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no cabeçalho, pintura de Paul Béliveau
Costumava pensar, com grande ingenuidade, que cá em Portugal. ao contrário do que se dizia, nem sempre éramos mais atrasados e parvos que os outros. Quando via aqueles filmes americanos sobre as escolas e a educação, pensava para mim ser evidente o que corria mal por lá na educação: via-se que os professores eram tratados abaixo de cão e que por isso os alunos não os viam como professores; via-se que as escolas de zonas pobres estavam ao abandono, sem recursos, escuras, sujas e a abarrotar. Costumava pensar, na minha ingenuidade: eis um campo onde não entrámos nos caminhos errados de outros países de tal modo que ao contrário deles, por cá, é a escola pública e não a privada que tem prestígio. Certamente o caminho será o de melhorar o que temos e não imitar o que de mal fazem outros. Que ingenuidade! Não só estragámos o que era bom como incentivámos o erro. Agora tentamos imitar os toscos remédios dos outros...
É frustrante ver-se os caminhos errados e ver-se os outros a enveredarem por eles, ignorando todos os chamamentos e avisos que se fazem. Sofre-se por antecipação, por assim dizer, e nada se muda.
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