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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
... o programa agora proposto "é absolutamente prescritivo, não deixando qualquer espaço de liberdade aos professores e chegando ao ponto de eliminar a maior parte das obras literárias, de indicar apenas textos e excertos de outros, e de apontar como obrigatórias metas muito específicas, que são claramente feitas para corresponderem à avaliação externa”.
Aponta, como “um exemplo muito claro disso, o objectivo obrigatório de que no fim do 2.º ano uma criança consiga ler um texto com articulação e entoação razoavelmente correctas e uma velocidade de leitura de, no mínimo, 90 palavras por minuto”.
Os alunos medidos enquanto correm as palavras, tratados como cavalos a correr à volta da pista, o professor de cronómetro na mão, não já um educador mas um treinador de animais passivos e receptivos ao tratamento industrial. A educação como coreografia exterior, acessória, mecânica... não é o primeiro ministro que gaba nos portugueses a previsibilidade, a capacidade de serem usados e abusados e continuarem a votar nos mesmos representantes políticos... ora, como se formam essas bestas de carga? Na escola, pois está claro... de cronómetro na mão [e talvez chicote aos professores?]
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