem são as pessoas mas também quem são os seus aliados porque estas coisas custam muito caro ao tal público que constitui o País.
Logo, não é um assunto privado.
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