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Assédio moral (bullying) nas escolas

por beatriz j a, em 12.08.18

 

 

Três em cada quatro professores dizem que já foram vítimas de assédio moral

Estudo envolveu 2003 professores do pré-escolar ao superior. As direcções das escolas são apontadas como as principais responsáveis. Dirigentes não se revêem no que é relatado.

 

Heinz Leymann, pioneiro no estudo do mobbing, para descrever aquele que será muitas vezes o objectivo do agressor: “Exerce violência psicológica extrema, sistemática e recorrente, durante um tempo prolongado, para destruir as redes de comunicação da vítima, a sua reputação e perturbar o seu trabalho.” [é isto mesmo)

 

Situações como as descritas repetem-se várias vezes ao ano, segundo a maioria dos 1504 professores que dizem já ter sido assediados. E para cerca de 30%, repetem-se há mais de cinco anos. O impacto pode ser “devastador”, pode reduzir a auto-estima e ter implicações no sentido de compromisso com o trabalho, exemplifica Portelada.

 

Cerca de 83% dos professores relatam consequências na saúde. Ansiedade e insónias são as mais comuns (71% e 67%, respectivamente). Mas também frustração, sentimento de fracasso e de impotência, de insegurança e de irritabilidade. Um quarto deles já recorreu ao atestado médico.

 

O que motivou o comportamento daqueles que são vistos como agressores? Para quase 60% das vítimas, as situações de assédio devem-se ao facto de eles “não cederem a pressões”. Cerca de 42% denunciam uma “gestão autoritária” e quase 40% dizem-se “reprimidos” por proporem “novas formas e perspectivas de trabalho”.

 

Já Filinto Lima, presidente da Associação Nacional Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep), não vê “as direcções deste país como agentes agressores”. As direcções das escolas “funcionam como um órgão colegial”, diz: “Ouvimos as pessoas, consultamos o conselho pedagógico e somos controlados por um conselho geral.”

 

Que este Flinto Lima, um atraso de vida, seja o presidente da Associação Nacional de Directores diz muito sobre o que são as direcções...

Quanto a esta situação de bullying, é por demais conhecida das equipas que se vão sucedendo no ME que, no entanto, nada fazem porque lhes dá jeito quando querem, elas mesmas, fazer bullying aos professores, desconsiderando-os sistematicamente com objectivos economicistas medíocres.

 

publicado às 11:43


2 comentários

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De júlio farinha a 12.08.2018 às 23:26

As escolas são espaços agressivos. Entre os professores reinava, há uns anos, a intriga, a inveja e e a falta de camaradagem associados ao poder. Os estudiosos destes comportamentos chamavam-lhe clima de escola. Quem tinha coragem para se assumir com autonomia e ideias estranhas à maioria era ostracizado.
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De beatriz j a a 13.08.2018 às 04:51

Mas não eram mais agressivos que outros antes da Rodrigues instituir a desigualdade entre pares, a competitividade acima da cooperação e o clima de perseguição de uns colegas a outros e das direcções a todos. Foi ela quem estragou isto tudo. Agora o secretário de Estado manda papéis ridículos para a escola com palavras pomposas de cooperação entre professores, quando as condições para cooperar foram e continuam estilhaçadas.

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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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