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Talvez seja o grande paradoxo do consumismo: não faz ninguém feliz

 

Estava eu a ler com grande interesse este texto sobre o vazio do consumismo quando dou com isto, 

Entretanto, a certa altura - já venho a descer a Rua do Carmo - ouço atrás de mim:

- Não tanto Miami, sabe? Orlando, sim. Orlando tem muitas.

São duas brasileiras, altas e loiras como Gisele Bündchen - alemoas do Sul, provavelmente. Trazem muitos sacos nas mãos e, em poucos segundos, discorrem sobre mais de uma dezena de cidades, as lojas que proporcionam e os produtos que lá compraram. O seu mapa-mundo tem nomes de lojas no lugar dos nomes dos países, nomes de marcas no lugar dos nomes das cidades, nomes de modelos no lugar dos nomes das ruas. E, porém, em nenhum dos seus sacos há um presente embrulhado - compram para si mesmas.

 

O autor não resistiu à piada estereotipada da loura burra que só pensa em compras e lojas... claro, enquanto os homens são todos seres substanciais e graves, as mulheres, sobretudo se são louras e alemoadas, têm todas um discurso oco e são todas consumistas egoístas. É assim que muitos homens fazem para se sentirem moralmente superiores...

Praticamente, todos os dias há, pelo menos um, artigo de opinião, a ofender-nos com insinuações de sermos seres de categoria inferior... Enfim, estragou-me a leitura de um texto que estava a ir mesmo bem.

 

publicado às 10:30



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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