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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Pessoalmente, acho que algumas perguntas da escolha múltipla não são correctas quando, para se saber a opção certa, é necessário que se tenha decorado a definição de um termo, sendo que há outras opções também aplicáveis e correctas ao dito termo, se se pensar a partir das suas características, o que é legítimo. Nesses casos parece-me que há uma rasteira, ou seja, uma intenção de equívoco. É diferente de questões em que as alternativas apresentadas podem mudar apenas em uma palavra ou na ordem das palavras mas onde essa mudança altera o sentido do que se diz, o que testa a capacidade do aluno ser capaz de aplicar o que aprendeu num pensar com rigor.
Também tenho notado que, desde que os Manuais de Filosofia se transformaram numa espécie de receituários, há grandes confusões na linguagem. Por exemplo, respostas em que os alunos não distinguem o que é a nossa linguagem sobre os ideias dos filófosos da linguagem dos próprios filósofos.
Isto deve-se a que os alunos, penso, em vez de fazerem eles próprios o caminho de 'descoberta' dos parâmetros de um problema e, portanto, compreender a problemática, decorem os argumentos a favor e contra que vêm em forma de lista de compras nos manuais em substituição dos textos dos filósofos e depois fazem enormes emaranhados de problemas e argumentos.
Sobre as questões completamente abertas onde se pede a opinião dos alunos sobre este ou aquele assunto... isso dá origem às coisas mais disparatadas... não vejo mérito. É que é diferente de apresentar um problema com parâmetros e pedir uma análise do problema que obrigue a um pensamento dialógico ou argumentativo.
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