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«Quinta-feira e outros dias . 2»

por beatriz j a, em 29.12.18

 

Acabei de ler o livro. É um livro obrigatório para quem queira ter uma visão, por dentro, desta época conturbada. O livro é escrito por uma pessoa que pertence a um partido político, e não o disfarça, por uma pessoa que quer ficar lembrada como alguém que defendeu os interesses dos portugueses e não foi cúmplice das políticas da troika. Isso é evidente em todo o livro mas essa preocupação é fundamentada em documentos e discursos e nisso o livro está escrito com a perspicácia de quem tem longa experiência político-governativa e percebe muito bem todas as entrelinhas da acção política e as consequências das escolhas. É por isso que o livro é obrigatório. 

 

Dito isto, reparei que em todo este livro acerca do segundo mandato (não li a parte 1. que se refere ao primeiro mandato mas vou ler, já agora quero ler o todo) existem algumas referências e preocupações com o SNS mas nada acerca da educação. Em nenhum capítulo, alguma vez se percebe preocupação e referência aos problemas da educação, à degradação da profissão de professor e às consequências preocupantes dessa degradação de qualidade no futuro do país.

O que se percebe é que para os políticos em geral a educação não tem nenhum valor a não ser como contenção de custos.

 

Este desinteresse pela educação é uma das características mais evidentes da ausência de uma visão alargada do país do ponto de vista formativo e cultural. O que podemos ser enquanto povo, enquanto repositório de uma herança, de uma tradição e de um futuro.

 

Ora, um país é marcado pelos seus políticos (mais negativa que positivamente) mas formado pelos seus escritores, cientistas, poetas, músicos, arquitectos, etc., e não pelos seus economistas que geralmente até comprometem a maturação dos países com as suas visões redutoras e ceifeiras. Raras são as excepções. São os outros e não estes, os que estão no Panteão do nosso imaginário modelar. Ora, essas pessoas não surgem do nada ou da mediocridade generalizada de uma política educativa ceifeira. 

 

Essa foi uma falha e uma grande limitação deste Presidente: o total desinteresse pelo horizonte educacional e cultural dos seus concidadãos. Não foi o único. Para dizer a verdade, não me lembro de um Presidente que compreendesse o papel fulcral da educação. Alguns foram pessoas muito literárias, como Soares, mas viradas para a ostentação: fundações, exposições, grandes gestos para a fotografia mas zero interesse pela educação alargada e de qualidade dos seus concidadãos.

 

É por isso que continuamos a ser um país culturalmente pobre (com excepções, geralmente pessoas que se formaram, pelo menos parcialmente, em países estrangeiros...) com todas as repercussões que isso tem e nem é preciso ir a França, à Alemanha ou a Inglaterra para o constatar. Basta atravessar a fronteira para Espanha e entrar em qualquer igreja de qualquer pueblo para ver pendurados na parede um El Greco, um Zurbarán ou um Velázquez. 

 

 

publicado às 21:52

 

Vou entrar no capítulo do 'irrevogável'. Muito interessante o livro.

Tirando a tendência para se auto-justificar, nomeadamente das políticas bárbaras da troika e a tendência em louvar os do partido que eram da sua influência, como o Durão Barroso, a quem faz rasgados elogios, apesar de ter sido um cúmplice activo da visão desintegradora e dogmática, Alemanha first que os outros países são todos estúpidos e existem para nos servirem do ministro das finanças alemão Schäuble e, portanto, grande responsável pelo descalabro em que a UE se encontra e, quando é evidente para toda a gente que é um carreirista auto-centrado, o livro está escrito com objectividade.

 

O livro está cheio de factos, uns que fizeram parte da vida do país nos anos da troika e todos nós os sabemos, outros que fazem parte de documentos oficiais, outros que fizeram parte de conversas institucionais entre Cavaco e o PPC, o Portas, o Seguro e outros políticos da época, não negadas por nenhum dos intervenientes.

 

O facto de Cavaco Silva, independentemente do que se pense dele e dos seus governos, ser um economista e político com muita experiência de governação é o que torna o livro interessante. É que ele tem a visão e os conhecimentos que permitem julgar as políticas sob várias perspectivas.

