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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Pois claro que há... até porque, tendo o nosso primeiro ministro mandado os jovens embora, é certo que eles hão-de ter filhos mas é lá fora, em outros países e, é lá que vão estudar, não cá, onde já não pertencem.
O país também “melhorou significativamente” nos resultados que os seus alunos de 15 anos têm obtido no Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (PISA, na sigla em inglês) promovido pela OCDE, “mas estes continuam ainda abaixo da média a matemática e ciências”, acrescenta-se. [okay... portanto, estamos ainda abaixo da média europeia, logo... corte-se o investimento na educação para... não sei, ainda aumentarmos o fosso...? Grande coerência...]
Antes frisava-se que o número de alunos por aula no 1.º ciclo está “muito abaixo da média europeia” e que o número de alunos por professor no secundário é também menor. [a aldrabice do costume de termos poucos alunos por turma (a não ser que estejam a contar com o ensino particular para fazer estas médias, mais todo o pessoal da divindade IAVE)... mas mesmo que fosse verdade, pois se ainda estamos atrasados em relação a outros países, termos menos alunos por turma certamente é uma oportunidade de galgar esse fosso, não? ]
Neste seu último relatório o FMI reconhece que os cortes na saúde e educação tiveram pouco impacto na redução da despesa uma vez que “foram totalmente compensados pelo aumento da despesa da segurança social” entre 2010 e 2013. [Esta é a verdadeira questão: reduza-se a despesa despedindo professores, porque é mais fácil que despedir pilotos, militares ou outros trabalhadores que tenham outro poder de ripostar ou até de poupar dinheiro nos ministérios cortando nos ajustes directos, nos consultores e firmas de advogados a quem se paga biliões, etc...]
Eu percebo pouco de economia e finanças mas é evidente que os tipos do FMI também não percebem nada. E aliás não são só eles mas a grande massa de dirigentes das estruturas europeias porque a unica coisa que sabem dizer, é, 'despedir, despedir, despedir'. Ó diabo! Isso também eu sei fazer, resolver os problemas a despedir pessoas, a destruir a economia, a lançar tudo no desemprego, a expulsar os jovens para outros países... O que esperava é que gente que tem um curso (espero...) e é especialista em enonomia e finanças tivessem alternativas mais inteligentes e, sobretudo, não suicídas... até eu, que percebo pouco do assunto sou capaz de pensar uma ou duas alternativas, de modo que a minha questão é: porque é que estamos a pagar a indivíduos tão ignorantes e incompetentes no seu trabalho? É que os dirigentes portugueses, nem são políticos, nem especialistas de coisa alguma. Ah, okay, já nos abastecemos no mercado onde os bancos se abastecem a 0.1% e nós a 4%... pois, à custa de termos regredido em todos os indíces de desenvolvimento estarmos com 50 anos de atraso relativamente aos outros países europeus, não termos jovens a trabalhar cá dentro e termos o futuro enquanto país em risco. Epah, isso também eu sei fazer!
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