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Não preocupa? Ó messa!

por beatriz j a, em 25.09.13

 

 

 

Portugueses compram 75 mil embalagens de medicamentos psicotrópicos por dia

O aumento do consumo de antidepressivos tem sido constante ao longo dos últimos anos (quase um milhão de embalagens entre 2008 e 2012), colocando Portugal no topo da lista dos maiores consumidores. Um fenómeno que não preocupa os psiquiatras, que lembram que cerca de 15% da população portuguesa sofre de patologias psiquiátricas de ansiedade e depressivas graves a moderadas (estudo feito em 2010), percentagem que chega a ser duas vezes superior à de outros países europeus, como a Alemanha, por exemplo.



publicado às 06:46


Uma história por contar

por beatriz j a, em 27.05.13

 

 

 

 

Pictures Tell the Story of Portuguese in France

Gérald Bloncourt's photograph of a Portuguese girl in a slum outside Paris in the 1960s.

 

 

 

PARIS — The girl in the black-and-white photograph bit shyly on her finger, concealing a slight smile.  Maria da Conceição Tina Melhorado looked at her long and hard.

“I knew it was me,” Ms. Melhorado, 54, said, recalling her first encounter with the image in 2010, when a friend called her about it. “But the date in the caption was off by a year, so I had some doubt.”

While she embarked on a mission to confirm her theory, Ms. Melhorado quickly learned that the photo wasn’t just part of some obscure archive that existed deep in Internet space. It was an advertisement for an art exhibition in Portugal.  She discovered that she was, quite literally, the poster child for Portuguese immigration to France.

“Obviously, I was shocked,” Ms. Melhorado said with a brief laugh. “I didn’t know what to think.”

Today, that picture is part of “Pour une Vie Meilleure” (For a Better Life), a collection of photographs dedicated to the Portuguese migration to France in the 1960s and ’70s.

 

A roadside haircut in Champigny-sur-Marne, near Paris, in May 1964.Gérald Bloncourt A roadside haircut in Champigny-sur-Marne, near Paris, in May 1964.
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“This is a forgotten immigrant population,” said Caroline Brettell, a professor at Southern Methodist University in Texas who spent a year between the two countries studying the movement. “It was completely different from the sort of politics of race and whatever else is going on in France today with the larger Muslim populations.”

One reason why they are overlooked, Professor Brettell said, is because their transition was relatively seamless; linguistic similarities and a shared Roman-Catholic background helped to forge bonds between the two groups.

Another factor in the forgetting of that immigration story is that the immigrants themselves chose not to tell it.

“I was ashamed,” Ms. Melhorado said, motioning to the shantytown depicted in the photograph. “I didn’t want my children and my co-workers to see that this is where I was from, that this is where I lived.”

But Mr. Bloncourt’s work left her no choice. During a lesson on immigration in school, her son’s teacher shared some photos with the class, including one of her.

“I asked him how he felt when his classmates found out the little girl in the picture was his mother,” Mrs. Melhorado recounted. “He said ‘proud.’ ”

“That’s when I realized how important it is for our story to be told, and when any feelings of shame I had turned to pride.”



publicado às 18:05


Discordo

por beatriz j a, em 30.01.13

 

 

 

 

Um professor universitário espanhol numa aula de MBA em Lisboa fez um comentário sobre os portugueses: adoram debater os assuntos e fazer análises infindáveis mas raramente passam à acção.


Ontem foi conhecido mais um estudo - feito para a APFIPP por Jorge Bravo, professor na Universidade de Évora - sobre o futuro da Segurança Social. E, mais uma vez, um diagnóstico conhecido: o sistema da Segurança Social está a um passo da falência. Com o envelhecimento da população, as receitas não chegam para pagar as pensões e outras prestações sociais.


Os portugueses discutem, mandam fazer estudos e, depois, com esses conhecimentos na mão, passam à acção de proteger a sua vidinha...



publicado às 04:58


Ora aqui está uma grande ideia

por beatriz j a, em 27.11.12

 

 

 

 

 

Cinema luso filma História nacional

Dois filmes sobre figuras históricas, Aristides de Sousa Mendes (cuja história já foi vista por 31 mil espectadores) e Humberto Delgado, contrariam a dificuldade do cinema nacional em lidar com o historial luso.


... para desenvolver uma indústria nacional, dar emprego a muita gente e melhorar o conhecimento que os portugueses têm pela sua História. Os americanos fizeram isso na década de cinquenta do século passado com muito sucesso. Ora a nós, o que não nos falta são personagens e episódios interessantes na nossa História. Isto bem gerido e bem trabalhado poderia ser um filão.



publicado às 09:49


livros do caixote

por beatriz j a, em 24.08.12

 

 

 

 

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122. Adivinha Quem Paga O Jantar
Nem sempre o ambiente entre portugueses e ingleses foi bom. Numa carta datada de 12 de Agosto de 1811, Wellington exaspera-se com a mesquinhez dos portugueses quando, a propósito de um jantar de 400 talheres e um baile realizados em Mafra um ano antes, durante a campanha das Linhas de Torres, para levantar o moral aos civis, os organizadores o continuavam a inportunar com a respetiva fatura: «Trabalho que nem um negro para essa gente. Em particular, salvei as pessoas de Lisboa do inimigo. Não lhes levo nada, enquanto elas me atormentam com as suas queixas frívolas relativas a assuntos que bem sequer deveriam levantar...» (pág. 181)
.
lol... SSDC (same shit, different century...)

publicado às 16:05


nós sem fado

por beatriz j a, em 16.05.11

 

 

 

Somos um país de poetas sem letras
de gente que lava a melancolia da alma

no vinho novo, sem fado, das tabernas.