 

Dito isto, ficamos a saber pelo livro, algumas coisas que já todos sabíamos: que Vítor Gaspar é um arrogante dogmático, subserviente com a troika e os credores (cá para mim, um carreirista que sacrificou o país para fazer a sua vidinha), impreparado, rodeado de imberbes que iam improvisar para as reuniões (improvisos que nos custavam milhares de desempregados e salários) e uma lástima de político; que PPC, não percebendo nada de economia, seguia à letra o miserabilismo ignorante do Gaspar; que a troika cometeu erros graves que nos custaram quase um milhão de desempregados; que os técnicos da troika que cá vinham se achavam os donos disto tudo com a complacência do PPC e do Gaspar; que os funcionários públicos foram descriminados negativamente face aos outros trabalhadores e arcaram com impostos selectivos só para eles, para pagar o calote dos bancos e as políticas suicidas de Sócrates; que o Gaspar e PPC tiraram aos que menos tinham para poupar a vidinha dos que mais tinham; que o Constâncio é um idiota com algumas atitudes a orlar o mendaz [no que, aliás, faz lembrar o actual ministro das finanças que vai para Bruxelas exortar a que Portugal seja obrigado a mais austeridade...]

 

É impossível não traçar um paralelo entre Gaspar e PPC e Centeno e Costa no que respeita às finanças do país e à relação entre primeiro ministro - ministro das finanças.

Gaspar e Centeno são iguais: ambos dogmáticos, arrogantes, indiferentes à vida dos cidadãos que vêm a partir de números e médias como se as pessoas fossem categorias encorporadas, ambos limitados no sentido de acharem que quem não concorda com eles é ignorante e, ambos, na minha opinião pessoal, auto-centrados na sua carreira, indiferentes às pessoas individuais, ambos contentes em tirar a quem menos tem para dar a quem mais tem. Por outro lado, Costa, como PPC, não percebendo nada de finanças, emprenha o miserabilismo de Centeno, com prejuízo do país.

 

Há que dizer que o livro está bem escrito porque estou cheia de curiosidade de ler o capítulo que vem a seguir e o outro a seguir e outro a seguir. Ora, isso é sinal de que o livro é bom.

 

publicado às 19:52


Dia de Natal 🎄✨

por beatriz j a, em 25.12.18

 

Levantar e fazer uma tarte de mirtílios - cheira bem mas esqueci de pôr açúcar na massa... enquanto a tarte esteve no forno li 100 páginas do livro de Cavaco Silva, oferta de Noël. O livro lê-se de uma penada e é bom para quem se interessa por saber e ter um insight acerca do que se faz e de como se fazem as coisas do que não é dito. Claro que temos que lê-lo com filtro mas isso não lhe retira qualidade documental.

 

a tarte

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o livro

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publicado às 10:40


Aos internautas de espírito natalício ✨

por beatriz j a, em 21.12.18

 

... que andem por aí com vontade de oferecer um presente a uma blogger[zinha] com mais vontade que arte, olhem aqui para este cantinho e não se acanhem :) e fiquem sabendo que adoro livros sobre pássaros, com boas ilustrações :)

 

 

publicado às 13:06


Livros - 'O Sono' de Haruki Murakami

por beatriz j a, em 12.12.18

 

Já li o livro. É excelente. É um pequeno conto metafórico sobre uma mulher que está há 17 dias sem dormir e que conta como começou essa experiência de estar acordada de noite, na altura em que todos dormem para reforçar os esquemas do dia em que a vida os engoliu. A mulher, que quando era nova era uma leitora voraz e muito boa aluna na faculdade acaba casada com um filho e com uma vida de rotina onde anda adormecida e esquecida de tudo o que era e gostava quando era mais nova, de modo que a falta de sono dela não é insónia nenhuma mas um despertar introspectivo, por um lado e, por outro, um estar alerta, constantemente, para a violência das convenções sociais que adormecem as pessoas mantendo-as presas em esquemas sociais degenerativos do próprio eu vital.

Quando 'desperta', por assim dizer, recomeça a ler (não por acaso a Ana Karenina, essa personagem feminina que desperta e rompe com as convenções sociais). O livro está cheio de pormenores simbólicos e que nos fazem pensar sobre até que ponto não somos engolidos pela vida e nos afastamos do nosso imo vivendo uma superficialidade de adormecidos. Muito bom mesmo. Fiquei com vontade de ler outros contos deste autor. Já sei o que vou pedir de presente de noël :))

 

 

publicado às 17:52

 

Comunicado de imprensa para o lançamento da quarta obra do autor Filipe Marinheiro, no próximo, sábado dia 1 de Dezembro: em Aveiro, e no sábado dia 8 de Dezembro: em Lisboa na Lx Factory na Livraria Ler Devagar.
 

