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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Este ano houve bons filmes mas a maioria ficou de fora dos óscares que valorizam o entertenimento construído sobre estereótipos. As excepções foram, 'Moonlight' e 'Lion' que são bons filmes mas o segundo não ganhou nada. 'Manchester by The Sea' podia ser um grande filme se não tivesse sido diminuido pelos actores que não estão à altura da tessitura dos personagens que encarnam, apesar de terem sido nomeados e um deles ganhar mesmo o óscar de melhor actor. Depois há o 'La La Land' uma espécie de revivalismo dos músicais melosos dos anos 50 do outro século [mas é deste...] onde o rapaz prinicpal tem de ficar sózinho para perseguir o sonho de ser músico de jazz a sério e a rapariga desiste do seu sonho de ser actriz e se casa com um magnata de Hollywood e se dedica a uma carreira de esposa rica... [a sério??]. Ryan Gosling não tem nenhum jeito para fazer de músico de jazz, nem a música do filme é jazz...
Pior que tudo é o filme 'Elle', um filme que os críticos adoraram com argumentos pseudo-intelectuais que a mim me provocam vómitos... um filme onde uma mulher é violada pelo vizinho e acaba por ter uma relação com ele onde o cúmulo do prazer dela é a revisitação repetida da sua violação e a mulher do dito cujo agradece à violada por 'dar ao marido aquilo que ela não sabe...' [a sério???]. No meio machista que Hollywood é muitos homens (produtores, críticos, etc.) devem ter gostado de ver um filme à medida das suas fantasias...
Enfim, é triste que cheguemos ao século XXI com a mentalidade dos anos 50 do século passado.
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