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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Isto é uma excelente ideia e iniciativa. É verdade que hoje em dia só é possível preservar a natureza da voragem dos governos e indústrias se formos donos dela. Espero que estas ou outras pessoas a alarguem a outras zonas do país. Eu era capaz de entrar numa iniciativa destas.
Trata-se da parte central de uma encosta onde abundam os carvalhos-alvarinhos e os castanheiros e por onde corre uma ribeira.
li vivem espécies que só ocorrem na Península Ibérica – como a salamandra-lusitânica e o lagarto-d’água – e espécies emblemáticas da floresta, como o veado, o corço, a gineta e o texugo.
Estes e outros animais partilham aquele espaço com, pelo menos, 70 espécies de aves, desde mochos e corujas a águias, rouxinóis, guarda-rios, chapins e pica-paus.
“Depois de vários meses de prospecção no terreno encontrámos neste local as condições ideais que procurávamos”, contou à Wilder Manuel Malva, 23 anos, fotógrafo de natureza e estudante de biologia na Universidade de Coimbra.
Manuel Malva é o presidente da MilVoz – Associação de Protecção e Conservação da Natureza, criada em Maio de 2019 por cidadãos para dar voz ao património natural da região de Coimbra.
A 16 de Maio, a associação lançou a campanha de crowdfunding “Ajuda a criar a primeira RESERVA NATURAL MilVoz” para angariação de fundos. A campanha termina a 12 de Julho mas o objectivo de reunir 3.000 euros já foi ultrapassado, chegando agora a mais de 3.900 euros.
Além disso é facilmente acessível à comunidade, um aspecto importante, uma vez que “um dos grandes objetivos deste projeto é aproximar as pessoas da natureza e da biodiversidade da região”.
Esta será apenas a primeira de uma rede de mini-reservas que a associação quer implementar.
“Criar uma rede de mini-reservas foi desde cedo um dos nossos principais objetivos”, explicou Manuel Malva. “A única forma de preservar de forma segura e a longo prazo é adquirindo o espaço a preservar.”
Esta primeira mini-reserva pretende demonstrar os modelos de gestão que a associar quer replicar no futuro em outros locais, com habitats e espécies diferentes.
“Iniciativas como esta estão totalmente dependentes do contributo de cada pessoa que se identifique com o que queremos proteger e desenvolver, já que este projeto nasce precisamente da vontade de um grupo de cidadãos comuns.”
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