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democracia em acção...

por beatriz j a, em 25.04.09

 

 

 

A ideia segundo a qual a liberdade, na educação, equivale a que os pais possam escolher, a la carte, qual a escola para onde vão os filhos, e quem são os seus professores, etc., não passa de uma demissão da obrigação(ões) do Estado no que respeita a vários ideais político-democrático-morais: integração, democratização, igualdade de oportunidades, etc.

Na Holanda, o argumento da liberdade de escolha fez com que as escolas regredissem nos ideais de integração, e o que têm hoje são escolas segregadas: há escolas para alunos de descendência holandesa e escola para filhos de emigrantes.

É o que se quer fazer cá: passar a educação para as autarquias e a escolha para os pais: é evidente que nas autarquias ricas onde não há muitos descendentes de imigrantes as escolas terão excelentes condicões e serão frequentadas por gente endinheirada; em contrapartida, autarquias pobres, com cidadãos pobres, onde se concentram os núcleos de imigantes terão escolas pobres frequentadas por filhos de imigrantes.

É a democracia em acção? Não!

É a demissão do Estado em regular as motivações egoístas comuns das pessoas. Pior que isso, é o Estado a incentivar e alimentar o egoísmo individual!

Pais a escolher, pais a avaliar... ...pais a segregar, pais a destruir.

 

Freedom of school choice meets its limits

www.nrc.nl/international/article2223227.ece/Freedom_of_school_choice_meets_its_limits

A new study reveals that one in three Dutch schools are segregated. Attempts to discourage 'black' and 'white' schools often clash with the constitutional right to freedom of education.

 
 

publicado às 14:59



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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