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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Hoje, na 1ª aula estávamos divertidos porque os alunos gostam sempre de dar as falácias da argumentação. Põem-se logo a identificar as falácias que os pais e os professores cometem constantemente :)) e a propósito da falácia do apelo à piedade um aluno perguntou-me se eu dava dinheiro a pedintes e contou um episódio que aconteceu ao seu pai. Estávamos naquela conversa e diz-me uma aluna, 'a professora não acha um desperdício estar a dar aulas numa escola? É que a professora é bué sábia e podia ser uma líder ou uma advogada e ganhava imenso dinheiro'. Fartei-me de rir... 'bué sábia' lol Bem, expliquei-lhes que essa percepção de eu ser sábia tem a ver com a falta de conhecimentos deles e não com a minha suposta sabedoria e expliquei-lhes o modo como acredito na educação dos jovens como maneira de mudar positivamente as sociedades e como gosto do que faço e me sinto socialmente útil e acredito neles e etc.
Bem, fui para a aula a seguir um bocadinho no ar e desconcentrada e a aula correu mal... a certa altura diz-me um aluno, 'a professora hoje não parece a mesma e isto está a ser aborrecido..' Oops... é assim, uns alunos puxam-nos para cima e logo a seguir outros lembram-nos que se caminha com os pés no chão... gosto mais de ouvir os primeiros mas aprendo mais com os segundos.
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