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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Ainda para mais com a saída da Inglaterra da União é agora a oportunidade de captar os milhares de enfermeiros, médicos e engenheiros que para lá iam e agora pensarão duas vezes e, podendo, captam logo os jovens enquanto formandos para nunca mais voltarem.
Toda a gente sabe que os países da Europa precisam desesperadamente de jovens e toda a gente sabe que preferem os jovens do Sul, da Europa cristã, que os muçulmanos ou os africanos. Sobretudo porque vão para lá a ganhar miseravelmente: mão de obra barata.
Agora já o dizem em voz alta e à descarada! Há muito que sabemos que há interesse, no Norte, em manter-nos sempre em crise para captarem os jovens desempregados e para nos venderem os produtos. O interesse da Alemanha não é uma Europa forte, é uma Europa fraca com uma Alemanha forte.
Se nós não formos capazes de captar outros países para estarem do nosso lado, do lado da construção de uma Europa solidária agora, neste momento, isto depois não tem volta atrás a bem.
O ministro alemão já fez saber que se a Comissão se puser a querer democratizar a Europa em vez de pôr mão de ferro e mostrar quem manda ele passa por cima da Comissão e toma as decisões sózinho mais o Holandês que cometeu fraude no currículo e outros parecidos.
Depois de ter fechado um acordo no valor de 15 mil milhões de dólares nos EUA, devido ao escândalo das emissões de gases, o CEO da Volkswagen (VW) diz que uma solução semelhante para a Europa seria inapropriado e financeiramente incomportável.
Matthias Mueller, citado pelo ‘Welt am Sonntag’, nota que a “situação na Europa é diferente”...
Inapropriado? A “situação na Europa é diferente” porque na Europa quem manda é a Alemanha e eles sabem que por esse lado estão safos. Se a empresa fosse espanhola ou italiana ou isso, estavam a pagar também aos europeus mas é alemã... ninguém os vai sancionar por não pagarem como nos EUA.
É por isso que não quero uma Europa Federada: eu gosto da Alemanha, gosto dos filósofos alemães, adoro os compositores alemães, gosto tremendamente de um alemão que conheço mas não quero o meu país germanizado, não quero uma Europa que replica o sistema de classes onde os países ricos têm uma lei que os previligia e os pobres outra, que os sanciona.
A VW tem tanto dinheiro, mas tanto, que a certa altura abriu um banco porque já não sabia o que fazer a tanto dinheiro. Mas não vai pagar aos clientes que enganou propositada e conscientemente, porque... pode. É uma pouca-vergonha e acho que as pessoas deviam não voltar a comprar VWs dado o desprezo que eles têm pelos clientes, pela lei e pela decência em geral.
Schäuble prepara plano para “nova UE”, incluindo poder de veto sobre orçamentos
Estas duas frases em conjunto explicam muito do que se passa na UE e porque a Inglaterra quis sair. O ministro alemão planeia sozinho e, a partir dos interesses alemães, o futuro ou, melhor, o destino, dos outros países. Sem soberania. Por outro lado o nosso primeiro ministro revela a submissão cúmplice a esse mesmo excessivo poder alemão.
Na realidade os países da UE são coniventes com a falta de democracia e o desencanto das pessoas com esta UE.
É claro que, se os governos do nosso país, nas últimas décadas, não tivessem sido tão incompetentes e cheios de corruptos, traficantes de influências e negociatas, amigalhaços de banqueiros incompetentes e ladrões sem escrúpulos, não estávamos na posição de pedintes submissos e podíamos ter outra voz...
I don't think so... então, primeiro paguem a vossa dívida atrasada e depois venham cobrar a nossa. É que é mesmo imbecil vir fazer cobranças depois de nos terem atirado para uma austeridade estúpida, tão estúpida que até o FMI diz que foi muito estúpida e nos tornou incapazes de pagar a dívida. Numa altura destas e no meio desta crise...
Porque não democratizam a UE? Talvez tivéssemos mais hipóteses de sair da crise em que estamos. Porque não podemos votar no Presidente da Comissão? Este Presidente é o símbolo de tudo quanto está mal na UE: fez dinheiro para o país à custa de negociatas de fuga ao fisco de multinacionais, arma-se em patrão dos países que são parceiros -não servos-, aparece com os copos nas conferências de imprensa, é de uma arrogância imensa, é conivente com o politburo... a vida corre-lhe bem, a ele e aos burocratas que ganham fortunas em Bruxelas, rodeados de gente dos lobbies, completamente esquecidos das pessoas que empobrecem. Degoulas, como dizem os franceses.
Sanções a Portugal. O que diz o Le Monde
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse hoje que quer falar com a chanceler alemã, Angela Merkel, para evitar uma “reação em cadeia” depois do voto dos britânicos favorável ao 'brexit'.
... ou, o outro lado do erro: Schulz acha que a UE se resolve entre ele, a Merkele, o Schlaube e o presidente do Banco Central Alemão. São o Politburo da UE.
