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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
O aumento do consumo de antidepressivos tem sido constante ao longo dos últimos anos (quase um milhão de embalagens entre 2008 e 2012), colocando Portugal no topo da lista dos maiores consumidores. Um fenómeno que não preocupa os psiquiatras, que lembram que cerca de 15% da população portuguesa sofre de patologias psiquiátricas de ansiedade e depressivas graves a moderadas (estudo feito em 2010), percentagem que chega a ser duas vezes superior à de outros países europeus, como a Alemanha, por exemplo.
PARIS — The girl in the black-and-white photograph bit shyly on her finger, concealing a slight smile. Maria da Conceição Tina Melhorado looked at her long and hard.
“I knew it was me,” Ms. Melhorado, 54, said, recalling her first encounter with the image in 2010, when a friend called her about it. “But the date in the caption was off by a year, so I had some doubt.”
While she embarked on a mission to confirm her theory, Ms. Melhorado quickly learned that the photo wasn’t just part of some obscure archive that existed deep in Internet space. It was an advertisement for an art exhibition in Portugal. She discovered that she was, quite literally, the poster child for Portuguese immigration to France.
“Obviously, I was shocked,” Ms. Melhorado said with a brief laugh. “I didn’t know what to think.”
Today, that picture is part of “Pour une Vie Meilleure” (For a Better Life), a collection of photographs dedicated to the Portuguese migration to France in the 1960s and ’70s.
“This is a forgotten immigrant population,” said Caroline Brettell, a professor at Southern Methodist University in Texas who spent a year between the two countries studying the movement. “It was completely different from the sort of politics of race and whatever else is going on in France today with the larger Muslim populations.”
One reason why they are overlooked, Professor Brettell said, is because their transition was relatively seamless; linguistic similarities and a shared Roman-Catholic background helped to forge bonds between the two groups.
Another factor in the forgetting of that immigration story is that the immigrants themselves chose not to tell it.
“I was ashamed,” Ms. Melhorado said, motioning to the shantytown depicted in the photograph. “I didn’t want my children and my co-workers to see that this is where I was from, that this is where I lived.”
But Mr. Bloncourt’s work left her no choice. During a lesson on immigration in school, her son’s teacher shared some photos with the class, including one of her.
“I asked him how he felt when his classmates found out the little girl in the picture was his mother,” Mrs. Melhorado recounted. “He said ‘proud.’ ”
“That’s when I realized how important it is for our story to be told, and when any feelings of shame I had turned to pride.”
Um professor universitário espanhol numa aula de MBA em Lisboa fez um comentário sobre os portugueses: adoram debater os assuntos e fazer análises infindáveis mas raramente passam à acção.
Ontem foi conhecido mais um estudo - feito para a APFIPP por Jorge Bravo, professor na Universidade de Évora - sobre o futuro da Segurança Social. E, mais uma vez, um diagnóstico conhecido: o sistema da Segurança Social está a um passo da falência. Com o envelhecimento da população, as receitas não chegam para pagar as pensões e outras prestações sociais.
Os portugueses discutem, mandam fazer estudos e, depois, com esses conhecimentos na mão, passam à acção de proteger a sua vidinha...
Dois filmes sobre figuras históricas, Aristides de Sousa Mendes (cuja história já foi vista por 31 mil espectadores) e Humberto Delgado, contrariam a dificuldade do cinema nacional em lidar com o historial luso.
... para desenvolver uma indústria nacional, dar emprego a muita gente e melhorar o conhecimento que os portugueses têm pela sua História. Os americanos fizeram isso na década de cinquenta do século passado com muito sucesso. Ora a nós, o que não nos falta são personagens e episódios interessantes na nossa História. Isto bem gerido e bem trabalhado poderia ser um filão.
Somos um país de poetas sem letras
de gente que lava a melancolia da alma
no vinho novo, sem fado, das tabernas.
bja
Vejo o meu país crescer
livre de toda esta gente
erguer-se de novo no mar
onde sua vida foi sempre.
Portugal é mar adentro
é as vagas do oceano
costa batida p'lo vento
das águas é povo decano.
Ventos alíseos da História
Hoje invocamos-te força
é chegada a nossa hora
de inverter esta rota.
Cada povo tem seu destino
marcado por seus avós
abrem para nós o caminho
segui-lo devemos nós.
Em todos os cantos do mundo
há portugueses espalhados
desde que descobrimos o mundo
que andamos navegados.
Os portugueses privados
do seu ofício de mar
negam os antepassados
mirram em seu suspirar.
Portugal a tua História
ainda não está completa
procura na tua memória
a voz dos grandes poetas.
A dimensão de um país
não é uma medida de terra
é visão de uma matriz
e da missão que aí se encerra.
O horizonte é o caminho
vontade em luz assumida
que em si se faz destino
até a História estar cumprida.
bja
bandeira de D. João VI (1640-1656)
- De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento.
- Um espanhol à minha beira? Nem segunda nem sexta-feira.
- Português que é português não chama Filipe ao filho que fez.
- Toda a Espanha é um deserto
corrida de lés a lés
não vês lá homem bonito
como qualquer português.
O Museu de Arte Antiga tem em exposição, até Setembro, as Tapeçarias de Pastrana originais (as que estão no Paço de Guimarães são cópias), consideradas por muitos o conjunto de tapeçarias flamengas do género gótico mais importante do mundo. Como foram parar às mãos espanholas é assunto de controvérsia.
Estas tapeçarias gigantes, encomendadas por Afonso V -o 'Africano'- para comemorar as vitórias portuguesas na costa Marroquina em 1471, e que representam, respectivamente O Desembraque em Arzila, O Cerco e O Assalto, estiveram expostas desde Janeiro nos Musées Royaux d’Art et d’Histoire de Bruxelas e no Palácio del Infantado de Guadalajara, no contexto da Presidência Espanhola e Belga da União Europeia.
Que os espanhóis tenham escolhido as tapeçarias que relatam e glorificam o desempenho histórico dos portugueses diz muito sobre a impressão que muitos dos grandes momentos da nossa História deixaram no mundo e que nós desprezamos, ou pelo menos substimamos ao ponto de quase a termos apagado da educação escolar.
Não sou daquelas pessoas que glorificam a História, mas que nós tivémos momentos históricos de grande valentia, ousadia, lucidez e inteligência é um facto, e que o conhecimento desses episódios tem um efeito positivo na construção da nossa identidade enquanto povo, não há dúvida que tem.
Uma pena que quase tudo seja hoje desconhecido em virtude de quase terem apagado o ensino da História nas escolas...
Rafael - pormenor da Escola de Atenas
Neste pormenor da Escola de Atenas de Rafael vê-se Euclides numa demonstração de geometria e em pé Ptolomeu, de costas, e Zoroastro, de frente, seguram, cada um, um globo terrestre.
Para quem estudou e lê com frequência os gregos antigos é difícil aceitar a imagem duma Grécia ignorante e à beira da indigência. Os gregos são sempre aqueles grandes vultos de outrora que deram a civilização ao mundo ocidental e que ficaram -alguns deles- imortalizados no fresco de Rafael.
É certo que quem conhece Portugal a partir do estudo da expansão portuguesa terá uma visão dos portugueses parecida à do Michener que escreve num dos seus livros que os portugueses são o povo mais valente do mundo e terá dificuldade em pensar-nos como um povo de gente medrosa que se deixa governar por pessoas sempre enfiadas em grandes processos de corrupção e casos de pedofilia, etc. É triste.
Coisas notáveis que os portugueses fizeram: cisterna de Mazagão (agora El Jadida) em Marrocos.
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