 

publicado às 18:22

 

 

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publicado às 18:11


O impacto de um livro

por beatriz j a, em 31.10.18

 

 

 "El castillo" de Jorge Méndez Blake

 

publicado às 06:24

 

 

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daqui,

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publicado às 16:41


Apaixonei-me pelo Gomes Teixeira

por beatriz j a, em 04.10.18

 

 

Aqui há tempos descobri o Gomes Teixeira e apaixonei-me. O homem escrevia bem, com aquele português do princípio do século. O problema é que é muito difícil encontrar os livros dele e, talvez por isso, vendem-se caros. Hoje encontrei este que me custou 20 euros. Caríssimo. Já não se editam os autores portugueses... ...quem é que depois lê estes homens e mulheres com quem se aprende tanto se se esquecem os seus livros? Hoje em dia uma pessoa entra numa livraria e só vê parvoíces, lamechices e romances de perlimpimpim. Já não há muitas livrarias onde nos possamos perder a encontrar preciosidades. Enfim, tenho, agora, dois livros do Gomes Teixeira e gostava de ler mais porque ele não escrevia só sobre temas da matemática.

 

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publicado às 15:58


Diário de bordo

por beatriz j a, em 30.09.18

 

 

Dia de cozinhar para comilões e gulosos, fazer testes (já temos um mini-teste na 2ª feira e outro na quarta) e ler o livro que aí se vê. Não, não é o Último Samurai do filme, é outra história que me foi recomendada com grandes louvores e estou curiosa em ler. As expectativas são muito altas... vamos ver...

 

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publicado às 17:10

 

 

Um livro que parece ser (pela crítica e entrevista ao autor) muito interessante acerca da Rússia de Putin. 

What Does Russia Look Like, Now? Expat Keith Gessen on His New Novel, Putin, and the Guy Worse Than Him in the White House

 

Now, in 2018, in terms of coffee, it’s amazing. There’s coffee everywhere. It’s lovely. But then you turn on the TV and it’s pure propaganda. Quality of life and political repression have moved in a chiasmatic pattern — the higher the quality of life, the lower the level of political freedoms. Which is of course exactly the opposite of what was predicted by modernization theory or the neoliberal consensus or whatever. So actually I’m not Tom Friedman. Because it turns out you can have cappuccinos and political repression.

 

publicado às 06:35

 

 

Chegou um livro que esperava há uma semana e pus-me logo a lê-lo na cadeira de ler outras coisas que por estes dias é mais a cadeira de ler todas as coisas...

Embora esta edição seja relativamente recente, o livro não é novo, é de 1973. Em cerca de 170 folhas o autor traça um apanhado das dinastias da China desde 1600 BC até 1912 aquando da abdicação do rapaz-imperador.

Tão bem escrito que lê-se como um romance. O livro e o seu autor são ambos famosos, eu é que na minha ignorância só soube deles há pouco tempo.

 

do prefácio, acerca da guia chinesa da viagem em 1981

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um monge budista - uma escultura notável em madeira, da dinastia Yuan. A expressão dele, a cara tensa, profundamente absorvida pelo pensamento.

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publicado às 17:26

 

 

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 daqui:

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publicado às 20:58


Livros - Orquídeas Silvestres de Portugal

por beatriz j a, em 03.03.18

 

 

Fui descobri-lo num blog que visito amiúde com muito prazer, o dias-com-arvores.blogspot.pt/. Tenho que comprar este livro :)

 

 

publicado às 09:25

 

 

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publicado às 15:24


Saldo dos saldos 🙂 📚🗻🇯🇵📘

por beatriz j a, em 01.02.18

 

 

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 daqui:

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publicado às 18:23


Gallimard e Céline

por beatriz j a, em 16.01.18

 

 

Why did the French publisher Gallimard seek to republish some of Louis-Ferdinand Céline's notoriously anti-Semitic writings? To make a quick buck, of course..more »

 

Amid the heated debate, however, few voices have questioned Gallimard’s motive for publication. Why the urgency, and without a more carefully prepared edition? It is hard to avoid the impression that the publisher seems chiefly interested in making a quick profit. Considering the rise of anti-Semitism in the country and the heightened tension between France’s large Muslim and Jewish communities, the wisdom of the French publisher and its sense of responsibility seem questionable.