Erro da Alemanha que quis forçar uma Europa governada por um politburo alemão. Erro do Reino Unido: seja qual for o resultado do referendo perdem sempre. Se votarem para ficar, ficam numa posição de fraqueza porque ameaçaram e deram o flanco com medo; se votarem para sair ficam numa posição de fraqueza porque já não podem influenciar as políticas em seu benefício. A Inglaterra tinha uma posição privilegiada dentro da UE porque estavam lá, sem estar, verdadeiramente. Com este referendo são obrigados a escolher e a escolha impede-os de manter a situação de indefinição em que estavam: vincula-os. É uma situação não-não para a Inglaterra.
A Alemanha vai aproveitar-se deste referendo para consolidar a sua proeminência porque não sabe pensar-se numa Europa partilhada e a ambição de poder é muito grande. Será mais uma oportunidade perdida.
German train operator begins women only carriages over fears of migrant attacks
A islamização da Europa já começou. Na Alemanha os comboios vão começar a ser separados, mulheres para um lado e homens para outro, como se os seres do sexo masculino fossem todos violentos criminosos e as mulheres pobres vítimas que têm que manter-se à parte e andar sempre com cautela em público. Isto é óptimo para a educação da civilidade... é evidente que, quando uma empresa de comboios avisa que tem uma carruagem só para mulheres que não querem ser incomodadas por homens, se depois disso houver mulheres que entendam ir nas carruagem mistas, isso será entendido, pelos homens, que elas não se importam de ser incomodadas; ou seja, uma medida anunciada como de defesa das mulheres é, na verdade, discriminatória para elas, ofensiva para os homens e um passo atrás para ambos.
Na noite de Ano Novo, em Colónia, Alemanha, mais de 200 mulheres fizeram queixa por assédio sexual e duas por violação. O que aconteceu não é caso isolado: está a surgir um padrão.
A Alemanha tem tanto medo de ser vista como xenófoba que esconde os problemas em vez de os enfrentar. E o resto dos países seguem-lhes as pisadas...
Os países espiarem os parceiros é totalmente inaceitável, disse a Merkele quando se descobriu que os EUA espiavam a Alemanha.
... a 'Oeste nada de novo'.
Membros muçulmanos das Waffen-SS, 13th divisião, em oração durante o treino na Alemanha,1943.
Varoufakis é o derrotado da noite
O grande derrotado da noite grega eleitoral somos nós todos, europeus, com excepção da Alemanha, claro. O [agora] queridinho da UE só o é por ter curvado a cabeça ao sistema e ter desistido de lutar pela mudança dos princípios que gerem esta Europa desorientada, corrupta, elitista e em ruptura.
O grande vencedor é a Alemanha. Imagino os conselhos de ministros do governo alemão mais ou menos assim: alguém sugere que talvez fosse melhor não sugar os países do Sul com 'ajudas' usuárias, estranguladoras das economias. Nessa altura diz o ministro das finanças: 'Ensandeceste, pá? Brincamos, não? Então, os gregos já tiveram um império, os italianos tiveram um império, os franceses tiveram um império, os autríacos e os húngaros tiveram um império, os ingleses tiveram um império, os espanhóis tiveram um império, os turcos tiveram um império, até aqueles estúpidos dos portugueses tiveram um império... epá... chegou a nossa vez!'
Ministro germânicos querem sanções financeiras a quem não aceite a proposta alemã
Antes de discutirem os detalhes da proposta apresentada pela Comissão Europeia para a definição das quotas de redistribuição de 160 mil refugiados por 22 países do espaço Schengen, os Estados membros da União que se opõe à medida poderão ter de decidir sobre uma questão mais essencial: estão dispostos a perder as transferências de Bruxelas por se recusarem a acolher as populações desesperadas que desembarcam na Europa?
Essa foi a proposta – que alguns chamaram de ameaça – avançada pela chanceler da Alemanha, Angela Merkel, esta terça-feira...
Facebook vai eliminar mensagens contra refugiados
A edição alemã da rede social Facebook anunciou que vai combater os comentários racistas, na sequência do aumento de mensagens de ódio contra os refugiados ali expressas por grupos de extrema-direita.
1. Fazer campanha contra os países do Sul dizendo que tudo o que vive abaixo da França é uma cambada de inúteis, preguiçosos que só querem viver dos subsídios dos alemães.
2. Falar contra a emigraçação do Sul para o Norte.
3. Falar contra a tolerância religiosa no que respeita aos muçulmanos.
4. Pedir ao povo que receba dezenas de milhares de muçulmanos de segunda para terça.
5. Fechar as fronteiras para impedir a entrada de muçulmanos.
6. Proibir o discurso de ódio contra os muçulmanos.
Interpelada durante uma visita esta quinta-feira a um centro de acolhimento em Berlim, a chanceler alemã começou por declinar o pedido de um candidato a asilo mas acabou por conceder algumas selfies.
Quer dizer... a Alemanha lucra 100 mil milhões com a crise grega mas se a Grécia não pagar quem há-de sofrer as perdas são 'os europeus'...
A Alemanha exigiu à Grécia disciplina fiscal e duras reformas económicas em troca da ajuda de credores internacionais. O ministro das finanças alemão, Wolfgang Schäuble, opôs-se a uma reestruturação da dívida grega, apontando para o orçamento equilibrado do seu governo. O instituto, porém, defende que o equilíbrio orçamental alemão só foi possível graças às poupanças em taxas de juro por causa da crise de dívida grega.
A Europa de que gostamos é a dos valores humanistas, não é a dos valores egoístas. Isto é repugnante, repugnante.
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