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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
... seria o ME mandar os professores agora dispensados da prova vigiar o exame dos colegas não dispensados... só para ficar mais 'claramente visto o nojo vivo'... e, pergunto com os meus botões: o que diria o sindicato? Essa liga, T.R.L.? Não sei mas sugiro... humm... 'o acordo possível'?
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Mário Nogueira (Fenprof) apelou à presença massiva de professores no Parlamento quando diploma da prova for discutido, na próxima quinta-feira.
É uma aflição isto de sabermos a importância de sindicatos fortes e vermos estas lástimas em acção... deixam sempre as pessoas a resistir sozinhas entregues à sua sorte...
"Houve avanços significativos que vão ao encontro dos anseios dos professores", declarou Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, explicando que a proposta agora apresentada pelo Ministério é bastante diferente da que esteve até hoje em cima da mesa.
Mas porque é que não dizem qual é a proposta, para nós sabermos? Porquê o secretismo? Não percebo estas 'tradições' de só sabermos as coisas depois dos papéis assinados, como se o assunto não nos dissesse respeito...
A última vez que estiveram em grande convergência assinaram um memorando. Ainda lembro bem: na véspera do dia da assinatura era tudo inaceitável, no dia seguinte já tudo era aceitável.
Passam anos a contribuir para a plantação de ervas daninhas e depois esperam que cresçam flores...
Acompanhado por vários professores, Mário Nogueira recusa-se a abandonar o Palácio das Laranjeiras sem que o ministro Nuno Crato confirme que dá hoje por encerradas as negociações com os sindicatos sobre o concurso nacional de docentes a realizar este ano.
A informação sobre o fim das negociações, logo na segunda reunião, foi transmitida à delegação da Federação Nacional de Professores (Fenprof) durante o encontro com o secretário de Estado do Ensino e da Administração escolar, João Casanova de Almeida, e o diretor geral de educação.
A Fenprof diz ser um procedimento ilegal, porque tem de ser acertado pelas partes um calendário negocial, o que não aconteceu.
"Até agora não houve uma perceção completa, como a que surgirá com o arranque do ano escolar, dos efeitos dos cortes orçamentais da Educação,
Não houve da parte dele porque todos que trabalhamos nas escolas e aqueles que estão desempregados há muito que perceberam. É assim que se percebe que estes tipos não fazem ideia do que é trabalhar como professores... já foi há décadas...
As coisas nas escolas pioram como se previa. Sem democratização das estruturas e da vida na escola cada vez mais as pessoas se cristalizam nos sítios e se vêem como autoridades, não porque tenham legitimidade mas porque é o que está na ordem do dia. Isto é a consequência da cobardia e dos interesses dos sindicalistas.
Os sindicatos dos professores estão moribundos. O ministério já nem se dá ao trabalho de disfarçar e chamá-los para reuniões de negociação. É o desprezo total, porque sabem que eles desbarataram uma força que tinham de uma maneira tão traidora que não tem volta atrás. Despeja leis cá para fora sem olhar para eles. Estão reduzidos a uns 'slogans' patéticos. E os professores já não recorrem aos sindicatos para resolver problemas, mas aos psiquiatras... lindo serviço...
... para quê...? Hoje estava lá na escola o delegado sindical da Fenprof para uma reunião, ao meio-dia. Eu fui dar aula. Fomos praticamente todos. Ficaram lá uns oito ou dez para a 'reunião'. Para que serve uma reunião onde tudo já foi decidido? E depois, era o que toda a gente dizia: deixaram as coisas chegar onde chegaram ou, pior ainda, foram e, ainda são, coniventes, com quase tudo o que de negativo aconteceu na educação e agora fazem queixas e greves?
(no Aventar, via Umbigo)
Devo ser homem...não sei... o que sei é que os principais sindicatos, para além de inúteis (a não ser para si próprios) são congregações de espírito diatatorial -um líder eterno e seguidores submissos- e machista. Mulheres? Não se veem... devem mandá-las para a cozinha...
Quanto à garra comunista? Garras têm os predadores...
SOBRE PIQUETES DE GREVE
1. A constituição de piquetes de greve com o intuito de tentar convencer, no próprio dia da greve, trabalhadores hesitantes em aderir à paralisação, é legítima e está legalmente regulada.
2. Não tem grande utilização entre os docentes, mas seria útil inverter esta situação. Tanto mais que a sua utilização na última greve geral se mostrou positiva
3. Assim, a direção do SPGL dará todo o apoio a dirigentes, delegados ou ativistas sindicais que pretendam constituir-se em piquete de greve na sua escola ou na sua zona, fornecendo a legislação existente, e coletes de identificação, quando solicitados.
4. Em algumas zonas poderão ser constituídos piquetes de greve com membros de diferentes sindicatos que operem em várias empresas e serviços.
5. Se tem condições para constituir ou participar em um piquete de greve na sua escola ou zona contacte-nos através de direccao@spgl.pt
A direção do SPGL
A mim, estas coisas estalinistas dão-me logo vontade de não fazer greve. Quer dizer, eu já estava com pouca vontade de alinhar numa 'luta' que não serve para nada a não ser dar protagonismo aos sindicatos, mas ainda tinha alguma hesitação. Agora, foram-se as hesitações. Lido muito mal com tentativas de intimidação e 'bulliyng' e espero que no dia 24 não me venham chatear.