 

bja

publicado às 22:21


portugal a tua matriz

por beatriz j a, em 13.12.10

 

 

 

 

 

 

 

Vejo o meu país crescer

livre de toda esta gente

erguer-se de novo no mar

onde sua vida foi sempre.

 

Portugal é mar adentro

é as vagas do oceano

costa batida p'lo vento

das águas é povo decano.

 

Ventos alíseos da História

Hoje invocamos-te força

é chegada a nossa hora

de inverter esta rota.

 

Cada povo tem seu destino

marcado por seus avós

abrem para nós o caminho

segui-lo devemos nós.

 

Em todos os cantos do mundo

há portugueses espalhados

desde que descobrimos o mundo

que andamos navegados.

 

Os portugueses privados

do seu ofício de mar

negam os antepassados

mirram em seu suspirar.

 

Portugal a tua História

ainda não está completa

procura na tua memória

a voz dos grandes poetas.

 

A dimensão de um país

não é uma medida de terra

é visão de uma matriz

e da missão que aí se encerra.

 

O horizonte é o caminho

vontade em luz assumida

que em si se faz destino

até a História estar cumprida.

 

bja

 


publicado às 07:10


porque hoje é o dia da restauração

por beatriz j a, em 01.12.10

 

 

 

 

bandeira de D. João VI (1640-1656)

 

 

 

- De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento.

 

- Um espanhol à minha beira? Nem segunda nem sexta-feira.

 

- Português que é português não chama Filipe ao filho que fez.

 

- Toda a Espanha é um deserto

corrida de lés a lés

não vês lá homem bonito

como qualquer português.

 

publicado às 17:00


tapeçarias de pastrana

por beatriz j a, em 09.06.10

 

 

 



 

 

O Museu de Arte Antiga tem em exposição, até Setembro, as Tapeçarias de Pastrana originais (as que estão no Paço de Guimarães são cópias), consideradas por muitos o conjunto de tapeçarias flamengas do género gótico mais importante do mundo. Como foram parar às mãos espanholas é assunto de controvérsia.

Estas tapeçarias gigantes, encomendadas por Afonso V -o 'Africano'- para comemorar as vitórias portuguesas na costa Marroquina em 1471, e que representam, respectivamente O Desembraque em Arzila, O Cerco e O Assalto, estiveram expostas desde Janeiro nos Musées Royaux d’Art et d’Histoire de Bruxelas e no Palácio del Infantado de Guadalajara, no contexto da Presidência Espanhola e Belga da União Europeia.

Que os espanhóis tenham escolhido as tapeçarias que relatam e glorificam o desempenho histórico dos portugueses diz muito sobre a impressão que muitos dos grandes momentos da nossa História deixaram no mundo e  que nós desprezamos, ou pelo menos substimamos ao ponto de quase a termos apagado da educação escolar.

Não sou daquelas pessoas que glorificam a História, mas que nós tivémos momentos históricos de grande valentia, ousadia, lucidez e inteligência é um facto, e que o conhecimento desses episódios tem um efeito positivo na construção da nossa identidade enquanto povo, não há dúvida que tem.

Uma pena que quase tudo seja hoje desconhecido em virtude de quase terem apagado o ensino da História nas escolas...

 

publicado às 08:24


gregos e portugueses

por beatriz j a, em 10.02.10

 

Rafael - pormenor da Escola de Atenas

 

 

Neste pormenor da Escola de Atenas de Rafael vê-se Euclides numa demonstração de geometria e em pé Ptolomeu, de costas, e Zoroastro, de frente, seguram, cada um, um globo terrestre.

Para quem estudou e lê com frequência os gregos antigos é difícil aceitar a imagem duma Grécia ignorante e à beira da indigência. Os gregos são sempre aqueles grandes vultos de outrora que deram a civilização ao mundo ocidental e que ficaram -alguns deles- imortalizados no fresco de Rafael.

É certo que quem conhece Portugal a partir do estudo da expansão portuguesa terá uma visão dos portugueses parecida à do Michener que escreve num dos seus livros que os portugueses são o povo mais valente do mundo e terá dificuldade em pensar-nos como um povo de gente medrosa que se deixa governar por pessoas sempre enfiadas em grandes processos de corrupção e casos de pedofilia, etc. É triste.

 

 

publicado às 08:28


cisterna de Mazagão

por beatriz j a, em 29.11.09

 

 

 

 

Coisas notáveis que os portugueses fizeram: cisterna de Mazagão (agora El Jadida) em Marrocos.

 

 

 

publicado às 21:16


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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