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(inspirado, e em parte copiado, daqui: (how-to-defend-democracies-from-authoritarianism)

 

1. Quanto mais se permite ao autoritário mais ele progride. Vai arregimentando pessoas idênticas, fazendo favores e atribuindo privilégios que deixam implícita a reciprocação. Não se trata de desafiar a autoridade mas de exigir uma autoridade que não mine o sistema democrático. Nesse sentido, evitar obeceder por obedecer.

 

2. Defender a instituição e não o indivíduo. Por exemplo, se trabalha numa escola, defenda a educação e o que preserva a instituição da educação que serve os alunos. Daí a importância de defender-se do autoritarismo que contraria os objectivos das instituições. "As instituições não se protejem sozinhas e se as pessoas não as defendem elas desabam".

 

3. Resistir à tentação de sair do seu caminho ético por causa do exemplo negativo dos líderes/chefes. Quanto mais atraiçoam os princípios de justeza e ética democráticas mais nós devemos cingir-nos a eles, desde logo para nunca corrermos o risco de entrarmos pelo caminho deles.

 

4. É importante saber distinguir as palavras dos actos. Todos os autoritários falam em justiça, no povo, nos direitos dos outros mas, a prática deles é o oposto das palavras que dizem.

 

5. O autoritário faz tudo para consolidar o seu poder que é a única coisa que lhe interessa. Tudo o resto é desprezável. Enquanto há leis, usá-las até onde for necessário e lembrar-se sempre do princípio socrático segundo o qual é preferível sofrer uma injustiça que cometê-la.

 

6. Pensar por si próprio, desenvolver o discernimento, o sentido crítico e a liberdade de expressão. Sem liberdade de expressão não há democracia.

 

7. Ler As Origens do Totalitarismo de Hannah Arendt e outros livros semelhantes e aprender a reconhecer os sinais dos autoritários e as suas manipulações.

 

8. Dar a cara, por muito que custe, por muito que a diferença de forças e a má fé dos autoritários seja enorme. Alguém tem que levantar-se e se ninguém o faz não há democracia. A democracia depende do que permitirmos que lhe façam.

 

9. Se tudo é possível, nada é possível. O refúgio do autoritário é a distorção dos factos e a indiferença à verdade.

 

10. Ter uma vida privada, ter amigos e fortalecer-se em consciência. Uma consciência tranquila dá uma força muito grande.

 

11. Ler o que fazem outras pessoas em outras instituições, em outros países.

 

12. Ser corajoso não é ser audaz, é ser capaz de fazer o que está certo para evitar que se construa o que está errado. Se ninguém é corajoso a democracia está perdida.

 

 

publicado às 14:38



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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