Quer dizer, quando era a época de não concorrerem para titulares e apelarem à não entrega de objetivos fugiram das escolas e foram os primeiros a requerer benesses e agora que interessa à sua causa é que aparecem na escola? A tentar intimidar?
Não têm vergonha.
Hoje, a meio da manhã houve uma reunião sindical com o representante da Fenprof do costume. Não fui. Para quê? Ele não ouve nada. Vai lá despejar a sua cassete e o resto não lhe interessa. Desde que assinaram o memorando com a Lurdes Rodrigues nunca mais fui a estas reuniões. Logo à tarde há outra. Também não vou.
Estamos muito satisfeitos, houve cedências de parte a parte mas no essencial este modelo satisfaz-nos pois é um modelo formativo, não burocrático e que vai ajudar todos a progredirem e a serem melhores professores”, disse Nuno Crato.
No seu entender “os professores querem tranquilidade para iniciarem o ano letivo e desejam que a avaliação não seja um empecilho à sua atividade docente, mas antes o contrário”, adiantando que “os professores e as famílias devem estar contentes pois virou-se uma página”, com a assinatura deste acordo.
...para Mário Nogueira o processo de negociação do novo modelo de avaliação dos professores ”encerrou esta sexta-feira” e apela a que os professores “virem a página para outros problemas maiores que têm pela frente”.
Lá está...eu devo ser muito parva: o Nuno Crato a utilizar as palavras da Alçada e da Rodrigues, tal qual, a mesma conversa dos professores querem tranquilidade e tal. Alguma vez eu esperei ouvi-lo a repetir as palavras das outras que criticava? E a fazer as mesmas coisas?
E o Nogueira, não concorda e não assina, mas acha que está tudo bem e já não se deve tocar mais no assunto? Ómessa...então porque não assinou? E se não assinou porque diz que está tudo bem?
Em que é que este modelo é diferente do anterior, que ainda não percebi? Acabaram as quotas? Já não somos avaliados pelos colegas? Acabou-se a cenas das evidências?
Gostava que alguém me explicasse porque ainda não percebi.
por António Ribeiro Ferreira, Publicado em 09 de Setembro de 2011
Uns são gente que já perdeu há muito a credibilidade de tantas voltaretas já deram: ora assinam memorandos, ora 'desassinam'... outros são ignorantes e tontos e não percebem, nem a importância das coisas nem o seu enquadramento. Entre uns e outro...venha o diabo e escolha.
A quantidade de gente que vive e se alimenta dos professores neste país...os que vivem dos votos, os que vivem de representá-los, os que vivem de ofendê-los, os que vivem de explorá-los... o que acho graça é que no meio disto tudo o que parece ofender mais todos estes que vivem dos professores -sem o serem- é um professor fazer-se ouvir. 'Aqui del-rey que há um professor que tem o topete de falar e, o que é pior, ouvem-no!'. Que horror!
Como ouvi uma vez uma senhora na 24 de Julho, dizer a outra que me queria mesmo ajudar, há muitos anos, quando fui indagar de quem era a responsabilidade de me terem prejudicado grosseira e gravemente num assunto 'Não temos por hábito dizer essas coisas a professores', assim como quem diz, 'era o que faltava darmos confiança a essa gente'.
Nada muda neste reino de águas estagnadas!
Educação
No entanto, o sindicato que representa cerca de 70% dos professores, defende que é "preferível negociar com calma o novo modelo, do que fazer tudo à pressa para Setembro".
Misturam-se aqui duas coisas diferentes: uma é este modelo de avaliação em que uns professores, os relatores (a quem todos chamam os delatores) dão nota aos seus colegas e em que colegas pediram para ter excelente para passarem à frente de outros e se passam coisas indignas por todo o lado; outra coisa é fazer um modelo de avaliação novo.
O facto de não se querer fazer um modelo de avaliação em cima do joelho (o que me parece bem) não significa que não se possa suspender este que está em vigor que é um fomentador de injustiças e conflitos permanente e, mais que isso, é um instrumento de (salvo excepções) promoção dos piores carácteres, dos mais espertalhões.
Agora, manter este modelo só porque sim, e sobretudo depois de se terem comprometido a acabar com ele... dizer que 'já agora que o modelo existe e já tinha começado vai até ao fim é o mesmo que ter dito, 'já agora que o governo do Sócrates existe deixamo-lo ir até ao fim da legislatura e depois logo se muda, que não vale a pena estar a fazer um governo novo à pressa'.
Nem falo no imcumprimento da palavra dada. Sinceramento agora penso que foi manobra de caçar votos. Não é por acaso que os sindicatos se mostram satisfeitos com a decisão do ministro. Há dois ou três dias já falavam em guerra e de repente, depois deste anuncio, amainaram: é que eles dão-se sobretudo bem com certo tipo de pessoas com quem sabem que é possível fazer negócios...eles já falam em negociações com grande satisfação.
Isto é uma chatice. Eu acreditei que as coisas finalmente iam mudar.
Antes dos cortes salariais afirmam publicamente que estão de acordo que tem de haver cortes salariais. O governo corta-nos os salários. E agoram dizem aos professores para irem queixar-se dos cortes salariais. Isto é a gozar? Ou é por estarem habituados a que tudo o que dizem e fazem seja inconsequente?
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