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é difícil ter esperança sobre o vazio

por beatriz j a, em 04.10.10

 

 

 

Estive a ver posts que escrevi há dois ano e meio, quando comecei este blog. Já então era tão evidente o que se estava a fazer, à educação e ao país que tenho dezenas de posts a dizer o que hoje todos dizem nos jornais e TV. Como eu, também outros por aí já o diziam com todas as letras e se revoltavam ao ver a corrupção a crescer ao ponto da institucionalização no governo de Sócrates, ao ver políticos da oposição como Marcelo Rebelo de Sousa, Pacheco Pereira e outros fazerem rasgados elogios à Lurdes Rodrigues, ao ver a subserviência e promiscuidade da imprensa com o poder e ao ver os sindicatos capitularem uma e outra vez perante a tutela. Como não acredito que a maior parte dos outros que hoje fazem críticas não vissem o que eu e outros víamos tão claramente, não consigo acreditar que esses mesmos, sendo poder amanhã, tenham uma atitude e postura muito diferentes dos que lá estão. Tenho a esperança que roubem menos, é só.

No que respeita à educação não lhes conheço uma única ideia. Não sei o que pensam fazer. Se querem a escola como está, se querem outra diferente; se querem as Direcções como estão ou se vão democratizar as escolas; se querem manter as Drels e as míriades de institutos e observatórios e outras inutilidades; se querem continuar a fazer da educação uma máquina de propaganda de políticas, etc., etc., etc.

É difícil ter esperança sobre o vazio. Uma pessoa continua a trabalhar, todos os dias, o melhor que pode, mas cada vez mais céptica. O que me parece é que com o governo do Sócrates e do Teixeira dos Santos, que para além de incompetentes não se coíbem de mentir com os dentes todos que têm, batemos mesmo no fundo, mas como não sou ingénua ao ponto de pensar que os da outra facção são santos (de vez em quando o véu levanta-se a temos um vislumbre do que se passa, como agora com os milhões do Duarte Lima) o que eu queria mesmo era saber o que pensam fazer e como porque não dou cheques em branco a ninguém.

Ao contrário do que se diz por aí, que a demissão do governo nos deixava assim e assado, eu acho que cada dia a mais que estes indivíduos se mantêm no poder são mais uns milhões que se perdem. O da sucata que está preso dizia o que se passa: temos de aproveitar para sacar o máximo no tempo que resta.

publicado às 19:24



no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau. mail b.alcobia@sapo.pt

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