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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
A consequência da vertente comercial dos sindicatos é o desprezo com que voltaram a ser tratados. O M.E. vomita cá para fora decretos, circulares e o camandro sem lhes passar cartão. É verdade que eles também pouco se ralam. Então agora o horário diurno, de repente, vai até às dez da noite? Os professores não são mais pessoas com direitos: são verbos de encher! Tudo é e será permitido enquanto estes tipos estiverem no poder.
Que os sindicatos não se ralem com isso percebemos: o trabalho deles não é nas escolas! Agora os directores, por exemplo, como é que aceitam tudo e mais alguma coisa? Isto é desesperante. Todos os dias há pelo menos uma notícia desesperante para as escolas e para os professores: hoje foi esta, mais aqueloutra que avisa que vamos descontar ainda mais para a Caixa de Aposentações da qual nunca beneficiaremos. Só falta decretarem que cada professor, à entrada nas escolas, deve levar um enxerto de pancada diário.
E a cena da Parque Escolar passar a ser dona das escolas! Mas isto tem algum sentido? É como se eu contratasse um empreiteiro para me fazer obras em casa e ele depois ficasse dono da minha casa e eu tivesse que lhe pagar uma renda para continuar aqui!
Onde será o limite? Uma pessoa quer acreditar e ter esperança mas a razão mostra-nos claramente o que as coisas são.
Resta-nos, penso, pelo menos, resistir dignamente com algum apoio de outros como nós, porque uma pessoa lúcida e sozinha no meio de vesgos e parvos ensandece.
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