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Debates (in)úteis?

por beatriz j a, em 09.09.15

 

 

 

Passos C. - a mesma demagogia de Portas acerca do desemprego baixar passando ao lado de um quarto de milhão ter desistido de procurar emprego em Portugal. Depois, diz que as exportações estão no máximo e a economia acima das outras... mas então, se as condições estão no seu melhor e mesmo assim a dívida continua a aumentar, como vai ser possível diminuí-la já para não dizer pagá-la...?

 

Costa - critica a hiper-austeridade e as incongruências de Passos C. que prometeu uma coisa e entregou outra. Não passa disto...

 

Estou à espera de ver se dizem que políticas vão fazer para reverter os problemas gravíssimos do País, uns que vêm do governo do Socas outros criados por este e a religião da austeridade.

 

Resultado: falaram das pensões, da segurança social, umas palavras sobre a devolução da TSU, sobre a saúde foi só demagogia e pouco mais. Sobre o BESgate foi claro que vamos pagar, indirectamente, através da CGD, mais este BPN... 

 

O resto foram acusações mútuas e demagogia.

 

O passo C. diz que o SNS está com melhor qualidade... isto deve ser uma piada... mas o Costa não soube apresentar soluções.

Acerca da educação nem uma palavrinha... é assunto pouco importante para o país. Sobre os milhares de milhões em ajustes directos, em pagamentos a consultores, em pagamentos de pensões milionárias nem uma palavrinha. Sobre o problema de não nascerem portugueses suficientes e o que fazer para fazer voltar alguns do quarto de milhão que saiu, nem uma palavrinha.

 

Enfim...  isto foi mau para os dois lados e, é muito pouco. Não sei se vão fazer mais debates porque isto foi uma gota de água dos problemas a tratar e os portugueses votantes [e contribuintes] têm direito a saber o que pensam e vão fazer e eles têm o dever de o dizer.

 

 Os entrevistadores estiveram bem.

 

 

publicado às 21:40


16 comentários

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De Ideias e Baleias a 10.09.2015 às 00:16

Só vi uma pequena parte de quando falavam da SS. E o que escrevo a seguir é aplicável a apenas esse excerto.

Pareceu-me que Passos Coelho sabia daquilo que estava a falar apenas porque tem mexido na massa. Costa, pela linguagem corporal fez-me sentir que estava a explodir por dentro, tentando manter a aparência de calma e tentar vender uma imagem de pacífico.
Passos mencionou a tentativa de se entenderem em matéria de SS, mas fiquei com a sensação de que Costa não tinha interesse nisso, excepto se fosse ele o governante. Claro que Passos também quereria o tal entendimento desde que fosse ele o PM.

Embora não me identifique com nenhum deles, no pouco que vi, Passos parecia mais focado na parte prática e nas soluções, enquanto Costa debitava frases genéricas sobre o que todos querem e estão fartos de saber, mas sem aprofundar. Parecia que a tentativa seria apenas criticar para descredibilizar o adversário.

Quanto à SS pareceu-me grave o facto de terem problemas a fazer contas.
Passos, como PM, tem informação privilegiada e terá a melhor base para análise. Costa, pelo seu discurso, parecia não ter acesso à mesma informação. O que é grave, pois ninguém fora do Governo tem dados para reflectir e avançar com propostas fundamentadas.

Não há tempo em 90 minutos para tratar de todos os temas adequadamente, nem os candidatos o querem, pois começariam a ficar visíveis as suas incapacidades e falta de exequibilidade das suas propostas.

Num mundo ideal seriam feitos mais debates. E sérios.

Vou confiar na sua análise-resumo.
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De Ideias e Baleias a 10.09.2015 às 00:21

Ah, o habitual é cada um distorcer a realidade para aquilo que mais lhes convém.

