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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
A ideia segundo a qual a liberdade, na educação, equivale a que os pais possam escolher, a la carte, qual a escola para onde vão os filhos, e quem são os seus professores, etc., não passa de uma demissão da obrigação(ões) do Estado no que respeita a vários ideais político-democrático-morais: integração, democratização, igualdade de oportunidades, etc.
Na Holanda, o argumento da liberdade de escolha fez com que as escolas regredissem nos ideais de integração, e o que têm hoje são escolas segregadas: há escolas para alunos de descendência holandesa e escola para filhos de emigrantes.
É o que se quer fazer cá: passar a educação para as autarquias e a escolha para os pais: é evidente que nas autarquias ricas onde não há muitos descendentes de imigrantes as escolas terão excelentes condicões e serão frequentadas por gente endinheirada; em contrapartida, autarquias pobres, com cidadãos pobres, onde se concentram os núcleos de imigantes terão escolas pobres frequentadas por filhos de imigrantes.
É a democracia em acção? Não!
É a demissão do Estado em regular as motivações egoístas comuns das pessoas. Pior que isso, é o Estado a incentivar e alimentar o egoísmo individual!
Pais a escolher, pais a avaliar... ...pais a segregar, pais a destruir.
www.nrc.nl/international/article2223227.ece/Freedom_of_school_choice_meets_its_limits
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