 

Certas obras têm que ser publicadas com algum cuidado. Devem ser enquadradas, ter algum prefácio e/ou comentários de contextualização porque uma vez postas à venda, todos e qualquer um as pode ler e nem todos saberão ou terão conhecimentos ou motivação para enquadrar por si próprios as ideias que nelas se veiculam. É por isso, acho que até há pouco tempo não havia reedição do 'Mein Kampf' na Alemanha. Não por ser um país com tendência totalitária, na actualidade, mas pelo receio do efeito que a publicação poderia ter. Há coisa de um ano, estava eu na Bertrand do Chiado quando entrou um pequeno grupo de alemães, sem dúvida para ver, 'a livraria mais antiga do mundo em contínuo funcionamento' publicitada nos folhetos da cidade. Deram de caras com a reedição do livro em português e tiraram montes de fotografias ao livro no escaparate tendo esquecido completamente de ir ver a livraria. O 'livro-acontecimento' foi mais importante que a 'livraria-acontecimento'. Certos livros não se podem publicar sem mais ou só para fazer dinheiro.

Li o 'Mein Kampf' quando foi publicado, em 1976, depois da minha mãe o ler - o livro era dela. Ainda tenho o livro, (tem marcado o preço de 200 escudos) embora já sem capa, como se vê, por o ter emprestado a alguém que não cuidou dele. Isto foi numa altura em que a realidade tinha perdido o sentido, andava completamente obcecada em compreender-lhe o sentido e também o do ser-se humano nos seus limites e li tudo quanto havia para ler acerca dos campos e li os relatos dos sobreviventes e li biografias dos nazis importantes e depois fui ler o Gulag e tudo quanto havia para ler sobre esses outros campos e, no fim, li este livro. Tinha 15 anos quando comecei a devorar essas coisas, à razão de um livro por dia ou perto disso e, tinha 16 anos quando li este livro. O livro tem comentários e entrevistas que o enquadram sobre várias perspectivas e li-o em um contexto de já ter lido muito sobre o assunto, portanto, já com outros suportes para a interpretação, o que é muito diferente de ter chegado a ele, com as necessidades de resposta que tinha naquela idade, assim do nada.

(faz-me lembrar que a maioria dos currículos escolares estão concebidos para serem abordados de modo descontextualizado, o que me parece um grande erro, porque os conceitos, as categorias, as ideias, têm consequências práticas, complexas, misturam-se com a nossa realidade, são indissociáceis do nosso modo de ser, não são um mero jogo de linguagem ou conceitos como se estivéssemos a brincar com ideias ou palavras em abstracto desligadas da vida real.)

Enfim, parece-me bem que a Gallimard tenha dado um passo atrás e tenha adidado a reedição do livro para publicá-lo com mais cuidado.

 

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publicado às 11:12


Falta-me um livro

por beatriz j a, em 09.01.18

 

 

Não tenho nenhum livro sobre o Dürer. Tenho um catálogo de uma exposição do Prado sobre a obra dele mas não tenho nenhum livro sobre ele e com as obras dele como tenho de outros pintores. Não sei porquê. Não há uma única obra dele que goste menos, sequer. É tudo tão refinado e ao mesmo tempo forte. Vivaz, como este besouro veado. O olhar de Dürer perpassa a realidade de uma maneira diferente da nossa, o que sabemos porque ele faz o interior das coisas ser visível. Falta-me um livro com belas imagens das suas obras para folhear e ler naqueles dias em que faz falta a arte para curar a vida.

 

 

publicado às 20:17

 

 

"I ask you please to tell me how the soul of a human being (it being only a thinking substance) can determine the bodily spirits, in order to bring about voluntary actions. For it seems that all determination of movement happens through the impulsion of the thing moved, by the manner in which it is pushed by that which moves it, or else by the particular qualities and shape of the surface of the latter. Physical contact is required for the first two conditions, extension for the third. You entirely exclude the one [extension—i.e., spatial dimensions] from the notion you have of the soul, and the other [physical contact] appears to me incompatible with an immaterial thing." 

“it would be easier for me to concede matter and extension to the soul than to concede the capacity to move a body and to be moved by it to an immaterial thing,”

(Princess Elisabeth of Bohemia in The correspondence of René Descartes and Princess Elisabeth of Bohemia—a debate about mind, soul, and immortality. By Anthony Gottlieb)

 

Para ler as cartas online é aqui.

 

 

publicado às 08:36


no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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