Daqui a menos de um mês esta febre já terá passado. De acordo com as sondagens, cada um deles garantirá o seu próprio emprego por 4 anos e o resto que se lixe.
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De beatriz j a a 10.09.2015 às 05:26

Não com o meu voto, em todo o caso...
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De Ideias e Baleias a 10.09.2015 às 11:28

Certo :)
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De beatriz j a a 10.09.2015 às 05:25

Também vi mais ou menos como disse. Passos fugia a certas questões porque está por dentro das pastas e sabe números e o Costa quis fugir à discussão séria sobre soluções para os problemas. Nenhum deles tem uma única ideia do rumo do País: nem para onde nem porquê.
Acho que os políticos nestas coisas não deviam ter a escolha de dizer que não querem debaterem os problemas do País a não ser uma vez ou outra coisa qualquer. Quem se candidata tinha que ser obrigado a vir discutir os problemas do País, quisesse ou não quisesse.
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De Ideias e Baleias a 10.09.2015 às 11:27

Sim, deviam ser obrigados a discutir seriamente os problemas E as soluções para o país.

No blog tenho escrito que deveria ser como numa entrevista para o emprego. Têm de se sujeitar às questões e testes. Não querem, não podem continuar no processo de recrutamento.
O problema é que este tipo de candidatos já assume que tem o emprego garantido, seja como PM ou como deputado.
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De beatriz j a a 10.09.2015 às 12:16

E têm... eu acredito que o Passos Coelho está mesmo convencido que não tinha outra hipótese e que não há outro caminho senão alinhar com a Merkele e com as políticas de austeridade. Conheço muita gente que defende convictamente as soluções que ele defende e que acha que é normal que empresários e outros recebam muito porque são eles que geram empregos e que a maioria não quer fazer nada e quer é subsídios, fazer greves, etc. Acho que ele não tem ideias políticas, tem soluções práticas imediatas que se enquadram em teorias de certas correntes económicas e mais nada...

E acredito que o Costa, chegando ao cargo faz exactamente a mesma coisa, excepto que o faz sem convicção...
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De Ideias e Baleias a 10.09.2015 às 12:57

Sim, está convencido. Acredito que sim.
Entre os empresários que recebem muito e os que querem subsídios, existe muita gente. E é essa gente que conta.

Cada político, português ou estrangeiro, continua o modelo instalado. Ponto. Não interessa se é de esquerda ou direita. Daí a evolução ser sempre no mesmo sentido.

Cada político, português ou estrangeiro, é um decisor que está rodeado de consultores de diversas áreas que o aconselham. Ele só tem de escolher e muitas vezes deixar-se convencer pelos que o rodeiam. Por isso, o leque de opções e de visões políticas ficam limitadas.

Noutros casos - mais raros - os políticos tentam alterar bastante o funcionamento das coisas. Quando percebem como funcionam as coisas ou aceitam jogar o jogo ou recusam-se a serem manipulados e tentam forçar o seu próprio caminho.
Os que forçam as suas ideias têm 2 destinos possíveis: são afastados do poder ou simplesmente assassinados.
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De beatriz j a a 10.09.2015 às 13:09

Ou absorvidos pelo sistema... como aconteceu com o Tsipras.
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De Ideias e Baleias a 10.09.2015 às 13:10

Sim, absorvidos porque percebem que é "melhor" pactuar do que lutar contra.
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De beatriz j a a 10.09.2015 às 13:13

Querem o poder...
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De Ideias e Baleias a 10.09.2015 às 13:35

Normalmente sim. Noutros casos podem pensar que é melhor estarem eles a segurar o barco do que o libertarem para um louco sem moral.
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De beatriz j a a 10.09.2015 às 16:46

Isso a mim parece-me uma racionalização e é com essas racionalizações que os sistemas se perpetuam. Esse é muitas vezes o argumento dos ditadores para se deixarem estar.
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De Ideias e Baleias a 11.09.2015 às 00:12

Sim, concordo.
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De Ideias e Baleias a 10.09.2015 às 11:32

"Nenhum deles tem uma única ideia do rumo do País"

Nem nunca terão. Andam nesta vida há anos e ainda não se viu a sua visão para o país.

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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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