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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Ando a trabalhar a filosofia moderna no que respeita aos problemas do conhecimento. E trabalhámos o racionalismo de Descartes e os miúdos ficaram impressionados com os argumentos dele e a indubitabilidade do cogito e hoje estivémos a abordar o empirismo do David Hume e, é claro, abordámos a crítica que ele faz a Descartes, nomeadamente esse pseudo-princípio, segundo Hume, do cogito. E depois de termos explorado o argumento, ficaram assim, 'UAU' e eu disse, 'ele não era bué esperto?', Diz uma miúda, 'Mind blowing! Ó professora alguém resolveu esta guerra?' O Kant conciliou as duas perspectivas. 'Mas como, diz outra? Ele era um racionalista não dogmático, um empirista dogmático? Agora quero saber como é que ele resolve a guerra' 🙂 - Não, Kant era um agnóstico.
Eu dou isto como se fosse um policial: há um problema-mistério, neste caso a origem e o valor do conhecimento, e andamos à procura da melhor resposta e vamos vendo o que certos tipos propuseram e se o que cada um propõe resolve o assunto melhor que o anterior. E até o tópico da aula vai de acordo, por exemplo, hoje era, 'O caso do céptico que arrasou a causalidade de Descartes' 🙂
Enfim, não sabiam o que era um 'agnóstico' e fomos à raíz da palavra para perceberem o que é. Claro, uma série deles descobriram serem agnósticos e gostaram muito de saber isso; agora querem formar um clube chamado, 'os agnósticos do 11º ...' ahah 🙂.
Os miúdos são engraçados.
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